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domingo, 4 de novembro de 2012

PRIMAVERA MOLHADINHA

Um inverno atípico acabou de findar Deu lugar à primavera cheia de graças Como por encanto há perfume no ar Borboletas, aves e abelhas devassas Rodopiam-se no ar em intenso bailado No festival de danças a tudo contagiar Estação mágica a nos deixar apaixonados Calor gostoso do sol que começa a pairar Abeirou-se a chuva das flores felizes Aguando beirais, varandas e quintais E a natureza respondeu com matizes Em seu bailado de roupas em varais Perfilam em umbrais, janelas e portais Cores deslumbrantes postadas a desfilar Namorados de mãos dadas soltam seus ais Os sonhos mais lindos estão a se realizar Em sua essência a primavera é bela É um renascer da fé e da esperança Onde o Divino pintor aviva sua tela Espalha o pólen em feitio de dança A borboleta devagarzinho rompe o casulo Ela intrépida alça seu voo e pousa na flor A seiva da vida favorece esse espetáculo Fontes de água a nos saciar a sede de amor É a verdadeira sinfonia divina da criação O intrépido coração pulsa e bate mais forte Não há quem não se quede a tanta emoção Como conter-se em um fascínio desse porte? Venha, ó primavera gostosa e irrigada Encharcada, lavada, suada e molhada... Prenhe, excitada, energizada, exacerbada Fêmea, espontânea, amante e namorada! Duo: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3903072 Veja o poema em vídeo: Primavera Molhada http://www.youtube.com/watch?v=Dz03yqmf9yE

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

AMOR E SEXO: TÂNTRICO POÉTICO

Há no ar uma nova, diferente, sedutora, criativa, extasiante Forma de amar... Sem pressa! Onde corpo e espírito são um só Shakti é a energia feminina Shiva a polaridade masculina Estão juntos na mesma sintonia Êxtase na maestria a criar fantasia Será oriental, hindu, que raça? Um homem, uma mulher... Se namoram, se acariciam O homem prende e não ejacula Procura segurar a sua excitação Para chegar ao caminho do paraíso Assim atingir o orgasmo cósmico Toques leves, suaves, sensuais pouco a pouco... Fazem rituais. Silenciosos viajam... Corpo a corpo Delicados, dedicados... Sempre! Em aconchegos envolventes, vão-se tocando, pele à pele A mulher então se abre ao prazer Podendo ter orgasmos múltiplos Sempre com empatia na parceria O autocontrole auxilia aos dois Em intermináveis preliminares, sem penetração, voam aos ares sentem vibrações no sangue. Eles se olham, se beijam, se tocam, acariciam, se deliciam, repetidas vezes, se abraçam! Iluminados por velas Músicas, incensos e flores Tomam banho demorado E preparam o quarto... Dominam suas pulsações, ar, respiração, as emoções. Sintonia perfeita, bem feita! Nesse clima, nessa química Eles se fundem, se completam São duas pessoas repletas. O sistema nervoso é treinado Postura e respiração adequadas O corpo é o templo sagrado Os sentidos libertam o ato Um brilho intenso nos olhos, antecedem múltiplos orgasmos Parece até explosão do universo Olhos sincronizados Para não perder o foco Trocando carícias vitais Beijos e muito mais... Nesse vai e vem infinito, bonito... Tudo converge, perfuma e dá nexo Exuberante, calmo, complexo. Juntos são criaturas sagradas Sem nenhuma preocupação O sexo tântrico é caprichado Um prazer sutil e sofisticado O sexo normal dura 15 minutos O amor tântrico duas horas O homem que se concentrar Fará a sua parceira voar É uma verdadeira obra de arte... Criação artística, rara e bela... Plástica refinada, constante! A sensação do gozo vem do cérebro E ejacular é um mero ato físico O homem pode até gozar Mesmo sem o sêmen expulsar Tem-se a ejaculação demorada O homem precisa estar treinado E se ele gozar... Antes da hora A sua parceira ficará bem furiosa São horas de encanto, procura. O tempo pára, enorme silêncio... Entorpecidos, saciados, gozam! É o orgasmo infinito do amor. Duo: Patrícia Correia e Hildebrando Menezes Veja o poema em vídeo: AMOR E SEXO: TÂNTRICO POÉTICO - Duo: Patrícia Correia e Hildebrando Menezes http://www.youtube.com/watch?v=QyW16DGNmcs

Bebi as Estrelas

Bebi as estrelas e saí ébria a rabiscar o mundo. Cambaleio nos versos dela Fico em seus rabiscos inebriado. Entornada em pranto líquido, a minha face Enrubesço assim comovido Querendo logo o enlace O vento acariciava, os meus cabelos de repente, transformados feriram as pontas dos dedos. Que dela já se pré-anunciava Arrepios dos pés ao cerebelo Diante do encanto que salva... Sinto seu misterioso espanto Viajei na madrugada, libertei os meus fantasmas, e encontrei a magia das mandrágoras, e quando cortei as dores pela raiz, mais alto chorei. Vim para enxugar as tuas lágrimas E ver florescer o teu belo sorriso Já liberta do medo e dos entraves Preparada para o terno abraço Aliviá-la e acolhe-la em beijos Para no meu colo adormecê-la Com carícias e cantigas de ninar. Jogada em leitos de rios de quimeras, sou afluente de tudo, é aí que me encontro. Quero em ti colar meu peito. Porque minha natureza a espera Para saciar a tua seca sede De ternura e sonhos de amor Devoro as flores antes dos frutos. Sou ave, e aspiro o pólen, e sorvo o néctar. Meus dedos ávidos Buscam pelos teus segredos Quero sentir seus lábios de mel Adornar essas tuas penas E levitarmos juntos aos céus E dos gritos doridos eu preencho os meus ouvidos internos. Sussurrar-lhe pelos tímpanos A música composta no meu íntimo Dissipando todas as tuas tristezas Dúvidas, temores e incertezas. E nas línguas de fogo do lirismo, eu me queimo. Vou amalgamado de fio a pavio Ao calor efusivo do seu poema Ancorado e feliz ao teu navio Para ouvi-la dizer-me... Bebi as estrelas! Duo: Maria Flor e Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3932820 Veja o poema em vídeo: Bebi as Estrelas - Duo: Maria Flor e Hildebrando Menezes http://www.youtube.com/watch?v=brlJJqOtetg&feature=plcp

Versos partidos e chegados...

A poesia que ignoras, faz de ti morada Está adormecida em leito de descrença Esquecida da vida, silenciosa, acabrunhada Em choro sufocado por tua inclemência. Ouvi pelos teus sussurros que aqui choram Murmúrios de uma alma pura enriquecida Pela bela sonoridade que nela fez guarida Dos olhos aos lábios gotas que lacrimejam No solitário andar de teus versos calados Os pesadelos são gritos que tu ouves Quando os desejos se aninham loucos Nos desafios de uma ânsia, aos brados. Tuas palavras calam como um doce relicário Aos ouvidos atentos entristecidos e cansados Loucura santa como prece de um breviário Declamada e rezada em noites enluaradas. E, lado a lado a cochilar me ponho, A jogar fora o teu penar ao léu E, ao acordar, me descobrindo em véu De um doce lirismo, mas tristonho. Criatura que em palavras toca o Criador Pela pureza e destreza que chega aos céus Filtro que perpassa até feltro de chapéu Desperta em poetas a crença pelo Amor Tropeço, sonolenta, nos versos caídos E cuido de apanhar sentido mudo A poesia machucada agoniza e é tudo Como quem quer juntar cristais partidos... Levanto então tão comovido e possuído Indo no embalo sentindo-me protegido Ungido pela maciês da pele bem aquecida Amálgama a rica doçura desses fluidos Invento alguma forma de colar as rimas Da criação que se trancou no caos Eu vejo a calmaria do alto das colinas, A poesia- musa ao mar, e o acenar às naus... Unguento a salvar-me de quaisquer lamentos Entregue à sorte das ondas, das águas bravias. A navegar nos mares distantes e profundos E aportar suave à embarcação que se desvia... Do “Cais”... E ancora no porto dos nossos ais. Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes Nota: Dueto induzido pelo desafio do poeta Marco Bastos http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3915977 Veja em vídeo: Versos partidos e chegados... - Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes http://www.youtube.com/watch?v=-RNaS2gRLBA

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Bem há, sol em ti. Bem singular em raios encantados O sol alcança a alma viril abatida Transforma os ventos em enviados Balançando sua estrutura cansada Através de sussurros bem elaborados Será o movimento da amorosidade?! Onde o momento influencia a colina No ápice há o concerto do ser Que ninam em versos as rosas Que dissolve a angústia do ter Dando-nos o poder dessa prosa A provar do nosso bem querer Que ao amor só nos resta ceder E refresca a secura das rochas Porque as rosas precisam do sopro. Do afago terno, sutil e gostoso. Aos mistérios e segredos do bem Porque tudo vem a quem é dadivoso As belas dores se acalmam no além Aos que vivem o eterno ser prazeroso Ferve na curiosidade o sinal da vida... O estímulo sem intenção... Aspiração da rima! Forma-se assim um poema que não se lapida Vestido do seu melhor fascínio e suas esgrimas E ainda lhe digo... Antes da nossa despedida... Se há esse bem tão intenso, que mal conterá? Viaje nessa tua loucura... Porque bem lhe fará! Duo: Lúcia Cláudia Gama Oliveira e Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3915973 Bem há, sol em ti - Duo: Lúcia Cláudia Gama Oliveira e Hildebrando Menezes http://www.youtube.com/watch?v=u4BjFImBb6g&feature=plcp
OLHOS DO CORAÇÃO Os Olhos do Coração Tem a visão sutil transcendental Sabem captar nossa melhor emoção Por isso tudo fica assim tão original Aquela que os olhos não podem ver Que se esconde no fundo d ‘alma E que o corpo não pode ter Mas, que logo vem e nos acalma. Nossos sentidos não podem perceber Que na pele a gente vê algo diferente Ou que as mãos não podem percorrer Mas, ele que é sábio toca e pressente O coração sente o ser ausente Como um instrumento sensível Dando-nos esse presente Tudo então se faz bem visível Para nossa triste alma O que era impossível... Assim toca e finalmente a acalma O amor se faz então plausível Os “Olhos do Coração” sabem ver Quando a felicidade pode chegar... Quem a nosso lado queremos ter Mas, para isso há que se aconchegar. Seja uma ausência de momento Temos que nos aproximar e dengar Que por vezes é só um tormento Que o amor dissipe e flutue pelo ar Seja uma ausência definitiva... Pela cruel e tristonha partida A sentir-se sempre viva... Na esperança de nova chegada Se soubermos ver com os “Olhos do Coração” Tudo fica claro, intenso, real e mais bonito. Sempre sentiremos essa gostosa sensação De que valeu a pena ter este dueto escrito! Duo: Marcial Salaverry & Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3897453 http://silviamota.ning.com/group/hildebrando-menezes-em-duetos/forum/topics/olhos-do-cora-o Veja o poema em vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=o6OrVYVVKXc
OLHOS DO CORAÇÃO Os Olhos do Coração Tem a visão sutil transcendental Sabem captar nossa melhor emoção Por isso tudo fica assim tão original Aquela que os olhos não podem ver Que se esconde no fundo d ‘alma E que o corpo não pode ter Mas, que logo vem e nos acalma. Nossos sentidos não podem perceber Que na pele a gente vê algo diferente Ou que as mãos não podem percorrer Mas, ele que é sábio toca e pressente O coração sente o ser ausente Como um instrumento sensível Dando-nos esse presente Tudo então se faz bem visível Para nossa triste alma O que era impossível... Assim toca e finalmente a acalma O amor se faz então plausível Os “Olhos do Coração” sabem ver Quando a felicidade pode chegar... Quem a nosso lado queremos ter Mas, para isso há que se aconchegar. Seja uma ausência de momento Temos que nos aproximar e dengar Que por vezes é só um tormento Que o amor dissipe e flutue pelo ar Seja uma ausência definitiva... Pela cruel e tristonha partida A sentir-se sempre viva... Na esperança de nova chegada Se soubermos ver com os “Olhos do Coração” Tudo fica claro, intenso, real e mais bonito. Sempre sentiremos essa gostosa sensação De que valeu a pena ter este dueto escrito! Duo: Marcial Salaverry & Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3897453 http://silviamota.ning.com/group/hildebrando-menezes-em-duetos/forum/topics/olhos-do-cora-o Veja o poema em vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=o6OrVYVVKXc


Os teus olhos...

O teu olhar negro jovial e cigano
Faz de mim um girassol mundano
Vejo nele mil casos e desenganos
Que maltratam e consomem há anos

Pelas frestas, vazios e entranhas...

E vai queimando tudo feito ardente chama
Penetra, adentra, ocupa e logo assanha
Fustiga às minhas veias e me incendeia
É indescritível o estrago que desencadeia

Nunca vi olhos tão santos e profanos

Ah este teu olhar de deusa cigana
Insinuante a fazer das noites dia
Apronta... Come-me pelas beiradas
Arranca minhas vestes e me queda

Tanto mistério ele sabe que guarda

Profundidade calada da madrugada
Que me joga sempre em teus braços
Não há sinônimo para suas estocadas
Das labaredas que dele se despreende

Dos teus olhos nasce o brilho das estrelas

Ofuscam as outras pessoas ao redor
Este teu olhar poderoso e impiedoso
Quando encara os meus desejosos
Faz de mim um pobre diabo aos teus pés

Não resisto à sedução do teu fascínio

E você sabe como me tirar o tirocínio
Conhece a capacidade do teu domínio
Deixa-me um menino débil em desatino
Baratinado, inebriado e enlouquecido

Ainda hei de decifrar este olhar encantado

Porque sei que esconde inúmeras dores
Já passou por mil sufocos e tantos amores
E tem a beleza da pureza que nos encanta
Alivia almas sofridas que por aí perambulam

Dos teus olhos e do teu intenso olhar...

Muitos poetas tentarão te decifrar
O que escondes dessa sede de amar
Da fome insana e soberana a criar
Ao nos fitar fascina mais que um luar

Nada se compara a essa força imensa

Que dos teus olhos e da tua energia...
Fez brotar aqui em mim esta poesia
Dedico-a só aos teus olhos e ao teu olhar
Cônscio de que assim imortalizo a inspiração

De dois deuses que a conceberam num altar.

Hildebrando Menezes
Os teus olhos... Hildebrando Menezes - Olhares: Reflexão poética - Fall e Hilde
Olhares: Reflexão poética

Se eu apertar com bastante força meus lábios, conterei meu choro. Sem ar, tiro-me o fôlego... Mas não morrerei.
- Deixe-me então reativar as tuas forças diante do impacto mútuo do nosso súbito contato, para que possamos junto reviver outros passos.
Ajeita minha cabeça e parece tentar me equilibrar dentro de um soluço, diante de alguma coisa que não consigo ver.
- Estou aqui diante de ti para o afago a estancar qualquer nebuloso presságio e a mergulhar nesse olhar tão bonito.
Emoldura-me num mundo como se ele - espelho para mirar-me. As avessas tropeço no seu “Suspiro” que dói-me tanto quanto um " nunca mais" ...
- Inevitável reencontro de si mesmo diante da leveza suave que se abriga,
no íntimo do nosso recôndito e sofrido ser a pedir socorro.
Confortavelmente no meu rosto comprido, fino e melancólico... Olhos “distante,  como no primeiro dia...
- Agora já engolimos algumas auroras, depois da coragem de abrir: Frestas, portas e janelas do nosso Eu para que o sol trouxesse vida e calor.
Sei da minha fragilidade... É do tamanho de todos os espaços. Mas sei, também, que divido a verdade que se reparte em tudo...
- E ela está a postos a fortalecer e entrelaçar nossos laços. Atar os nós desatados, juntar e amalgamar nossos cacos a nos tornar unos.
Que é tanto. Assim tenho “você minha verdade inteira” e a nudez maior dentro das minhas... Perguntas mudas.
- Sim! Há que se transbordar por inteiro... Que venham então as perguntas a despertar as respostas dissipando a inquietude pelo sadio confronto.
Quando o mistério é impressionante demais, a gente não ousa desobedecer.
- Então obedeçamos aos desígnios do que nos foi traçado para que se desvende o enigma desse adorável processo de amar sem medida.

Fall & Hilde

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Melancolia salutar


 

 

 

A melodia com notas agudas
Quer povoar todo este ambiente
Compõe um som das veias oriundas
Traz à memória verde inconsequente

Do homem feliz e triste como gente
Que se compraz sem pedir nada
Apenas ouve e sente a pauta da vida
Musicada que vem d’águas profundas.

O violino corta de repente
Choro entalado de lágrimas dadas
As notas perpassam como pontes
Células dançam eletrizadas

Sua alma magnetizada fica em transe.
E o amarelo da terra move quente
Tudo se dá de forma intensa
Ah! Como vive e tece cada instante

Rebobina suas reminiscências
Saudade em dó maior de suas vidas.
Que não há como aferir dessa essência
A nau parte, já é hora de tentar

Conhecer outras cores não puídas
Seria o arco íris em transcendência?
A compor a moldura do caleidoscópio
Pelas rotinas marrons amarradas.

Que não se depura pelo telescópio
Sentimentos que dão à partitura
A vibrar pelos tímpanos como ópio
O frenesi se dá em sua estrutura

Paletas coloridas da pintura
D’uma melancolia tão salutar.

Respiração das estátuas
Muito além das miragens
Envelope treme na espátula
Falam no silêncio das imagens.

Murmuram palavras ainda...
Mesmo quando elas cessam
À espera do toque biangular
No fascínio que se descortina

Tempo tu, perpendicular...
Ela, como ninguém, sabe lhe tocar.
Como uma distância muito ensaiada
Como outra vertente que paira no ar...

Afetos mútuos compartidos
Sentimentos agora transformados
Em inteligível paisagem audível.
Perfeito! Presente enriquecido.


Tendo então recebido ...

Requer reverência!
Para que a todos se dê ciência
Por estes dois intérpretes.

Duo: Fall & Hilde


 

 

Veja o poema em vídeo:

Melancolia salutar - Duo: Fall & Hilde


 

Nestes tempos pré-primaveris, dancei aqui embalado como um bico de beija-flor assanhado e adocicado, com o pólen do desabrochar das papoulas, em melancolia enternecedora que me embriagou às entranhas e me fez adormecer no colo quente e acolhedor da divindade poética do AMOR! Foi assim que senti e vivi esse mágico instante lúdico. Hilde

 

VISUAL - Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes

Cabelos impecáveis em cachos dourados A cada dia um novo penteado E lá vou eu em pensamentos mil Negra nuvem tempestuosa Esvoaçantes fios sedosos Da mais refinada deusa das letras Que nos acaricia em versos A poesia que lhe sai da alma E como é belo contemplá-la Assim na exuberância elegante Da mulher-fêmea que transcende Que dá para as janelas de minha alma E chove chuva derretendo plúmbeo céu De coração magoado que despedaçado Dói por desregrado amor Suas palavras bafejam minha mente Na intensidade doce e cálida Que me acaricia... Toca fundo Dos brincos e colares joias raras Há lápides de muitas amarras No rosto de semblante mítico A máscara disfarce de um riso Estampa a maestria da pujança Beleza rara que beija e avança E se recolhe no silêncio que purifica Suas mensagens a tudo desmistificam Um colo frio, mais parece um palco Intocável, vazio, sem plateia Mãos finas, aparentes delicadas Incapazes de ler as próprias linhas Embutidas na insegurança Corpo perfeito por aí afora Desfilo pela vida Povoando pensamentos que calam E ao mesmo tempo inflamam Amaciam a pele cansada Que transbordou da labuta Surge uma coragem adormecida Que pulsa e expulsa As vadias perfídias Oca oca oca vida Quer preencher as lacunas Na estrada íngreme das heroicas rugas Querem olhar a realidade nua e crua Enfrentar com destemor à luz Para aquecer-me o interior Desnudar-me diante do próprio EU As previsíveis marcas vêm surgindo A ilusão das aparências evidentes Eu preciso livrar-me dessa sombra E trazer à tona o brilho do meu SOL Assim vou me reconhecer de corpo e alma Na frente do espelho... Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3878267 Veja o poema em vídeo VISUAL - Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes http://www.youtube.com/watch?v=oRN7YlmtO5E

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O TEU RISO !

Quando chega assim de surpresa O teu riso... Sem nenhum aviso Parece saído da toca, de improviso De um recatado canto do paraíso Ao sair da tua boca, ilumina tudo! Os caminhos, os seus escurinhos... Afugenta as sombras e penumbras Tira mensagens de amor do escaninho E adocica minha língua e dá cor... Como num caleidoscópio de arco-íris Com mil pincéis dançando pelos painéis Dando formato multicolorido aos retratos Assim meio que no deslumbre de pinel A face, meu corpo, a alma pede contato A abrigar o belo conteúdo dessa moldura Em timbre ritmado e melodioso à tua voz Fazendo vibrar os tímpanos com acordes Meu coração pula em disparada veloz Que ao ouvi-la tudo em torno se altera Cria-se um ânimo salutar que prospera Numa alegria que se manifesta em festa Apenas por um de seus leves movimentos Desperta o fluxo intenso dos pensamentos Como se tudo esperasse pelo teu toque Tão delicado, lapidado e sem retoques... Menina você não sabe e sequer concebe O poder que emana da tua presença Do riso mágico que meu ser inteiro bebe Mesmo quando você chega sem licença Revigora as forças e nos leva feito dança Só te imploro que não vá mais embora... Fica aqui comigo e seja o meu abrigo Ilumina a escuridão que vem lá de fora. Mesmo que eu possa ser só teu amigo Quero-a assim a sorrir até o final dos dias Para tanto prometo secar o meu pranto Estampar em atos, pensamentos a alegria E só te amar, tanto, tanto... Mas tanto! Que traduzirei esse encanto em poesia Que você não vai querer nenhum outro Portanto... Receba estes versos como canto De uma serenata entoada em tua sacada Como de um Romeu cantando à sua Julieta Numa bela e fascinante noite enluarada. Hildebrando Menezes Veja o poema em vídeo: O TEU RISO ! http://www.youtube.com/watch?v=1IkZLoAnSC4

O poder dos sonhos

O sonho é o ensaio da realização. É o esboço... Rascunho da ação. Quem não sonha, apenas sobrevive... Sem a emoção da preparação Para a plenitude da floração O sonho te conduz... Seduz! Prepara para um ser transcendente Ao final... Lá na ponta dos teus anseios... Como a te mostrar sem receios A luz que te ilumina e incendeia Na tua própria imaginação Do que poderá vir a ser em construção Porque em potência tudo é possível Acredite e não vacile... É plausível! Invista! Creia! Mesmo inverossímil Entra com tua alma no inatingível Que é chegada a hora pela aurora Fustigada pela sanha das esperas Os sonhos não são apenas quimeras São espíritos a nos conduzir pelas estradas A nos mostrar as reais possibilidades Para se alcançar a verdadeira felicidade Então... Não desdenhe pela dificuldade Pelo contrário... Coloque intensidade! Que o desejo vira uma bela realidade Mas é necessário também serenidade Para não ser reflexo de insanidade O amor... Objetivo maior... Há que ter lugar Porque é a pista... A sutil morada tão esperada Que retratará... Conduzirá na derradeira jornada De quem planeja os melhores próprios passos... Até que tudo se alcance ao sabor do compasso. Hildebrando Menezes Veja o poema em vídeo: O poder dos sonhos - Hildebrando Menezes https://www.youtube.com/watch?v=D4D4kGD0GgM&feature=player_embedded

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

AMÁLGAMA

Num dialeto inventado em palavras vacilantes O ato se fez encantado Sublime sussurro pulsante Murmúrios de amor Nela ele se perdia e nela se reencontrava A veia reacendia O que tanto procurava Em rasgos de ternura abrandados O contato amalgamava Em nesgas de paixões acalentadas Dois seres vibravam Almas apaixonadas Em vícios e venenos que embriagam Nela ele se afogava Nada os separavam Em braços e pernas Tudo os interligavam Pele e pelos Em cheiros de almíscares e jasmim Doçuras e delícias Eu e você... Assim! Em suores e carícias Quando a noite invadia a tarde Sonhos e desejos satisfeitos Até perder-se de si mesmo Dois seres plenos e repletos Amalgamados a esmo Até não ter mais juízo Até liquefazer-se de amor Fusos e difusos Na fusão dos corpos úmidos Só a ternura mais profusa No calor que abrasa e queima Na vida que nasce e morre Na profusão das chamas Tórrida paixão que inflama Fenece, eleva, transparece e novamente renasce. Duo: Ianê Mello e Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3828076 Veja o poema em vídeo AMÁLGAMA - Duo: Ianê Mello e Hildebrando Menezes http://www.youtube.com/watch?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Homenagem especial da LILASES aos poetas do Amor e da Paz -- PEAPAZ - A LÁGRIMA - A Outra


Homenagem especial da LILASES aos poetas do Amor e da Paz -- PEAPAZ - A LÁGRIMA - A Outra
http://www.youtube.com/watch?v=foRNiiAwQ78&feature=related
Edir Pina de Barros, Jorge Montenegro, Hildebrando Menezes, Marco Bastos e Silvia Mota.

Duo Clássico dos Poetas: Jorge Montenegro e Edir Pina de Barros

A L Á G R I M A

Montenegro: Sou brilho, sou prata – que rola, que cai -
às vezes sou pura, alegre ou triste,
eu sou companheira - que vive e resiste -
até que teu pranto, pungente, se esvai.

Edir: Há de secar a lágrima que rola
E escava a minha face, feito um rio
Na enchente da tristeza e do vazio
Que as margens do meu ser rompe e extrapola.

Montenegro: Eu banho o olhar onde mora a saudade
e mostro o que sente o teu coração;
se ouves silente aquela canção,
eu traio o silencio da tua verdade.

Edir: E rola sobre a face, qual marola
Nas tempestades d’alma em desvario
Depois d’um frio inverno e longo estio
Que a dor, bem lá no imo, se acrisola.

Montenegro: Naqueles momentos que o cenho contrito
reflete o vazio deixado no peito,
eu venho afogar tua voz nesse grito.

Edir: Um rio, que as comportas rompe e vence
Co’a força que é só sua e lhe pertence,
E rola sobre o chão da minha fronte...

Montenegro: Dissipo, sufoco a dor que exorcizo
e molho os véus que recobrem teu leito;
eu trago de volta o teu doce sorriso.

Edir: Há de secar a lágrima, por certo,
E transformar a alma em um deserto
Sem oásis, miragens, horizonte...

Duo: Jorge Montenegro e Edir Pina de Barros

Duo modernista dos Poetas: Jorge Montenegro e Hildebrando Menezes

A Outra Lágrima

Eu sou a outra lágrima,
Branca e liberta,
Sem medo,
Sem rima,
Sem pudor.

A amante mais sofrida
Aquela que sofre escondida
Que vive das migalhas
Ébria dos sufocos da vida
Sempre à espera
Alimentada pelas quimeras

Sua tua mais preciosa estima
Quando deixo o meu sal
Sou a origem da dor
Porque nasço lá das entranhas
Do mar... Do líquido amniótico
Do útero seco e emblemático
Dos desertos... Da solidão!

Mas tenho o sopro vital da esperança
De poder transcender em tua face
Quero curar as mais tristes feridas
Que a vida fez
Na tua tez,
No teu sorriso,
E matar de vez
O que diz ser impossível

Reflexo - mais puro e terno -
Do encanto que vi no pranto
Da tua alma entristecida.
Assim farei sentido
Rolar aos teus lábios

Quando venho te ameigar,
Levo no rastro
O sofrer e a agonia,
A tristeza e a saudade
Sem medo da verdade

Devolvendo aos olhos teus
Aquele brilho que foi,
Desgastado pelo deslustre
Na manhã sem poesia,
Depois da madrugada insone

Apagado,
escondido,
preso e metrificado
pelo aceno de um adeus.
Agora reacende sua força

Magnética magnitude
Pela lavra e virtude
Delicadeza e nobreza
De um poeta clássico
Que deixou o amigo Hilde em lágrimas

Por homenagem tão bela e singela.

Duo: Jorge Montenegro e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado em singela homenagem recebida do poeta Clássico Jorge Montenegro.
Homenagem especial da LILASES aos poetas do Amor e da Paz -- PEAPAZ - A LÁGRIMA - A Outra
Edir Pina de Barros, Jorge Montenegro, Hildebrando Menezes, Marco Bastos e Silvia Mota.
http://www.youtube.com/watch?v=foRNiiAwQ78&feature=related

SONS DO CORAÇÃO - Duo: Ka Santos e Hildebrando Menezes



Sou capaz de ouvir cada som
Leves ruídos de vento
Que entre risos e lamentos
Trazem a verdade
Que transborda
...Dentro

O que ouço traduzo em palavras
O que saiu manso aí da tua lavra
E tudo aqui vira música suave
Em solo ou duo da melhor clave
Perceba quanta intensidade
Que transborda desta saudade
Aqui por dentro...

E nessa descoberta
Atenta a cada passo
Batidas do coração
Descompasso
Fogem de mim
...Desritmados

Fico logo inteiro e coberto
Da melhor das emoções
Cada vez que você me desperta
Estas sutis sensações
Tudo bate apressado
Em ritmo acelerado

E nesse eco imenso
No varal pendurado
Meus sinais são descobertos
Correndo em caminhos incertos
...Amor emoldurado

Aqui distante no pico do penhasco
Vejo codificadas as tuas mensagens
Que flutuam céleres pelas nuvens
Então fico todo entusiasmado
E rascunho sentimentos apressados
... Neste mágico tablado

E os sons que ouvi
Desenhados em versos e rimas
Foram por mim escondidos
Em vários frascos de vidro
Que tilintam em minha vida

Ah! Quanto bem você me faz
Quando sussurras me sinto capaz
De desvendar todo e qualquer mistério
Só pelo bafejo da imaginação
Percebo que é teu o meu coração.

Duo: Ka Santos e Hildebrando Menezes

Nota: Serviram de inspiração para o dueto comemorativo ao noivado de Gabriela Menezes e Guilherme Barros, no Central Park em Nova Iorque, o poema “Sons de vidro”da poetisa Ka Santos constante no link: http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/sons-de-vidro
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3563654
.
SONS DO CORAÇÃO - Duo: Ka Santos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=ihzNtl7xSDo&feature=related

segunda-feira, 19 de março de 2012

Espiral dual - Duo: Márcia Portella e Hildebrando Menezes - Poetas do Amor e da Paz - PEAPAZ

http://www.youtube.com/watch?v=kn-l3gNXEig&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&feature=plcp



Talvez eu te procure
Com a pele ardendo em açoites
Com sede e fome de ternura
Caçando e pescando carícias

Como um náufrago procura...
Um pedaço de madeira... Chão!
Para sentir a tua explosão
Da mais terna e viril emoção

Serpenteando em enrolado espiral
À procura de um atalho...
Portal de um labirinto sensual
Massageando a tua aveludada pele

Para que sigamos mais que
Sombras no amor...
Há que se caminhar célere
Com o passo suave de uma garça

No vigor vulcânico da paixão

Vou surgir em corpo longo
No rodopio esguio de bailarina
Com os seios arfando em pulsações
Beijarei sem pressa os teus lábios

Que embriagados ficarão de saliva

Afagarei cabelos negros abundantes
Pelos arrepiados em transe
De muitos matizes se espalhando
Em intrincados espirais...

Na sutil eletricidade magnética

No frigir do mais belo elo poético
Enroscar-me-ei em teu pescoço
Trarei o incensário em fogo
Labaredas, chamas, alvoroço

Com um enxame de sensações
E aromas suaves esvoaçantes...
Sugarei delirante do teu néctar
Do mel, da fava de tuas curvas

Juntos em giros e carícias múltiplas

Faremos o caminho inverso no tempo

Ficaremos como dois seres levitando ao léu
No colo estratosférico do espaço estelar
Sombreados na travessia do breu

Só girando e cavalgando nas nuvens

Só eu e você e você e eu... Sempre!
Exalando cheiros em versos
Alinhavados no calor da madrugada
Compostos sem pausas e descansos
Numa sinfonia de acalantos

Que depois recolhemos ao amanhecer...

Duo: Márcia Portella e Hildebrando Menezes - Poetas do Amor e da Paz

Nota: Inspirado no texto original de Márcia Portella intitulado “ESPIRAL” constando no link:
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/espiral?xg_source=activity
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3559421
http://silviamota.ning.com/group/hildebrando-menezes-em-duetos/forum/topics/espiral-dual
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=kn-l3gNXEig&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&feature=plcp

quinta-feira, 8 de março de 2012

O COTURNO! Um duo...





Fetiches de seduções,
Milagrosas aparições
Desfilam em minha cela,
Sob cores vindas de aquarela.

Auto-flagelo de emoções,
Tantas são as projeções!
O Coturno impera nela
Esta – aquela... e Ela!

Faz do meu falo o cassetete
E se coloca tête-à-tête.
Variadas são as excitações
E tantas as permissões!

Quem é guarda e prisioneiro?
Qual o segredo do cativeiro?
Amor goteja o dia inteiro
Não há ódio nesse tabuleiro.

Jogas-me contra as grades,
Unem-se nossas vontades...
Sufoco-a com meus beijos,
Beijos, beijos e mais beijos...

Lucidez e loucura,
Uma quase tortura
De ébrios desejos.
Abrigas meus ensejos,

Malícias e sevícias intensas
Fruto de paixões tensas...
Paira no ar cheiro de sexo
Que me deixa perplexo!

Na languidez que corre pelas veias
À minha frente arreias.
Cenário perplexo e complexo,
Em nada busco nexo.

Atos falam mais que os versos,
Pois somos dois universos,
Encontro amoroso de rio e mar,
Num instante de alucinar.

A pororoca logo desemboca
Num enrosca-enrosca
De línguas que se entrelaçam
E ameaçam...

Bocas se acoplam
Atrelam e rimam...
O coito é meio afoito
Doido, doído e completo...

Quedam-se os dois
Ao depois...
Plenos... Satisfeitos!
Gozos... Perfeitos!

Duo: Hildebrando Menezes e Silvia Mota – Poetas do Amor e da Paz
http://www.recantodasletras.com.br/duetos/3537396
Hilde querido
Pedido feito...vídeo realizado...
Deixei o que fala das mulheres na capa do canal...pelo DIA DAS MULHERES - depois de amanha eu coloco este na capa ta?
Espero que goste!!!!!!!
Big beijo
Enise


O COTURNO! - Duo: Hildebrando Menezes e Silvia Mota -- Poetas do Amor e da Paz - PEAPAZ
http://www.youtube.com/watch?v=_eHtV6Q36k0&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&index=1&feature=plcp

segunda-feira, 5 de março de 2012

CREPÚSCULO FEMININO (Homenagem)



A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Contrario ao natural declínio de sua juventude
Brota dela seu maior e verdadeiro melhor período
Em contrapartida ao cansaço, as rugas, aos cabelos grisalhos
Deleita seu estado maior de estrutura, sua vitalidade espiritual

A mulher madura é um fruto doce e suculento
Produto dos anos intensos de dor e sofrimento
Já não sangra e seu corpo é propício ao aquentamento
Nasce dela o acalanto e o bom aconselhamento
Porque viveu e se doou em todos os momentos

A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Quando livre da reprodução animalesca da natureza
Abraça sem restrições em gozo o prazer de amar
Isenta de necessidades morais, encargos, incumbências
Sabe melhor lidar com as inquietações da consciência.

A mulher madura é o despertar do por do sol
Depois do brilho reluzente por todo o dia inteiro
Ela esparrama seus raios de luz pelo horizonte
Ela é o porto, a atracação firme e serena no cais
Após marejar pelas ondas violentas de seus ais

A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Porque leva em sua bagagem experiência, ponderação
Seu intelectual, seu emocional, seu temperamento
São impressos de suas próprias habilidades adquiridas
Sua condição de plenitude longe de infantilidades...

A mulher madura sabe como ninguém o seu anoitecer
Traz consigo o dever cumprido do amor e seus sentidos
É mais que sentimento coberto de ouro e diamantes
Que se percebe no relicário do seu suave semblante
Suas rugas comprovam o percurso íngreme da estrada

A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Quando experimenta da solidão à sensação solitude
Solidão não como isolamento, como separação
Mas como reservados e merecidos momentos
Em defesa e crescimento dos sentimentos.

A mulher madura é a doçura saudável de uma uva
Cultivada pela vida de guerreira brava e destemida
Sabe amar sem frescuras e se põe ao mundo como diva
Por vezes sóbria e em outras com o riso aberto e farto
De quem trabalhou e depurou da melhor virtude

A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Porque sutilmente tem o domínio da sabedoria
Do tempo sem pressa, do observar do jardim de si mesma
Do caminho que lhe resta, espreita sem ansiedade de entender
Só respeita o autentico poder do tempo em dá conclusões.

A mulher madura não se apura, mas se depura
Ela é nua, crua e pura como natureza que inspira
É semente que fecunda lá do seio da flor mais linda
Transcende aos conceitos de fêmea e é profunda
Sua matriz oriunda seduz por ser berço de divindade

A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Porque entende de si, se gosta, se menos questiona
Sabe de sua perecível beleza, é conhecedora de suas fragilidades
Espera sua ancienidade com orgulho do tempo que já viveu.

A mulher madura é liga e ligadura que amalgama
Sabe como ninguém tratar as vicissitudes da vida
Pondera, reflete, questiona inquietudes e decide
Nas suas decisões a um quê de mágica sabedoria
Como é bonito apreciá-la no seu labor do dia a dia

A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Por sua sensibilidade, seu emocional esculpido
Suas virtudes, qualidades e sedução como preciosidades
Tem na simplicidade o conhecimento de suas imperfeições.

A mulher madura é a mais bela nota da partitura
É solo, duo, sinfonia, melodia que enternece e irradia
Caleidoscópio que fascina pela união de variadas cores
A ela até a lua e as estrelas se conectam silenciosas
Podem ser personificadas em cada ponto de luz no universo

A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Como a serena beleza das nuances do poente
Em céu alaranjado preparado à noite em receptividade
E toda á inacessibilidade inerente aos seus mistérios.

Ainda há muito a se dizer sobre a mulher madura
O que importa é vibrar com ela e poder senti-la
E que todos os homens saibam assim contemplá-la
Para que o mundo e a quem nele habita se torne melhor

Então milhões de salvas de palmas às mulheres maduras!

Lufague & Hilde

http://www.recantodasletras.com.br/duetos/3533685
Veja o poema em vídeo:
CREPÚSCULO FEMININO (Homenagem)
http://www.youtube.com/watch?v=151_lJrPIxs&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&feature=plcp

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CORAÇÃO IRREQUIETO


CORAÇÃO IRREQUIETO

Dentro do meu peito aberto
Pulsa um coração inquieto
Palpita ora lépido e apressado
Por vezes silencioso e repleto

Que não sossega e aquieta
É como um pássaro saltitante
Feliz circulando e assoviando
Canções suaves eletrizantes

Vai ao distante infinito e volta
Salta, pula, brilha e alucina
Piados constantes e envolventes
Dão o movimento que impulsiona

Sem por os pés no chão
Bate asas em ágil bailado
Alça seus vôos pelas veigas
O céu é o seu tablado

Valseia pelos trigais maduros
Campos de girassóis e campina
Lá vai ele intrépido e danado
Dá gosto vê-lo assim atirado

Se quiseres ficar comigo
Atiro-me em teus braços
Sinto que és meu amigo
Frágil, dócil e delicado

E beijo-te, choro e rio
Em completo fascínio
Como cupido que flecha
Chego ao delírio de amor

Seu bico que abre e fecha
Nossos beijos murmuram
Canções em som mais terno
O vento embala e sussurra
Testemunha os carinhos

Momentos estes em que
Assim me sinto repleto
Meu coração passarinho
Pousa no ninho, quieto

Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:

CORAÇÃO IRREQUIETO - Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=HoQNNhAgW34

Enise conseguiu com doçura e maestria retratar o vôo inquieto
do nosso coração passarinho...Senti-me rasgando os céus e
repousando no ninho... Como é bom voar. Obrigado magas dos
versos e dos sonhos mais lindos. Hilde
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3513838

domingo, 19 de fevereiro de 2012

EFEMERIDADE?!




Quão efêmeros
Somos diante da vida
Não temos consciência
Desse grande mistério
E a vida passa...

A cada minuto,
fração de segundo
O tempo escoa, voa
Sobrevoa
Deixando só lembranças

Escapa por entre mente/corpo
Diante dessa
Concepção,
Fica-se, por vezes, inerte
Ao sabor do vento
Degustam-se momentos

Não se vive,
Sobrevive-se,
E a vida não se faz
Entender

Há que apenas senti-la
Com todas as suas forças
Apreendê-la na sua magia
Para embalar-se...
Embriagar-se nela

Que a vida é tempo.
Que o passado não
Reconstrói-se
Perde-se,
Dentro do tempo

Mas ao embalo da alma...
Dança-se acasalado às horas
E o espírito a tudo consola
Movimentos se sincronizam
A poesia aflora

E o presente
É seu próprio regalo
A vida não diz
A que veio

Ela apenas te chama
Inflama ao toque
Na majestosa harmonia
Do seu dia a dia

É preciso
Senti-la,
Porque à vida
É o real que não é visto

Está oculta no infinito
Tão necessário e bonito
Que explode no peito
Despe-se em estrofes

A vida se expressa
Em silêncio
Porque para a vida,
As palavras,
São supérfluas

Sua linguagem
É feita de atos
Numa espécie de contrato
Que a tudo se tece
Espaço completo

A vida não fala,
Para não confundir
A vida se revela

Registra-se em breves
Fragmentos
Na escritura
Dos sentimentos

No sentido
Concreto/abstrato
Do valor de cada sentir!

Assim há completude
A intercalar...
Filtro dos vícios
Para conquistar a virtude
A se conseguir a plenitude.

Lufague & Hilde
Nota: À perene e eterna Poetisa Lufague pela passagem de seu aniversário em 21 de fevereiro.
Veja o poema em vídeo:
EFEMERIDADE?! - Duo : Lufague & Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=sxCk0jpH3rE

Colo do Infinito - Hildebrando Menezes



Nas brumas do intrépido tempo
Ela silente e esvoaçante re-surgiu
Cessava ali esperas e contratempos
Não tive como conter o que se deu

Menos ainda em re-frear a emoção
Do que se foi um dia... E retornou
Que se apoderou com excitação
Vazão de sentimento se plasmou

Pleno e faceiro re-lembrei abraços
Pincelei no quadro das memórias
Nossos toques, rabiscos e traços
Daqueles momentos de glórias

Que fluem como águias no espaço
A lançar o bico sobre os penhascos
Trocar as garras e seus cansaços
Curar as feridas doídas e inchaços

Para ganhar nova e saudável vida
E ver re-nascer o vôo dos sonhos
Cálidos, serenos, frementes e lépidos
Circulando pelas veias e centelhas

Do que éramos... Do que somos
E já nos sentimos fora desta esfera
Mesmo que pire, transpire, entregamos
Para desenhar agora uma nova era

Que gira, conspira, traz e nos eleva
Porque não somos mais só de esperas
Cessam-se os hiatos e as quimeras
Agora são ardentes ondas cerebrais

Eletromagnéticas a romper umbrais
Fazer palpitar o coração e seus ais
Convocam-se até espíritos ancestrais
É o salto a transpor os horizontes

Vão e voltam papiros d’outro mundo
Distraídos e abstraídos em feixes de luz
Não é mais o corpo que nos conduz
São as energias cósmicas profundas

Que penetram fronteiras do impossível
Quebrando paradigmas e seus mistérios
Levando-nos habitar planeta inatingível
Salvos dos juízos, censuras e impropérios

Para adormecermos no colo do infinito.

Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3441521
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/colo-do-infinito?xg_source=activity
Veja o poema em vídeo
Colo do Infinito - Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=Fq3Em5Jx2Gc

DUETOS, (ESBOÇO CONTEMPORANEO DE ANTIGOS MANUSCRITOS-1949)


APENAS MULHER?

Entendeste o que para mim significaste?
Significou o sopro do vento e a brisa quente
Sou-lhe grata por tanta e tamanha devoção
Conseguiu fazer tudo aqui ser só vibração

Sim! Mostro a ti a face rubra da paixão
Onde depuseste os teus beijos em profusão
Saiba... Que de ti... Jamais me separei
Mesmo nos braços doutro foi em ti que pensei

No palco iluminado em que vivemos
Em plena vida é que aprendemos
A conhecer as almas (em destinos) desiguais

Sempre estive aqui a te esperar
Mas... Demoraste e pus outro em teu lugar
E esse imenso vazio... Só Deus há de perdoar!

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde


ÓDIO

Mataste as ilusões e toda crença
De minh’alma de ingênuo e apaixonado.
Acreditei em ti, e a recompensa,
Foi o desprezo que tu tens me dado

Mas saiba que tu fizeste a diferença
Não me odeie pois só te fará mal
Aproveite das boas e eternas lembranças
Pois aí é que reside a luz do sinal
E hoje nesta triste solidão
Em que me vejo só, sem teu amor
Eu sinto que te odeia o coração

Aproveita que estar só pode ser benção
Quando povoado de plenas emoções
O ódio apenas gera ódio... Tenha compaixão!
Perdoar é e sempre será o melhor remédio

Porque você foi e será o meu melhor sonho!

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde


AGONIA

Desde o dia em que foste embora
Deixando só a tristeza que assola
Ninguém substitui o que foste outrora
Só o teu amor me revigora e consola

As vezes me pergunto meio que demente
O que fiz para sofrer tanto assim?
Será algum tipo de carma indolente
Que veio zombar feito um arlequim?

Mas... Haverei de me reerguer
Chega! Não agüento mais tanto sofrer

Volta! Fica ao meu lado até depois de morrer
De que vale viver? Oh! Negra sorte
Daí-me, por compaixão, Senhor, a morte
Para que meus tormentos tenham fim.

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde


ALTIVEZ


Não julgues que este amor que me alucina
É servil, ou quem sabe? Falsidade
Se o teu olhar agora me fascina
Pode amanhã me causar piedade

Longe de mim julgá-lo bravo e querido
És nobre em sentimento e portas a verdade
Espelho os meus olhos nos teus iluminados
Quero que transmitas essa Luz na eternidade

Se coube no meu peito tanto amor
O meu desprezo, ódio, o meu rancor,
Dentro em meu peito certamente cabe

Fique em paz e não sofras mais essa dor
Nem ressentimentos que arranham os sentimentos
Esteja certo que aqui onde estou eu te dou valor.

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde



PAI JOÃO

Preto velho, quebrado, suarento
E que cheira a budum, não tem história.
É mulambo de gente que a memória
Doutros homens varreu do pensamento

Foi a cultura européia escravocrata
Que o levou à submissão humilhante
Matando na origem o poder da raça valente
Dominação dos brancos impuros e déspotas

Sua sorte mesquinha e irrisória
Tem lhe causado tanto sofrimento
Pensativo, a olhar o firmamento
Vai revendo o passado “vida inglória”

Veio de ancestrais enclausurados e amordaçados
Criado a pão e água à toque áspero de chibata
A relembrar o quão a vida é desgraçada
Quando cerceado seus direitos arrebatados

Eu sou, tal qual esse Pai João,
Um coitado triste, e o motivo?
Minha vida... Pior que a escravidão

Levanta a fronte bravo guerreiro
Sois o mais legitimo povo brasileiro
Que tudo suporta e é altaneiro.

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde

Entrelace dos nossos versos...



Entrelace dos nossos versos...

Nas linhas leves que escrevo
Por vezes tão breves ou rasas
Sempre te tenho no peito
Pairando cinza em meu vento
Escondido quieto em minha asa

Ao ver-te assim escrevendo
O navegar desses versos profundos
Confesso meu total encanto
Pareces que ouves o meu pranto
A voar contigo para além dos mundos

Sem a procura de nada
Imersa dentro de teu mar
Teu eco me perturba
São gritos doces da chuva
E molham as letras a vagar

Ausculto na conchinha de amar
O perfume dos teus sussurros
E do brilho do teu olhar
Desperta a minha alma, a vagar
Notas musicais em murmúrios

Não são dores algozes
Nem sangram em prantos
Permanecem inversas
Despem as pequenas arestas
Que adocicam verbos e cantos

Na inquietude dos sentimentos
Logo me ponho a te acompanhar
É uma dança suave e silenciosa
Que se abraça intensa e carinhosa
Na lucidez e loucura a se entrelaçar

Por mais que eu fuja
Do cheiro ímpar de teus olhos
Respiro teu ar que me abraça
Jogo nos versos tua marca
Planto minhas prosas em teus solos

Não resisto ir-te ao encontro
Para contigo na entrega versar
Sois a musa e nos meus sonhos, danças
Fecundas as poéticas entranhas
E faz o meu coração palpitar

E assim caminho...
E escrevo...
E me vejo...
E assim permaneço...

Ah! Como aprecio as tuas linhas...
Nelas me alinho e desalinho...
Sinto que não estou mais sozinho...
Ato e desato o melhor dos carinhos

Nos versos que não te dou
E no amor que sinto...
Imenso, em ti...

Não sonegaste o teu verso
Ao contrário me puseste imerso
Na imensidão de nós dois...

Duo: Ká Santos e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3409402
Veja em vídeo:
Entrelace dos nossos versos... Duo: Ká Santos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=PrGkcuadWY0&feature=youtu.be