domingo, 4 de novembro de 2012
PRIMAVERA MOLHADINHA
Um inverno atípico acabou de findar
Deu lugar à primavera cheia de graças
Como por encanto há perfume no ar
Borboletas, aves e abelhas devassas
Rodopiam-se no ar em intenso bailado
No festival de danças a tudo contagiar
Estação mágica a nos deixar apaixonados
Calor gostoso do sol que começa a pairar
Abeirou-se a chuva das flores felizes
Aguando beirais, varandas e quintais
E a natureza respondeu com matizes
Em seu bailado de roupas em varais
Perfilam em umbrais, janelas e portais
Cores deslumbrantes postadas a desfilar
Namorados de mãos dadas soltam seus ais
Os sonhos mais lindos estão a se realizar
Em sua essência a primavera é bela
É um renascer da fé e da esperança
Onde o Divino pintor aviva sua tela
Espalha o pólen em feitio de dança
A borboleta devagarzinho rompe o casulo
Ela intrépida alça seu voo e pousa na flor
A seiva da vida favorece esse espetáculo
Fontes de água a nos saciar a sede de amor
É a verdadeira sinfonia divina da criação
O intrépido coração pulsa e bate mais forte
Não há quem não se quede a tanta emoção
Como conter-se em um fascínio desse porte?
Venha, ó primavera gostosa e irrigada
Encharcada, lavada, suada e molhada...
Prenhe, excitada, energizada, exacerbada
Fêmea, espontânea, amante e namorada!
Duo: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3903072
Veja o poema em vídeo:
Primavera Molhada
http://www.youtube.com/watch?v=Dz03yqmf9yE
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
AMOR E SEXO: TÂNTRICO POÉTICO
Há no ar uma nova, diferente,
sedutora, criativa, extasiante
Forma de amar... Sem pressa!
Onde corpo e espírito são um só
Shakti é a energia feminina
Shiva a polaridade masculina
Estão juntos na mesma sintonia
Êxtase na maestria a criar fantasia
Será oriental, hindu, que raça?
Um homem, uma mulher...
Se namoram, se acariciam
O homem prende e não ejacula
Procura segurar a sua excitação
Para chegar ao caminho do paraíso
Assim atingir o orgasmo cósmico
Toques leves, suaves, sensuais
pouco a pouco... Fazem rituais.
Silenciosos viajam... Corpo a corpo
Delicados, dedicados... Sempre!
Em aconchegos envolventes,
vão-se tocando, pele à pele
A mulher então se abre ao prazer
Podendo ter orgasmos múltiplos
Sempre com empatia na parceria
O autocontrole auxilia aos dois
Em intermináveis preliminares,
sem penetração, voam aos ares
sentem vibrações no sangue.
Eles se olham, se beijam,
se tocam, acariciam, se deliciam,
repetidas vezes, se abraçam!
Iluminados por velas
Músicas, incensos e flores
Tomam banho demorado
E preparam o quarto...
Dominam suas pulsações,
ar, respiração, as emoções.
Sintonia perfeita, bem feita!
Nesse clima, nessa química
Eles se fundem, se completam
São duas pessoas repletas.
O sistema nervoso é treinado
Postura e respiração adequadas
O corpo é o templo sagrado
Os sentidos libertam o ato
Um brilho intenso nos olhos,
antecedem múltiplos orgasmos
Parece até explosão do universo
Olhos sincronizados
Para não perder o foco
Trocando carícias vitais
Beijos e muito mais...
Nesse vai e vem infinito, bonito...
Tudo converge, perfuma e dá nexo
Exuberante, calmo, complexo.
Juntos são criaturas sagradas
Sem nenhuma preocupação
O sexo tântrico é caprichado
Um prazer sutil e sofisticado
O sexo normal dura 15 minutos
O amor tântrico duas horas
O homem que se concentrar
Fará a sua parceira voar
É uma verdadeira obra de arte...
Criação artística, rara e bela...
Plástica refinada, constante!
A sensação do gozo vem do cérebro
E ejacular é um mero ato físico
O homem pode até gozar
Mesmo sem o sêmen expulsar
Tem-se a ejaculação demorada
O homem precisa estar treinado
E se ele gozar... Antes da hora
A sua parceira ficará bem furiosa
São horas de encanto, procura.
O tempo pára, enorme silêncio...
Entorpecidos, saciados, gozam!
É o orgasmo infinito do amor.
Duo: Patrícia Correia e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
AMOR E SEXO: TÂNTRICO POÉTICO - Duo: Patrícia Correia e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=QyW16DGNmcs
Bebi as Estrelas
Bebi as estrelas
e saí ébria a rabiscar o mundo.
Cambaleio nos versos dela
Fico em seus rabiscos inebriado.
Entornada em pranto líquido,
a minha face
Enrubesço assim comovido
Querendo logo o enlace
O vento acariciava,
os meus cabelos
de repente,
transformados
feriram as pontas dos dedos.
Que dela já se pré-anunciava
Arrepios dos pés ao cerebelo
Diante do encanto que salva...
Sinto seu misterioso espanto
Viajei na madrugada,
libertei os meus fantasmas,
e encontrei
a magia das mandrágoras,
e quando cortei
as dores pela raiz,
mais alto chorei.
Vim para enxugar as tuas lágrimas
E ver florescer o teu belo sorriso
Já liberta do medo e dos entraves
Preparada para o terno abraço
Aliviá-la e acolhe-la em beijos
Para no meu colo adormecê-la
Com carícias e cantigas de ninar.
Jogada em leitos
de rios de quimeras,
sou afluente de tudo,
é aí que me encontro.
Quero em ti colar meu peito.
Porque minha natureza a espera
Para saciar a tua seca sede
De ternura e sonhos de amor
Devoro as flores
antes dos frutos.
Sou ave,
e aspiro o pólen,
e sorvo o néctar.
Meus dedos ávidos
Buscam pelos teus segredos
Quero sentir seus lábios de mel
Adornar essas tuas penas
E levitarmos juntos aos céus
E dos gritos doridos
eu preencho
os meus ouvidos internos.
Sussurrar-lhe pelos tímpanos
A música composta no meu íntimo
Dissipando todas as tuas tristezas
Dúvidas, temores e incertezas.
E nas línguas de fogo
do lirismo,
eu me queimo.
Vou amalgamado de fio a pavio
Ao calor efusivo do seu poema
Ancorado e feliz ao teu navio
Para ouvi-la dizer-me...
Bebi as estrelas!
Duo: Maria Flor e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3932820
Veja o poema em vídeo:
Bebi as Estrelas - Duo: Maria Flor e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=brlJJqOtetg&feature=plcp
Versos partidos e chegados...
A poesia que ignoras, faz de ti morada
Está adormecida em leito de descrença
Esquecida da vida, silenciosa, acabrunhada
Em choro sufocado por tua inclemência.
Ouvi pelos teus sussurros que aqui choram
Murmúrios de uma alma pura enriquecida
Pela bela sonoridade que nela fez guarida
Dos olhos aos lábios gotas que lacrimejam
No solitário andar de teus versos calados
Os pesadelos são gritos que tu ouves
Quando os desejos se aninham loucos
Nos desafios de uma ânsia, aos brados.
Tuas palavras calam como um doce relicário
Aos ouvidos atentos entristecidos e cansados
Loucura santa como prece de um breviário
Declamada e rezada em noites enluaradas.
E, lado a lado a cochilar me ponho,
A jogar fora o teu penar ao léu
E, ao acordar, me descobrindo em véu
De um doce lirismo, mas tristonho.
Criatura que em palavras toca o Criador
Pela pureza e destreza que chega aos céus
Filtro que perpassa até feltro de chapéu
Desperta em poetas a crença pelo Amor
Tropeço, sonolenta, nos versos caídos
E cuido de apanhar sentido mudo
A poesia machucada agoniza e é tudo
Como quem quer juntar cristais partidos...
Levanto então tão comovido e possuído
Indo no embalo sentindo-me protegido
Ungido pela maciês da pele bem aquecida
Amálgama a rica doçura desses fluidos
Invento alguma forma de colar as rimas
Da criação que se trancou no caos
Eu vejo a calmaria do alto das colinas,
A poesia- musa ao mar, e o acenar às naus...
Unguento a salvar-me de quaisquer lamentos
Entregue à sorte das ondas, das águas bravias.
A navegar nos mares distantes e profundos
E aportar suave à embarcação que se desvia...
Do “Cais”... E ancora no porto dos nossos ais.
Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
Nota: Dueto induzido pelo desafio do poeta Marco Bastos
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3915977
Veja em vídeo:
Versos partidos e chegados... - Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=-RNaS2gRLBA
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Bem há, sol em ti.
Bem singular em raios encantados
O sol alcança a alma viril abatida
Transforma os ventos em enviados
Balançando sua estrutura cansada
Através de sussurros bem elaborados
Será o movimento da amorosidade?!
Onde o momento influencia a colina
No ápice há o concerto do ser
Que ninam em versos as rosas
Que dissolve a angústia do ter
Dando-nos o poder dessa prosa
A provar do nosso bem querer
Que ao amor só nos resta ceder
E refresca a secura das rochas
Porque as rosas precisam do sopro.
Do afago terno, sutil e gostoso.
Aos mistérios e segredos do bem
Porque tudo vem a quem é dadivoso
As belas dores se acalmam no além
Aos que vivem o eterno ser prazeroso
Ferve na curiosidade o sinal da vida...
O estímulo sem intenção... Aspiração da rima!
Forma-se assim um poema que não se lapida
Vestido do seu melhor fascínio e suas esgrimas
E ainda lhe digo... Antes da nossa despedida...
Se há esse bem tão intenso, que mal conterá?
Viaje nessa tua loucura... Porque bem lhe fará!
Duo: Lúcia Cláudia Gama Oliveira e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3915973
Bem há, sol em ti - Duo: Lúcia Cláudia Gama Oliveira e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=u4BjFImBb6g&feature=plcp
OLHOS DO CORAÇÃO
Os Olhos do Coração
Tem a visão sutil transcendental
Sabem captar nossa melhor emoção
Por isso tudo fica assim tão original
Aquela que os olhos não podem ver
Que se esconde no fundo d ‘alma
E que o corpo não pode ter
Mas, que logo vem e nos acalma.
Nossos sentidos não podem perceber
Que na pele a gente vê algo diferente
Ou que as mãos não podem percorrer
Mas, ele que é sábio toca e pressente
O coração sente o ser ausente
Como um instrumento sensível
Dando-nos esse presente
Tudo então se faz bem visível
Para nossa triste alma
O que era impossível...
Assim toca e finalmente a acalma
O amor se faz então plausível
Os “Olhos do Coração” sabem ver
Quando a felicidade pode chegar...
Quem a nosso lado queremos ter
Mas, para isso há que se aconchegar.
Seja uma ausência de momento
Temos que nos aproximar e dengar
Que por vezes é só um tormento
Que o amor dissipe e flutue pelo ar
Seja uma ausência definitiva...
Pela cruel e tristonha partida
A sentir-se sempre viva...
Na esperança de nova chegada
Se soubermos ver com os “Olhos do Coração”
Tudo fica claro, intenso, real e mais bonito.
Sempre sentiremos essa gostosa sensação
De que valeu a pena ter este dueto escrito!
Duo: Marcial Salaverry & Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3897453
http://silviamota.ning.com/group/hildebrando-menezes-em-duetos/forum/topics/olhos-do-cora-o
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=o6OrVYVVKXc
OLHOS DO CORAÇÃO
Os Olhos do Coração
Tem a visão sutil transcendental
Sabem captar nossa melhor emoção
Por isso tudo fica assim tão original
Aquela que os olhos não podem ver
Que se esconde no fundo d ‘alma
E que o corpo não pode ter
Mas, que logo vem e nos acalma.
Nossos sentidos não podem perceber
Que na pele a gente vê algo diferente
Ou que as mãos não podem percorrer
Mas, ele que é sábio toca e pressente
O coração sente o ser ausente
Como um instrumento sensível
Dando-nos esse presente
Tudo então se faz bem visível
Para nossa triste alma
O que era impossível...
Assim toca e finalmente a acalma
O amor se faz então plausível
Os “Olhos do Coração” sabem ver
Quando a felicidade pode chegar...
Quem a nosso lado queremos ter
Mas, para isso há que se aconchegar.
Seja uma ausência de momento
Temos que nos aproximar e dengar
Que por vezes é só um tormento
Que o amor dissipe e flutue pelo ar
Seja uma ausência definitiva...
Pela cruel e tristonha partida
A sentir-se sempre viva...
Na esperança de nova chegada
Se soubermos ver com os “Olhos do Coração”
Tudo fica claro, intenso, real e mais bonito.
Sempre sentiremos essa gostosa sensação
De que valeu a pena ter este dueto escrito!
Duo: Marcial Salaverry & Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3897453
http://silviamota.ning.com/group/hildebrando-menezes-em-duetos/forum/topics/olhos-do-cora-o
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=o6OrVYVVKXc
Os teus olhos...
O teu olhar negro jovial e cigano
Faz de mim um girassol mundano
Vejo nele mil casos e desenganos
Que maltratam e consomem há anos
Pelas frestas, vazios e entranhas...
E vai queimando tudo feito ardente chama
Penetra, adentra, ocupa e logo assanha
Fustiga às minhas veias e me incendeia
É indescritível o estrago que desencadeia
Nunca vi olhos tão santos e profanos
Ah este teu olhar de deusa cigana
Insinuante a fazer das noites dia
Apronta... Come-me pelas beiradas
Arranca minhas vestes e me queda
Tanto mistério ele sabe que guarda
Profundidade calada da madrugada
Que me joga sempre em teus braços
Não há sinônimo para suas estocadas
Das labaredas que dele se despreende
Dos teus olhos nasce o brilho das estrelas
Ofuscam as outras pessoas ao redor
Este teu olhar poderoso e impiedoso
Quando encara os meus desejosos
Faz de mim um pobre diabo aos teus pés
Não resisto à sedução do teu fascínio
E você sabe como me tirar o tirocínio
Conhece a capacidade do teu domínio
Deixa-me um menino débil em desatino
Baratinado, inebriado e enlouquecido
Ainda hei de decifrar este olhar encantado
Porque sei que esconde inúmeras dores
Já passou por mil sufocos e tantos amores
E tem a beleza da pureza que nos encanta
Alivia almas sofridas que por aí perambulam
Dos teus olhos e do teu intenso olhar...
Muitos poetas tentarão te decifrar
O que escondes dessa sede de amar
Da fome insana e soberana a criar
Ao nos fitar fascina mais que um luar
Nada se compara a essa força imensa
Que dos teus olhos e da tua energia...
Fez brotar aqui em mim esta poesia
Dedico-a só aos teus olhos e ao teu olhar
Cônscio de que assim imortalizo a inspiração
De dois deuses que a conceberam num altar.
Hildebrando Menezes
Faz de mim um girassol mundano
Vejo nele mil casos e desenganos
Que maltratam e consomem há anos
Pelas frestas, vazios e entranhas...
E vai queimando tudo feito ardente chama
Penetra, adentra, ocupa e logo assanha
Fustiga às minhas veias e me incendeia
É indescritível o estrago que desencadeia
Nunca vi olhos tão santos e profanos
Ah este teu olhar de deusa cigana
Insinuante a fazer das noites dia
Apronta... Come-me pelas beiradas
Arranca minhas vestes e me queda
Tanto mistério ele sabe que guarda
Profundidade calada da madrugada
Que me joga sempre em teus braços
Não há sinônimo para suas estocadas
Das labaredas que dele se despreende
Dos teus olhos nasce o brilho das estrelas
Ofuscam as outras pessoas ao redor
Este teu olhar poderoso e impiedoso
Quando encara os meus desejosos
Faz de mim um pobre diabo aos teus pés
Não resisto à sedução do teu fascínio
E você sabe como me tirar o tirocínio
Conhece a capacidade do teu domínio
Deixa-me um menino débil em desatino
Baratinado, inebriado e enlouquecido
Ainda hei de decifrar este olhar encantado
Porque sei que esconde inúmeras dores
Já passou por mil sufocos e tantos amores
E tem a beleza da pureza que nos encanta
Alivia almas sofridas que por aí perambulam
Dos teus olhos e do teu intenso olhar...
Muitos poetas tentarão te decifrar
O que escondes dessa sede de amar
Da fome insana e soberana a criar
Ao nos fitar fascina mais que um luar
Nada se compara a essa força imensa
Que dos teus olhos e da tua energia...
Fez brotar aqui em mim esta poesia
Dedico-a só aos teus olhos e ao teu olhar
Cônscio de que assim imortalizo a inspiração
De dois deuses que a conceberam num altar.
Hildebrando Menezes
Os teus olhos... Hildebrando Menezes -
Olhares: Reflexão poética - Fall e Hilde
Olhares:
Reflexão poética
Se eu apertar
com bastante força meus lábios, conterei meu choro. Sem ar, tiro-me o fôlego...
Mas não morrerei.
- Deixe-me
então reativar as tuas forças diante do impacto mútuo do nosso súbito contato,
para que possamos junto reviver outros passos.
Ajeita minha
cabeça e parece tentar me equilibrar dentro de um soluço, diante de alguma
coisa que não consigo ver.
- Estou aqui
diante de ti para o afago a estancar qualquer nebuloso presságio e a mergulhar
nesse olhar tão bonito.
Emoldura-me
num mundo como se ele - espelho para mirar-me. As avessas tropeço no seu “Suspiro”
que dói-me tanto quanto um " nunca mais" ...
- Inevitável
reencontro de si mesmo diante da leveza suave que se abriga,
no íntimo do
nosso recôndito e sofrido ser a pedir socorro.
Confortavelmente
no meu rosto comprido, fino e melancólico... Olhos “distante, como no primeiro dia...
- Agora já
engolimos algumas auroras, depois da coragem de abrir: Frestas, portas e
janelas do nosso Eu para que o sol trouxesse vida e calor.
Sei da minha
fragilidade... É do tamanho de todos os espaços. Mas sei, também, que divido a
verdade que se reparte em tudo...
- E ela está
a postos a fortalecer e entrelaçar nossos laços. Atar os nós desatados, juntar
e amalgamar nossos cacos a nos tornar unos.
Que é tanto.
Assim tenho “você minha verdade inteira” e a nudez maior dentro das minhas... Perguntas
mudas.
- Sim! Há que
se transbordar por inteiro... Que venham então as perguntas a despertar as
respostas dissipando a inquietude pelo sadio confronto.
Quando o
mistério é impressionante demais, a gente não ousa desobedecer.
- Então
obedeçamos aos desígnios do que nos foi traçado para que se desvende o enigma
desse adorável processo de amar sem medida.
Fall &
Hilde
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Melancolia salutar
A melodia com notas agudas
Quer povoar todo este ambiente
Compõe um som das veias oriundas
Traz à memória verde inconsequente
Do homem feliz e triste como gente
Que se compraz sem pedir nada
Apenas ouve e sente a pauta da vida
Musicada que vem d’águas profundas.
O violino corta de repente
Choro entalado de lágrimas dadas
As notas perpassam como pontes
Células dançam eletrizadas
Sua alma magnetizada fica em transe.
E o amarelo da terra move quente
Tudo se dá de forma intensa
Ah! Como vive e tece cada instante
Rebobina suas reminiscências
Saudade em dó maior de suas vidas.
Que não há como aferir dessa essência
A nau parte, já é hora de tentar
Conhecer outras cores não puídas
Seria o arco íris em transcendência?
A compor a moldura do caleidoscópio
Pelas rotinas marrons amarradas.
Que não se depura pelo telescópio
Sentimentos que dão à partitura
A vibrar pelos tímpanos como ópio
O frenesi se dá em sua estrutura
Paletas coloridas da pintura
D’uma melancolia tão salutar.
Respiração das estátuas
Muito além das miragens
Envelope treme na espátula
Falam no silêncio das imagens.
Murmuram palavras ainda...
Mesmo quando elas cessam
À espera do toque biangular
No fascínio que se descortina
Tempo tu, perpendicular...
Ela, como ninguém, sabe lhe tocar.
Como uma distância muito ensaiada
Como outra vertente que paira no ar...
Afetos mútuos compartidos
Sentimentos agora transformados
Em inteligível paisagem audível.
Perfeito! Presente enriquecido.
Quer povoar todo este ambiente
Compõe um som das veias oriundas
Traz à memória verde inconsequente
Do homem feliz e triste como gente
Que se compraz sem pedir nada
Apenas ouve e sente a pauta da vida
Musicada que vem d’águas profundas.
O violino corta de repente
Choro entalado de lágrimas dadas
As notas perpassam como pontes
Células dançam eletrizadas
Sua alma magnetizada fica em transe.
E o amarelo da terra move quente
Tudo se dá de forma intensa
Ah! Como vive e tece cada instante
Rebobina suas reminiscências
Saudade em dó maior de suas vidas.
Que não há como aferir dessa essência
A nau parte, já é hora de tentar
Conhecer outras cores não puídas
Seria o arco íris em transcendência?
A compor a moldura do caleidoscópio
Pelas rotinas marrons amarradas.
Que não se depura pelo telescópio
Sentimentos que dão à partitura
A vibrar pelos tímpanos como ópio
O frenesi se dá em sua estrutura
Paletas coloridas da pintura
D’uma melancolia tão salutar.
Respiração das estátuas
Muito além das miragens
Envelope treme na espátula
Falam no silêncio das imagens.
Murmuram palavras ainda...
Mesmo quando elas cessam
À espera do toque biangular
No fascínio que se descortina
Tempo tu, perpendicular...
Ela, como ninguém, sabe lhe tocar.
Como uma distância muito ensaiada
Como outra vertente que paira no ar...
Afetos mútuos compartidos
Sentimentos agora transformados
Em inteligível paisagem audível.
Perfeito! Presente enriquecido.
Tendo então recebido ...
Requer reverência!
Para que a todos se dê ciência
Por estes dois intérpretes.
Duo: Fall & Hilde
Para que a todos se dê ciência
Por estes dois intérpretes.
Duo: Fall & Hilde
Veja o poema em vídeo:
Melancolia
salutar - Duo: Fall & Hilde
Nestes tempos
pré-primaveris, dancei aqui embalado como um bico de beija-flor assanhado e
adocicado, com o pólen do desabrochar das papoulas, em melancolia enternecedora
que me embriagou às entranhas e me fez adormecer no colo quente e acolhedor da
divindade poética do AMOR! Foi assim que senti e vivi esse mágico instante
lúdico. Hilde
VISUAL - Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes
Cabelos impecáveis em cachos dourados
A cada dia um novo penteado
E lá vou eu em pensamentos mil
Negra nuvem tempestuosa
Esvoaçantes fios sedosos
Da mais refinada deusa das letras
Que nos acaricia em versos
A poesia que lhe sai da alma
E como é belo contemplá-la
Assim na exuberância elegante
Da mulher-fêmea que transcende
Que dá para as janelas de minha alma
E chove chuva derretendo plúmbeo céu
De coração magoado que despedaçado
Dói por desregrado amor
Suas palavras bafejam minha mente
Na intensidade doce e cálida
Que me acaricia... Toca fundo
Dos brincos e colares joias raras
Há lápides de muitas amarras
No rosto de semblante mítico
A máscara disfarce de um riso
Estampa a maestria da pujança
Beleza rara que beija e avança
E se recolhe no silêncio que purifica
Suas mensagens a tudo desmistificam
Um colo frio, mais parece um palco
Intocável, vazio, sem plateia
Mãos finas, aparentes delicadas
Incapazes de ler as próprias linhas
Embutidas na insegurança
Corpo perfeito por aí afora
Desfilo pela vida
Povoando pensamentos que calam
E ao mesmo tempo inflamam
Amaciam a pele cansada
Que transbordou da labuta
Surge uma coragem adormecida
Que pulsa e expulsa
As vadias perfídias
Oca oca oca vida
Quer preencher as lacunas
Na estrada íngreme das heroicas rugas
Querem olhar a realidade nua e crua
Enfrentar com destemor à luz
Para aquecer-me o interior
Desnudar-me diante do próprio EU
As previsíveis marcas vêm surgindo
A ilusão das aparências evidentes
Eu preciso livrar-me dessa sombra
E trazer à tona o brilho do meu SOL
Assim vou me reconhecer de corpo e alma
Na frente do espelho...
Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3878267
Veja o poema em vídeo
VISUAL - Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=oRN7YlmtO5E
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
O TEU RISO !
Quando chega assim de surpresa
O teu riso... Sem nenhum aviso
Parece saído da toca, de improviso
De um recatado canto do paraíso
Ao sair da tua boca, ilumina tudo!
Os caminhos, os seus escurinhos...
Afugenta as sombras e penumbras
Tira mensagens de amor do escaninho
E adocica minha língua e dá cor...
Como num caleidoscópio de arco-íris
Com mil pincéis dançando pelos painéis
Dando formato multicolorido aos retratos
Assim meio que no deslumbre de pinel
A face, meu corpo, a alma pede contato
A abrigar o belo conteúdo dessa moldura
Em timbre ritmado e melodioso à tua voz
Fazendo vibrar os tímpanos com acordes
Meu coração pula em disparada veloz
Que ao ouvi-la tudo em torno se altera
Cria-se um ânimo salutar que prospera
Numa alegria que se manifesta em festa
Apenas por um de seus leves movimentos
Desperta o fluxo intenso dos pensamentos
Como se tudo esperasse pelo teu toque
Tão delicado, lapidado e sem retoques...
Menina você não sabe e sequer concebe
O poder que emana da tua presença
Do riso mágico que meu ser inteiro bebe
Mesmo quando você chega sem licença
Revigora as forças e nos leva feito dança
Só te imploro que não vá mais embora...
Fica aqui comigo e seja o meu abrigo
Ilumina a escuridão que vem lá de fora.
Mesmo que eu possa ser só teu amigo
Quero-a assim a sorrir até o final dos dias
Para tanto prometo secar o meu pranto
Estampar em atos, pensamentos a alegria
E só te amar, tanto, tanto... Mas tanto!
Que traduzirei esse encanto em poesia
Que você não vai querer nenhum outro
Portanto... Receba estes versos como canto
De uma serenata entoada em tua sacada
Como de um Romeu cantando à sua Julieta
Numa bela e fascinante noite enluarada.
Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
O TEU RISO !
http://www.youtube.com/watch?v=1IkZLoAnSC4
O poder dos sonhos
O sonho é o ensaio da realização.
É o esboço... Rascunho da ação.
Quem não sonha, apenas sobrevive...
Sem a emoção da preparação
Para a plenitude da floração
O sonho te conduz... Seduz!
Prepara para um ser transcendente
Ao final... Lá na ponta dos teus anseios...
Como a te mostrar sem receios
A luz que te ilumina e incendeia
Na tua própria imaginação
Do que poderá vir a ser em construção
Porque em potência tudo é possível
Acredite e não vacile... É plausível!
Invista! Creia! Mesmo inverossímil
Entra com tua alma no inatingível
Que é chegada a hora pela aurora
Fustigada pela sanha das esperas
Os sonhos não são apenas quimeras
São espíritos a nos conduzir pelas estradas
A nos mostrar as reais possibilidades
Para se alcançar a verdadeira felicidade
Então... Não desdenhe pela dificuldade
Pelo contrário... Coloque intensidade!
Que o desejo vira uma bela realidade
Mas é necessário também serenidade
Para não ser reflexo de insanidade
O amor... Objetivo maior... Há que ter lugar
Porque é a pista... A sutil morada tão esperada
Que retratará... Conduzirá na derradeira jornada
De quem planeja os melhores próprios passos...
Até que tudo se alcance ao sabor do compasso.
Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
O poder dos sonhos - Hildebrando Menezes
https://www.youtube.com/watch?v=D4D4kGD0GgM&feature=player_embedded
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
AMÁLGAMA
Num dialeto inventado
em palavras vacilantes
O ato se fez encantado
Sublime sussurro pulsante
Murmúrios de amor
Nela ele se perdia
e nela se reencontrava
A veia reacendia
O que tanto procurava
Em rasgos de ternura abrandados
O contato amalgamava
Em nesgas de paixões acalentadas
Dois seres vibravam
Almas apaixonadas
Em vícios e venenos que embriagam
Nela ele se afogava
Nada os separavam
Em braços e pernas
Tudo os interligavam
Pele e pelos
Em cheiros de almíscares e jasmim
Doçuras e delícias
Eu e você... Assim!
Em suores e carícias
Quando a noite invadia a tarde
Sonhos e desejos satisfeitos
Até perder-se de si mesmo
Dois seres plenos e repletos
Amalgamados a esmo
Até não ter mais juízo
Até liquefazer-se de amor
Fusos e difusos
Na fusão dos corpos úmidos
Só a ternura mais profusa
No calor que abrasa e queima
Na vida que nasce e morre
Na profusão das chamas
Tórrida paixão que inflama
Fenece, eleva, transparece
e novamente renasce.
Duo: Ianê Mello e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3828076
Veja o poema em vídeo
AMÁLGAMA - Duo: Ianê Mello e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Homenagem especial da LILASES aos poetas do Amor e da Paz -- PEAPAZ - A LÁGRIMA - A Outra
Homenagem especial da LILASES aos poetas do Amor e da Paz -- PEAPAZ - A LÁGRIMA - A Outra
http://www.youtube.com/watch?v=foRNiiAwQ78&feature=related
Edir Pina de Barros, Jorge Montenegro, Hildebrando Menezes, Marco Bastos e Silvia Mota.
Duo Clássico dos Poetas: Jorge Montenegro e Edir Pina de Barros
A L Á G R I M A
Montenegro: Sou brilho, sou prata – que rola, que cai -
às vezes sou pura, alegre ou triste,
eu sou companheira - que vive e resiste -
até que teu pranto, pungente, se esvai.
Edir: Há de secar a lágrima que rola
E escava a minha face, feito um rio
Na enchente da tristeza e do vazio
Que as margens do meu ser rompe e extrapola.
Montenegro: Eu banho o olhar onde mora a saudade
e mostro o que sente o teu coração;
se ouves silente aquela canção,
eu traio o silencio da tua verdade.
Edir: E rola sobre a face, qual marola
Nas tempestades d’alma em desvario
Depois d’um frio inverno e longo estio
Que a dor, bem lá no imo, se acrisola.
Montenegro: Naqueles momentos que o cenho contrito
reflete o vazio deixado no peito,
eu venho afogar tua voz nesse grito.
Edir: Um rio, que as comportas rompe e vence
Co’a força que é só sua e lhe pertence,
E rola sobre o chão da minha fronte...
Montenegro: Dissipo, sufoco a dor que exorcizo
e molho os véus que recobrem teu leito;
eu trago de volta o teu doce sorriso.
Edir: Há de secar a lágrima, por certo,
E transformar a alma em um deserto
Sem oásis, miragens, horizonte...
Duo: Jorge Montenegro e Edir Pina de Barros
Duo modernista dos Poetas: Jorge Montenegro e Hildebrando Menezes
A Outra Lágrima
Eu sou a outra lágrima,
Branca e liberta,
Sem medo,
Sem rima,
Sem pudor.
A amante mais sofrida
Aquela que sofre escondida
Que vive das migalhas
Ébria dos sufocos da vida
Sempre à espera
Alimentada pelas quimeras
Sua tua mais preciosa estima
Quando deixo o meu sal
Sou a origem da dor
Porque nasço lá das entranhas
Do mar... Do líquido amniótico
Do útero seco e emblemático
Dos desertos... Da solidão!
Mas tenho o sopro vital da esperança
De poder transcender em tua face
Quero curar as mais tristes feridas
Que a vida fez
Na tua tez,
No teu sorriso,
E matar de vez
O que diz ser impossível
Reflexo - mais puro e terno -
Do encanto que vi no pranto
Da tua alma entristecida.
Assim farei sentido
Rolar aos teus lábios
Quando venho te ameigar,
Levo no rastro
O sofrer e a agonia,
A tristeza e a saudade
Sem medo da verdade
Devolvendo aos olhos teus
Aquele brilho que foi,
Desgastado pelo deslustre
Na manhã sem poesia,
Depois da madrugada insone
Apagado,
escondido,
preso e metrificado
pelo aceno de um adeus.
Agora reacende sua força
Magnética magnitude
Pela lavra e virtude
Delicadeza e nobreza
De um poeta clássico
Que deixou o amigo Hilde em lágrimas
Por homenagem tão bela e singela.
Duo: Jorge Montenegro e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado em singela homenagem recebida do poeta Clássico Jorge Montenegro.
Homenagem especial da LILASES aos poetas do Amor e da Paz -- PEAPAZ - A LÁGRIMA - A Outra
Edir Pina de Barros, Jorge Montenegro, Hildebrando Menezes, Marco Bastos e Silvia Mota.
http://www.youtube.com/watch?v=foRNiiAwQ78&feature=related
SONS DO CORAÇÃO - Duo: Ka Santos e Hildebrando Menezes
Sou capaz de ouvir cada som
Leves ruídos de vento
Que entre risos e lamentos
Trazem a verdade
Que transborda
...Dentro
O que ouço traduzo em palavras
O que saiu manso aí da tua lavra
E tudo aqui vira música suave
Em solo ou duo da melhor clave
Perceba quanta intensidade
Que transborda desta saudade
Aqui por dentro...
E nessa descoberta
Atenta a cada passo
Batidas do coração
Descompasso
Fogem de mim
...Desritmados
Fico logo inteiro e coberto
Da melhor das emoções
Cada vez que você me desperta
Estas sutis sensações
Tudo bate apressado
Em ritmo acelerado
E nesse eco imenso
No varal pendurado
Meus sinais são descobertos
Correndo em caminhos incertos
...Amor emoldurado
Aqui distante no pico do penhasco
Vejo codificadas as tuas mensagens
Que flutuam céleres pelas nuvens
Então fico todo entusiasmado
E rascunho sentimentos apressados
... Neste mágico tablado
E os sons que ouvi
Desenhados em versos e rimas
Foram por mim escondidos
Em vários frascos de vidro
Que tilintam em minha vida
Ah! Quanto bem você me faz
Quando sussurras me sinto capaz
De desvendar todo e qualquer mistério
Só pelo bafejo da imaginação
Percebo que é teu o meu coração.
Duo: Ka Santos e Hildebrando Menezes
Nota: Serviram de inspiração para o dueto comemorativo ao noivado de Gabriela Menezes e Guilherme Barros, no Central Park em Nova Iorque, o poema “Sons de vidro”da poetisa Ka Santos constante no link: http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/sons-de-vidro
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3563654
.
SONS DO CORAÇÃO - Duo: Ka Santos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=ihzNtl7xSDo&feature=related
segunda-feira, 19 de março de 2012
Espiral dual - Duo: Márcia Portella e Hildebrando Menezes - Poetas do Amor e da Paz - PEAPAZ
http://www.youtube.com/watch?v=kn-l3gNXEig&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&feature=plcp
Talvez eu te procure
Com a pele ardendo em açoites
Com sede e fome de ternura
Caçando e pescando carícias
Como um náufrago procura...
Um pedaço de madeira... Chão!
Para sentir a tua explosão
Da mais terna e viril emoção
Serpenteando em enrolado espiral
À procura de um atalho...
Portal de um labirinto sensual
Massageando a tua aveludada pele
Para que sigamos mais que
Sombras no amor...
Há que se caminhar célere
Com o passo suave de uma garça
No vigor vulcânico da paixão
Vou surgir em corpo longo
No rodopio esguio de bailarina
Com os seios arfando em pulsações
Beijarei sem pressa os teus lábios
Que embriagados ficarão de saliva
Afagarei cabelos negros abundantes
Pelos arrepiados em transe
De muitos matizes se espalhando
Em intrincados espirais...
Na sutil eletricidade magnética
No frigir do mais belo elo poético
Enroscar-me-ei em teu pescoço
Trarei o incensário em fogo
Labaredas, chamas, alvoroço
Com um enxame de sensações
E aromas suaves esvoaçantes...
Sugarei delirante do teu néctar
Do mel, da fava de tuas curvas
Juntos em giros e carícias múltiplas
Faremos o caminho inverso no tempo
Ficaremos como dois seres levitando ao léu
No colo estratosférico do espaço estelar
Sombreados na travessia do breu
Só girando e cavalgando nas nuvens
Só eu e você e você e eu... Sempre!
Exalando cheiros em versos
Alinhavados no calor da madrugada
Compostos sem pausas e descansos
Numa sinfonia de acalantos
Que depois recolhemos ao amanhecer...
Duo: Márcia Portella e Hildebrando Menezes - Poetas do Amor e da Paz
Nota: Inspirado no texto original de Márcia Portella intitulado “ESPIRAL” constando no link:
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/espiral?xg_source=activity
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3559421
http://silviamota.ning.com/group/hildebrando-menezes-em-duetos/forum/topics/espiral-dual
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=kn-l3gNXEig&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&feature=plcp
Talvez eu te procure
Com a pele ardendo em açoites
Com sede e fome de ternura
Caçando e pescando carícias
Como um náufrago procura...
Um pedaço de madeira... Chão!
Para sentir a tua explosão
Da mais terna e viril emoção
Serpenteando em enrolado espiral
À procura de um atalho...
Portal de um labirinto sensual
Massageando a tua aveludada pele
Para que sigamos mais que
Sombras no amor...
Há que se caminhar célere
Com o passo suave de uma garça
No vigor vulcânico da paixão
Vou surgir em corpo longo
No rodopio esguio de bailarina
Com os seios arfando em pulsações
Beijarei sem pressa os teus lábios
Que embriagados ficarão de saliva
Afagarei cabelos negros abundantes
Pelos arrepiados em transe
De muitos matizes se espalhando
Em intrincados espirais...
Na sutil eletricidade magnética
No frigir do mais belo elo poético
Enroscar-me-ei em teu pescoço
Trarei o incensário em fogo
Labaredas, chamas, alvoroço
Com um enxame de sensações
E aromas suaves esvoaçantes...
Sugarei delirante do teu néctar
Do mel, da fava de tuas curvas
Juntos em giros e carícias múltiplas
Faremos o caminho inverso no tempo
Ficaremos como dois seres levitando ao léu
No colo estratosférico do espaço estelar
Sombreados na travessia do breu
Só girando e cavalgando nas nuvens
Só eu e você e você e eu... Sempre!
Exalando cheiros em versos
Alinhavados no calor da madrugada
Compostos sem pausas e descansos
Numa sinfonia de acalantos
Que depois recolhemos ao amanhecer...
Duo: Márcia Portella e Hildebrando Menezes - Poetas do Amor e da Paz
Nota: Inspirado no texto original de Márcia Portella intitulado “ESPIRAL” constando no link:
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/espiral?xg_source=activity
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3559421
http://silviamota.ning.com/group/hildebrando-menezes-em-duetos/forum/topics/espiral-dual
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=kn-l3gNXEig&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&feature=plcp
quinta-feira, 8 de março de 2012
O COTURNO! Um duo...
Fetiches de seduções,
Milagrosas aparições
Desfilam em minha cela,
Sob cores vindas de aquarela.
Auto-flagelo de emoções,
Tantas são as projeções!
O Coturno impera nela
Esta – aquela... e Ela!
Faz do meu falo o cassetete
E se coloca tête-à-tête.
Variadas são as excitações
E tantas as permissões!
Quem é guarda e prisioneiro?
Qual o segredo do cativeiro?
Amor goteja o dia inteiro
Não há ódio nesse tabuleiro.
Jogas-me contra as grades,
Unem-se nossas vontades...
Sufoco-a com meus beijos,
Beijos, beijos e mais beijos...
Lucidez e loucura,
Uma quase tortura
De ébrios desejos.
Abrigas meus ensejos,
Malícias e sevícias intensas
Fruto de paixões tensas...
Paira no ar cheiro de sexo
Que me deixa perplexo!
Na languidez que corre pelas veias
À minha frente arreias.
Cenário perplexo e complexo,
Em nada busco nexo.
Atos falam mais que os versos,
Pois somos dois universos,
Encontro amoroso de rio e mar,
Num instante de alucinar.
A pororoca logo desemboca
Num enrosca-enrosca
De línguas que se entrelaçam
E ameaçam...
Bocas se acoplam
Atrelam e rimam...
O coito é meio afoito
Doido, doído e completo...
Quedam-se os dois
Ao depois...
Plenos... Satisfeitos!
Gozos... Perfeitos!
Duo: Hildebrando Menezes e Silvia Mota – Poetas do Amor e da Paz
http://www.recantodasletras.com.br/duetos/3537396
Hilde querido
Pedido feito...vídeo realizado...
Deixei o que fala das mulheres na capa do canal...pelo DIA DAS MULHERES - depois de amanha eu coloco este na capa ta?
Espero que goste!!!!!!!
Big beijo
Enise
O COTURNO! - Duo: Hildebrando Menezes e Silvia Mota -- Poetas do Amor e da Paz - PEAPAZ
http://www.youtube.com/watch?v=_eHtV6Q36k0&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&index=1&feature=plcp
segunda-feira, 5 de março de 2012
CREPÚSCULO FEMININO (Homenagem)
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Contrario ao natural declínio de sua juventude
Brota dela seu maior e verdadeiro melhor período
Em contrapartida ao cansaço, as rugas, aos cabelos grisalhos
Deleita seu estado maior de estrutura, sua vitalidade espiritual
A mulher madura é um fruto doce e suculento
Produto dos anos intensos de dor e sofrimento
Já não sangra e seu corpo é propício ao aquentamento
Nasce dela o acalanto e o bom aconselhamento
Porque viveu e se doou em todos os momentos
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Quando livre da reprodução animalesca da natureza
Abraça sem restrições em gozo o prazer de amar
Isenta de necessidades morais, encargos, incumbências
Sabe melhor lidar com as inquietações da consciência.
A mulher madura é o despertar do por do sol
Depois do brilho reluzente por todo o dia inteiro
Ela esparrama seus raios de luz pelo horizonte
Ela é o porto, a atracação firme e serena no cais
Após marejar pelas ondas violentas de seus ais
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Porque leva em sua bagagem experiência, ponderação
Seu intelectual, seu emocional, seu temperamento
São impressos de suas próprias habilidades adquiridas
Sua condição de plenitude longe de infantilidades...
A mulher madura sabe como ninguém o seu anoitecer
Traz consigo o dever cumprido do amor e seus sentidos
É mais que sentimento coberto de ouro e diamantes
Que se percebe no relicário do seu suave semblante
Suas rugas comprovam o percurso íngreme da estrada
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Quando experimenta da solidão à sensação solitude
Solidão não como isolamento, como separação
Mas como reservados e merecidos momentos
Em defesa e crescimento dos sentimentos.
A mulher madura é a doçura saudável de uma uva
Cultivada pela vida de guerreira brava e destemida
Sabe amar sem frescuras e se põe ao mundo como diva
Por vezes sóbria e em outras com o riso aberto e farto
De quem trabalhou e depurou da melhor virtude
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Porque sutilmente tem o domínio da sabedoria
Do tempo sem pressa, do observar do jardim de si mesma
Do caminho que lhe resta, espreita sem ansiedade de entender
Só respeita o autentico poder do tempo em dá conclusões.
A mulher madura não se apura, mas se depura
Ela é nua, crua e pura como natureza que inspira
É semente que fecunda lá do seio da flor mais linda
Transcende aos conceitos de fêmea e é profunda
Sua matriz oriunda seduz por ser berço de divindade
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Porque entende de si, se gosta, se menos questiona
Sabe de sua perecível beleza, é conhecedora de suas fragilidades
Espera sua ancienidade com orgulho do tempo que já viveu.
A mulher madura é liga e ligadura que amalgama
Sabe como ninguém tratar as vicissitudes da vida
Pondera, reflete, questiona inquietudes e decide
Nas suas decisões a um quê de mágica sabedoria
Como é bonito apreciá-la no seu labor do dia a dia
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Por sua sensibilidade, seu emocional esculpido
Suas virtudes, qualidades e sedução como preciosidades
Tem na simplicidade o conhecimento de suas imperfeições.
A mulher madura é a mais bela nota da partitura
É solo, duo, sinfonia, melodia que enternece e irradia
Caleidoscópio que fascina pela união de variadas cores
A ela até a lua e as estrelas se conectam silenciosas
Podem ser personificadas em cada ponto de luz no universo
A mulher madura é crepúsculo entardecer...
Como a serena beleza das nuances do poente
Em céu alaranjado preparado à noite em receptividade
E toda á inacessibilidade inerente aos seus mistérios.
Ainda há muito a se dizer sobre a mulher madura
O que importa é vibrar com ela e poder senti-la
E que todos os homens saibam assim contemplá-la
Para que o mundo e a quem nele habita se torne melhor
Então milhões de salvas de palmas às mulheres maduras!
Lufague & Hilde
http://www.recantodasletras.com.br/duetos/3533685
Veja o poema em vídeo:
CREPÚSCULO FEMININO (Homenagem)
http://www.youtube.com/watch?v=151_lJrPIxs&list=UU9U5iTZiBfjQD1nIv95t16g&feature=plcp
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
CORAÇÃO IRREQUIETO
CORAÇÃO IRREQUIETO
Dentro do meu peito aberto
Pulsa um coração inquieto
Palpita ora lépido e apressado
Por vezes silencioso e repleto
Que não sossega e aquieta
É como um pássaro saltitante
Feliz circulando e assoviando
Canções suaves eletrizantes
Vai ao distante infinito e volta
Salta, pula, brilha e alucina
Piados constantes e envolventes
Dão o movimento que impulsiona
Sem por os pés no chão
Bate asas em ágil bailado
Alça seus vôos pelas veigas
O céu é o seu tablado
Valseia pelos trigais maduros
Campos de girassóis e campina
Lá vai ele intrépido e danado
Dá gosto vê-lo assim atirado
Se quiseres ficar comigo
Atiro-me em teus braços
Sinto que és meu amigo
Frágil, dócil e delicado
E beijo-te, choro e rio
Em completo fascínio
Como cupido que flecha
Chego ao delírio de amor
Seu bico que abre e fecha
Nossos beijos murmuram
Canções em som mais terno
O vento embala e sussurra
Testemunha os carinhos
Momentos estes em que
Assim me sinto repleto
Meu coração passarinho
Pousa no ninho, quieto
Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
CORAÇÃO IRREQUIETO - Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=HoQNNhAgW34
Enise conseguiu com doçura e maestria retratar o vôo inquieto
do nosso coração passarinho...Senti-me rasgando os céus e
repousando no ninho... Como é bom voar. Obrigado magas dos
versos e dos sonhos mais lindos. Hilde
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3513838
domingo, 19 de fevereiro de 2012
EFEMERIDADE?!
Quão efêmeros
Somos diante da vida
Não temos consciência
Desse grande mistério
E a vida passa...
A cada minuto,
fração de segundo
O tempo escoa, voa
Sobrevoa
Deixando só lembranças
Escapa por entre mente/corpo
Diante dessa
Concepção,
Fica-se, por vezes, inerte
Ao sabor do vento
Degustam-se momentos
Não se vive,
Sobrevive-se,
E a vida não se faz
Entender
Há que apenas senti-la
Com todas as suas forças
Apreendê-la na sua magia
Para embalar-se...
Embriagar-se nela
Que a vida é tempo.
Que o passado não
Reconstrói-se
Perde-se,
Dentro do tempo
Mas ao embalo da alma...
Dança-se acasalado às horas
E o espírito a tudo consola
Movimentos se sincronizam
A poesia aflora
E o presente
É seu próprio regalo
A vida não diz
A que veio
Ela apenas te chama
Inflama ao toque
Na majestosa harmonia
Do seu dia a dia
É preciso
Senti-la,
Porque à vida
É o real que não é visto
Está oculta no infinito
Tão necessário e bonito
Que explode no peito
Despe-se em estrofes
A vida se expressa
Em silêncio
Porque para a vida,
As palavras,
São supérfluas
Sua linguagem
É feita de atos
Numa espécie de contrato
Que a tudo se tece
Espaço completo
A vida não fala,
Para não confundir
A vida se revela
Registra-se em breves
Fragmentos
Na escritura
Dos sentimentos
No sentido
Concreto/abstrato
Do valor de cada sentir!
Assim há completude
A intercalar...
Filtro dos vícios
Para conquistar a virtude
A se conseguir a plenitude.
Lufague & Hilde
Nota: À perene e eterna Poetisa Lufague pela passagem de seu aniversário em 21 de fevereiro.
Veja o poema em vídeo:
EFEMERIDADE?! - Duo : Lufague & Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=sxCk0jpH3rE
Colo do Infinito - Hildebrando Menezes
Nas brumas do intrépido tempo
Ela silente e esvoaçante re-surgiu
Cessava ali esperas e contratempos
Não tive como conter o que se deu
Menos ainda em re-frear a emoção
Do que se foi um dia... E retornou
Que se apoderou com excitação
Vazão de sentimento se plasmou
Pleno e faceiro re-lembrei abraços
Pincelei no quadro das memórias
Nossos toques, rabiscos e traços
Daqueles momentos de glórias
Que fluem como águias no espaço
A lançar o bico sobre os penhascos
Trocar as garras e seus cansaços
Curar as feridas doídas e inchaços
Para ganhar nova e saudável vida
E ver re-nascer o vôo dos sonhos
Cálidos, serenos, frementes e lépidos
Circulando pelas veias e centelhas
Do que éramos... Do que somos
E já nos sentimos fora desta esfera
Mesmo que pire, transpire, entregamos
Para desenhar agora uma nova era
Que gira, conspira, traz e nos eleva
Porque não somos mais só de esperas
Cessam-se os hiatos e as quimeras
Agora são ardentes ondas cerebrais
Eletromagnéticas a romper umbrais
Fazer palpitar o coração e seus ais
Convocam-se até espíritos ancestrais
É o salto a transpor os horizontes
Vão e voltam papiros d’outro mundo
Distraídos e abstraídos em feixes de luz
Não é mais o corpo que nos conduz
São as energias cósmicas profundas
Que penetram fronteiras do impossível
Quebrando paradigmas e seus mistérios
Levando-nos habitar planeta inatingível
Salvos dos juízos, censuras e impropérios
Para adormecermos no colo do infinito.
Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3441521
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/colo-do-infinito?xg_source=activity
Veja o poema em vídeo
Colo do Infinito - Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=Fq3Em5Jx2Gc
DUETOS, (ESBOÇO CONTEMPORANEO DE ANTIGOS MANUSCRITOS-1949)
APENAS MULHER?
Entendeste o que para mim significaste?
Significou o sopro do vento e a brisa quente
Sou-lhe grata por tanta e tamanha devoção
Conseguiu fazer tudo aqui ser só vibração
Sim! Mostro a ti a face rubra da paixão
Onde depuseste os teus beijos em profusão
Saiba... Que de ti... Jamais me separei
Mesmo nos braços doutro foi em ti que pensei
No palco iluminado em que vivemos
Em plena vida é que aprendemos
A conhecer as almas (em destinos) desiguais
Sempre estive aqui a te esperar
Mas... Demoraste e pus outro em teu lugar
E esse imenso vazio... Só Deus há de perdoar!
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
ÓDIO
Mataste as ilusões e toda crença
De minh’alma de ingênuo e apaixonado.
Acreditei em ti, e a recompensa,
Foi o desprezo que tu tens me dado
Mas saiba que tu fizeste a diferença
Não me odeie pois só te fará mal
Aproveite das boas e eternas lembranças
Pois aí é que reside a luz do sinal
E hoje nesta triste solidão
Em que me vejo só, sem teu amor
Eu sinto que te odeia o coração
Aproveita que estar só pode ser benção
Quando povoado de plenas emoções
O ódio apenas gera ódio... Tenha compaixão!
Perdoar é e sempre será o melhor remédio
Porque você foi e será o meu melhor sonho!
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
AGONIA
Desde o dia em que foste embora
Deixando só a tristeza que assola
Ninguém substitui o que foste outrora
Só o teu amor me revigora e consola
As vezes me pergunto meio que demente
O que fiz para sofrer tanto assim?
Será algum tipo de carma indolente
Que veio zombar feito um arlequim?
Mas... Haverei de me reerguer
Chega! Não agüento mais tanto sofrer
Volta! Fica ao meu lado até depois de morrer
De que vale viver? Oh! Negra sorte
Daí-me, por compaixão, Senhor, a morte
Para que meus tormentos tenham fim.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
ALTIVEZ
Não julgues que este amor que me alucina
É servil, ou quem sabe? Falsidade
Se o teu olhar agora me fascina
Pode amanhã me causar piedade
Longe de mim julgá-lo bravo e querido
És nobre em sentimento e portas a verdade
Espelho os meus olhos nos teus iluminados
Quero que transmitas essa Luz na eternidade
Se coube no meu peito tanto amor
O meu desprezo, ódio, o meu rancor,
Dentro em meu peito certamente cabe
Fique em paz e não sofras mais essa dor
Nem ressentimentos que arranham os sentimentos
Esteja certo que aqui onde estou eu te dou valor.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
PAI JOÃO
Preto velho, quebrado, suarento
E que cheira a budum, não tem história.
É mulambo de gente que a memória
Doutros homens varreu do pensamento
Foi a cultura européia escravocrata
Que o levou à submissão humilhante
Matando na origem o poder da raça valente
Dominação dos brancos impuros e déspotas
Sua sorte mesquinha e irrisória
Tem lhe causado tanto sofrimento
Pensativo, a olhar o firmamento
Vai revendo o passado “vida inglória”
Veio de ancestrais enclausurados e amordaçados
Criado a pão e água à toque áspero de chibata
A relembrar o quão a vida é desgraçada
Quando cerceado seus direitos arrebatados
Eu sou, tal qual esse Pai João,
Um coitado triste, e o motivo?
Minha vida... Pior que a escravidão
Levanta a fronte bravo guerreiro
Sois o mais legitimo povo brasileiro
Que tudo suporta e é altaneiro.
João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde
Entrelace dos nossos versos...
Entrelace dos nossos versos...
Nas linhas leves que escrevo
Por vezes tão breves ou rasas
Sempre te tenho no peito
Pairando cinza em meu vento
Escondido quieto em minha asa
Ao ver-te assim escrevendo
O navegar desses versos profundos
Confesso meu total encanto
Pareces que ouves o meu pranto
A voar contigo para além dos mundos
Sem a procura de nada
Imersa dentro de teu mar
Teu eco me perturba
São gritos doces da chuva
E molham as letras a vagar
Ausculto na conchinha de amar
O perfume dos teus sussurros
E do brilho do teu olhar
Desperta a minha alma, a vagar
Notas musicais em murmúrios
Não são dores algozes
Nem sangram em prantos
Permanecem inversas
Despem as pequenas arestas
Que adocicam verbos e cantos
Na inquietude dos sentimentos
Logo me ponho a te acompanhar
É uma dança suave e silenciosa
Que se abraça intensa e carinhosa
Na lucidez e loucura a se entrelaçar
Por mais que eu fuja
Do cheiro ímpar de teus olhos
Respiro teu ar que me abraça
Jogo nos versos tua marca
Planto minhas prosas em teus solos
Não resisto ir-te ao encontro
Para contigo na entrega versar
Sois a musa e nos meus sonhos, danças
Fecundas as poéticas entranhas
E faz o meu coração palpitar
E assim caminho...
E escrevo...
E me vejo...
E assim permaneço...
Ah! Como aprecio as tuas linhas...
Nelas me alinho e desalinho...
Sinto que não estou mais sozinho...
Ato e desato o melhor dos carinhos
Nos versos que não te dou
E no amor que sinto...
Imenso, em ti...
Não sonegaste o teu verso
Ao contrário me puseste imerso
Na imensidão de nós dois...
Duo: Ká Santos e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3409402
Veja em vídeo:
Entrelace dos nossos versos... Duo: Ká Santos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=PrGkcuadWY0&feature=youtu.be
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