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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Colo do Infinito - Hildebrando Menezes



Nas brumas do intrépido tempo
Ela silente e esvoaçante re-surgiu
Cessava ali esperas e contratempos
Não tive como conter o que se deu

Menos ainda em re-frear a emoção
Do que se foi um dia... E retornou
Que se apoderou com excitação
Vazão de sentimento se plasmou

Pleno e faceiro re-lembrei abraços
Pincelei no quadro das memórias
Nossos toques, rabiscos e traços
Daqueles momentos de glórias

Que fluem como águias no espaço
A lançar o bico sobre os penhascos
Trocar as garras e seus cansaços
Curar as feridas doídas e inchaços

Para ganhar nova e saudável vida
E ver re-nascer o vôo dos sonhos
Cálidos, serenos, frementes e lépidos
Circulando pelas veias e centelhas

Do que éramos... Do que somos
E já nos sentimos fora desta esfera
Mesmo que pire, transpire, entregamos
Para desenhar agora uma nova era

Que gira, conspira, traz e nos eleva
Porque não somos mais só de esperas
Cessam-se os hiatos e as quimeras
Agora são ardentes ondas cerebrais

Eletromagnéticas a romper umbrais
Fazer palpitar o coração e seus ais
Convocam-se até espíritos ancestrais
É o salto a transpor os horizontes

Vão e voltam papiros d’outro mundo
Distraídos e abstraídos em feixes de luz
Não é mais o corpo que nos conduz
São as energias cósmicas profundas

Que penetram fronteiras do impossível
Quebrando paradigmas e seus mistérios
Levando-nos habitar planeta inatingível
Salvos dos juízos, censuras e impropérios

Para adormecermos no colo do infinito.

Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3441521
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/colo-do-infinito?xg_source=activity
Veja o poema em vídeo
Colo do Infinito - Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=Fq3Em5Jx2Gc

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