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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Sentimentos...Como fosse fácil ...








Sentimentos...

O processo flui e reflui...movimenta.
De fora pra dentro...retorna...é cíclico!
Vem...sai...volta... manso...suave

Por vezes abrupto...nervoso.
E fica por lá...no âmago...intenso...
Mexendo e bulindo...sofrendo.

Criando...compondo... tocando...
Musicando o humor...trazendo sorrisos.
É o combustível do amor.

Sensível também ao calor...
Humana temperatura da ternura
Febre branda de fragrância cativa.

Que a alma ilumina e fascina
Alivia e acalma...as chamas
Na tristeza... ele logo reclama.

Na folia...contamina ...delicia.
Irradia as cores da fantasia...
Abre o riso e o paraíso.

Na falta...vem frio!
Só se sente vazio.
Provoca o arredio.

Com as perdas...só ganha saudade.
Vontade de mudar a realidade.
Sonhos...quimeras...desejos.

Sentimento é como espírito...
Move...inebria...embriaga.
Promove a magia sadia.

Certeza de que o amor existe.
Que ele vai chegar...você resiste.
Apagam-se as dores...as mágoas.

Colhe-se o fruto da alegria
Tempera...dá sabor...contagia.
E ao encontrar uma parceria...

A felicidade se instala.
Roça à pele...às células.
Oxigena o cérebro.

Trafega na veia e incendeia.
Veloz o sangue bombeia...
No coração menino traquina.

Desperta paixões de montão.
O que seria de mim...de você...
Dos poetas e dos loucos ?

Não fosse esse sentimento...
Tão forte, carente e presente
Nos invadindo pouco à pouco?

Hildebrando Menezes
Este é o poema analíptico.
Veja o sintético em vídeo...
http://www.youtube.com/watch?v=2HTAnZlg5y0

Como fosse fácil ...


As estrelas

Recolheram suas asas

Como fosse fácil

Esconder minhas mágoas

Em plena escuridão...


A lua opacou minhas alegrias

Como fosse fácil

Não reter

Cada minuto dessa solidão ...


Debateu-se com a alvorada

Numa luta desigual

Como fosse fácil para a noite

Manter o fio contínuo do seu punhal...


Vagou pelo mundo afora

Como fosse fácil

Levar com sentido

Os ecos do meu amor

Para que teu coração ouvisse...


No limite da ilusão

Suas fases enciumadas

Estremecem

No tempo em que

Minhas meias preces

Adormecem em suas mãos...


Não há como dividir

Pela metade

Quando um amor é vivido

De verdade

Numa noite repartida

De prazer...


Não há como ser fácil

Descrever

O clarão dessa explosão

Que dentro de mim

Vive extrema!


Como fosse fácil

Sem dilemas...

Em qualquer céu

Mesmo triste

A lua espalhar suas raízes

Que por alguma razão recolho

Uma por uma... em meus poemas...

enise
Veja o poema em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=TZllT5RocTI

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Encantos...






Encantos...

Podem vir no sorriso de uma criança...
Quando embalada numa balança.
Ou apenas no delicioso improviso...
De um pequeno passo de dança.


Encantos...

Numa resposta precisa e delicada.
De uma genial e esperta 'sacada'...
Ao contemplar o movimento da natureza.
Na sua força...poder... e beleza.


Encantos...

Num sofisticado vestido da moda
Ou num simples arranjo bem colocado.
Que no corpo esvoaça a sua graça...
Da elegância que se passa na alma feminina

Encantos...

De um gesto de solidariedade esperado
Na ajuda valiosa ao mais necessitado.
Do calor do amor que chegou adiantado.
Num dengo gostoso e sutil... inesperado.

Encantos...

Por uma ternura despreendida... manifestada.
Pelo diploma suado no esforço demonstrado.
Da comidinha esfumegante e apimentada.
Numa gargalhada estridente... despudorada.

Encantos...

Daquele olhar que te deixa sem saída
Seu peito rompendo a fita de chegada.
O lamber dos beiços ao comer uma cocada.
Das agradáveis percepções da essência do ser.

Encantos...

Na sutil narrativa dos detalhes
Do sonhar com a realidade

Tantos são os momentos de encantos...
É só sintonizar bem às verdades

Encantos...

Que vêem como um sopro cristalino...
Bate na mente e no coração contentes
Como brisa...uma canção...o badalar do sino...


Desfraldando a bandeira da paz
Da oração... do amor...

Como a perfeita fantasia do divino...

Enise/Hilde
Veja o poema em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=58HJhA7xSkI

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

AMO...MUITO...







AMO...


Não amo só a lua

Mas sigo o rastro do seu luar

Que se irradia dentro de mim...


Não amo só a espuma do mar

Mas o balanço que tuas ondas

Provocam em cima de mim...


Não amo só a alvorada

Mas o dia que vem manso

Como um céu claro até mim...


Não amo só a noite

Mas também a madrugada

Que avança sobre mim...


Não amo só a cor dos teus olhos

Mas como o teu olhar

Se espreguiça diante de mim.


Não amo só o formato da tua boca

Mas o sabor do teu sorriso

Que palpita em mim...


Não amo só a força dos teus braços

Mas o calor dos teus abraços

Que levitam junto a mim.


Não amo só a tua fotografia

Mas tua lembrança que carrego no meu dia

Além de mim...


Não amo a solidão

Mas aqui em poesia

Ela acende o estopim.


Não amo só tuas palavras

Mas as rimas aqui deixadas

São rasgadas como imagens no cetim...


Não amo só o teu amor

Como amo o efeito

Que ele causa sobre mim.


Te amo tanto

Quanto a quem eu inventei

Dentro de mim...

Só para que eu ame assim...

enise
Veja o poema editado em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=wp6ClA2pzHc

Muito...


clave

entrave

grave

solidão


canto

encanto

fina

radiação


dor

nave

de(sen)canto

ilusão


forte

sede

corte

à fome


zorra

doce

mato

a (à) morte


(o) culto

desvairado

máscaras

mas(si)(ficadas)


paixão

sens(ação)

suor

adesão...


pira(ção)

ventre

livre

união

enise

Veja o poema editado em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=GQuI5F5kiAU

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Delícias de um sorriso...Um trem







Delícias de um sorriso...


Delicioso é o que o riso traz
Deixa alma plena...serena
Acende um alento sossegado
Num sopro amotinado de paz

Gostoso é o sorriso enfeitado
Num contentamento descarado
Para sustentar a destreza do essencial
Em tudo o que de especial for capaz

Rouba as lágrimas da tristeza
Manda um recado bem dado à euforia
Quando do rosto elas descem...
Rumo aos lábios erguidos na alegria.

É uma emoção aderente
Escorrida de um modo diferente
Como o florescer do novo amor
Escondido lá dentro da gente...

Um só riso muda a cor do humor
Corre como tempero pelas calhas
Picante... salgado das velhas lágrimas
Gigante ...na doçura de uma grande estima...

A profundidade faz brotar
O alento...a complexidade
O fomento da eternidade
Que se busca em cada dia...

Quando o riso verte impreciso
As águas choram sua dor de agonia
Enquanto o sorriso empresta aos lábios
A visão...a delícia de uma farta terapia ...

Crivado das entranhas...sem sal...
Mesmo que a cal dos versos confundam
Um sentimento bem lapidado...
Imperfeito... mal cravado em poesia.

A poesia então... cala-se... desfila
Chuvas precoces deitam pelas rimas
Reflexos doces ...amargos...puros
Sorrisos em profusão... propagados
Na fusão...por todos os lados
Dos seus delicados prismas.

E desse insinuante percurso...
Poético da lágrima até o riso
A pele umedece e resplandece
Como o veludo que não esmaece.

Dá cor viva e rubra à face...
Numa ternura branda e cativa
Que acolhe...socorre e reaviva
O pulsar de sentimentos vibrantes.

Desse manto encantador
Do fascinante domínio...
Da vida sobre a morte
Ouvem-se dos acordes um aviso

Suaves... dadivosos
Sonoros...precisos...
Iniciados apenas pela centelha...
Das delícias de um sorriso.

Enise/Hilde
Veja o poema editado em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=ECxbuBMqzCY


Um trem

Há um trem partindo agora

para um lugar chamado felicidade.


Já adquiri o bilhete da alegria, quer um também?

Reservei um assento ao lado da esperança.


O caminho que ele fará será o da fé

passando pelos montes da confiança

pelos prados das virtudes

pelas colinas da pureza da alma...


Atravessará as pontes e os viadutos da ventura

dos sonhos e do contentamento...


Este trem seguirá pela estrada da dignidade

ultrapassando sem sustos as veredas da satisfação

sem atalho para a falsidade ou infelicidade.


O seu rumo será o do amor,

da amizade

do carinho

do bem querer...

E de todas as coisas boas....


E qualquer pane que ocorra pelo caminho

terá sempre como certo o destino do prazer de viver.


Quer uma carona?


Enise

Veja em vídeo...
http://www.youtube.com/watch?v=VLOJ_LhwyYo

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Delicadezas...







Delicadezas...

São momentos eternizados
Pela sensibilidade...tocados...
Com a força dos sentimentos.
Fica na gente uma eletricidade...

Dos carinhos...carícias trocadas.
Só as almas elevadas conseguem.
Entrar nessa sintonia embalada...
E como é gostosa essa troca.

De alguém que te entende...
Voa contigo o vôo da paz.
Pousa e repousa em ti o amor.
Iluminando as sombras da dor.

A delicadeza é companheira...
Parceira perfeita da carência.
Burila as 'fossas'...perfuma as horas.
Fala pra solidão ir de vez embora.

São estes os melhores momentos...
De quem sofre pelos abandonos.
Pelas tristezas...friezas...esquecimentos.
Tudo no coração fica em festa...
Quando a ternura se manifesta.

A delicadeza é obra divina...
Fascina...enobrece...cativa.
Dissipa dúvidas...nos eleva!
Para os aprendizes é como prece.

Manifestação singela de amizade...
Plena...sincera...pura...a mais bela.
Muito obrigado pelas suas delicadezas.
Elas fazem de minha vida uma fortaleza.

Hildebrando Menezes
Veja o poema editado em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=dOs4yDpS5Vo

Telepatia

Encante-me!
Sem que eu saiba
Onde começa o teu riso
Ou termina o teu pranto.

Encante-me
Sem que eu conheça
As estampas da tua agonia
Nem onde deitam teus medos.

Encante-me!
Com a lua a brincar
De encher e minguar
No céu de tuas magias.

Encante-me mesmo!
Sem fazer de conta
Que a força da minha onda
Não afronta
As marolas da tua calmaria.

Encante-me!
Deixe o teu rastro
Nas minhas noites vazias
Conte-me qualquer história
Que saia da tua cartola...de fantasias.

Surpreenda-me!
Faça com que em tua trajetória
Teus aromas em mim se encalhem
Mesmo que teus encantos se espalhem
Ainda assim... por telepatia...

enise

Veja o poema editado em vídeo e vencedor
do Concurso - 1º lugar "Voa Poesia"
http://br.youtube.com/watch?v=HkGMVwrQQew

2º Lugar no Concurso de Poesias da Comunidade
Sensibilidade Poética

MINHA INFÂNCIA
Hildebrando Menezes

Fui e ainda sou...
Um menino feliz.
Irrequieto aprendiz.

Apenas cresci...
Mas não me perdi.
Joguei bola...bafinho...

Troquei figurinhas...
Namorei as priminhas.
Brinquei de médico.

Cacei passarinhos.
Coloquei nas gaiolas.
Só pra depois soltá-los.

Muito cedo também me soltei.
Vôo até hoje...meus sonhos...
Rebobino as peraltices...façanhas...

Com alegria e carinho. Saudades!
Do biboquê...das bolas de gude...
De pular amarelinha...subir nas árvores.

De andar descalço...chutar bola de meia.
Das lutas de box...biribas, cachetas...
Serenatas...bilhetes de amor...

Tardes dançantes...namoro na escola.
Meu acordeon. Minha primeira bicicleta...
A danada que se chamava 'mafalda'.

Do cachorrinho "totó"...das músicas ofertadas.
Nas rádios da cidade. O sorteio que ganhei
De um pacote de biscoito...dos aplausos.

Dos anos que fui artilheiro do time 11 irmãos.
Dos porres de vinho que bebi como sacristão
Escondido do padre da Igreja Matriz.

Ah! Fui e sou ainda um menino traquina.
Saí de casa com 15 anos... muito cedo!
E não voltei mais. Mas ficaram as lembranças...

Das viagens de trem...das pescarias...das lambanças.
Das matinés de cinema...dos passeios de carroça.
E das cartas de amor trocadas com as namoradas.

Das amizades saudosas de minha infância querida.
Que ainda vive bem viva dentro de mim...a bandida.
Tomara Meu Deus tomara...que não vá nunca embora.

domingo, 4 de novembro de 2007

Esperas...






Esperas...

A vida é uma longa espera
Em todo tempo ou espaço
O sempre espera acontecer
Que o nunca possa acabar

O dia acorda para fluir
A noite vem para levá-lo dormir
A chuva desce ao trazer esperança
Saciada a espera da terra seca.

Vidas embrionárias no ventre
Esperam num mundo diferente
Amor... paz...saúde ...liberdade
E Igualdade! Como todos esperam...
Como o romper
Dos ovos das tartarugas, das aves, das serpentes...

Tudo é espera!

Quando o amor vai chegar?
Ele demora? A paixão vai acabar?
E se a solidão não for embora?

Espera-se

O choro secar... a lágrima não rolar
O riso encabulado pendurado nos lábios
O vôo da águia e da presa
Numa caça em pleno ar...

Mãos que aconchegam... esperam!
O sangue divertido a correr pelas veias
A ansiedade por um olhar que passeia
Esperando o sonho amanhecer...

À espera daquele cafuné
Por um abraço demorado
Pelo beijo molhado esperado
Trazido pelo amor ao florescer...

O corpo anuncia o gozo
Mansinho ou barulhento
Em festa ou num lamento
Se o encontro não ocorrer...

Na rede ...o balanço
À espera do descanso
O óbvio tão casual
Espera pelas reticências...sem o ponto final.

A voz presa na garganta
Espera pelo grito abafado que agiganta
Revolta real do ontem consumado
Entre as loucuras sábias ou ligeiras

Para fecundar um poema...
Verdades ou mentiras esperam
Ao dissolver o coágulo da emoção
Na transfusão dos sentimentos...

Na neutralidade relativa da vida
Espera-se o momento de chegar...ficar...partir
O fruto vingar...
No rosto as rugas parir...

Espera sempre!

A muda florir...a folha cair
O beija-flor...a abelha...o mel.
O tudo ou nada aparecer...
As buscas...as alegrias...

Espera-se

A linguagem pedindo passagem.
As pegadas na areia...os mistérios.
Alma plena de felicidade.
A resolução dos grilos...

Na convenção das angústias...das frustrações.
Espera-se dissecar os teoremas.
Ao encontrar a chave dos problemas
Escondida pela vontade dos Deuses...

O mundo espera ao se esperar
Pela espera do inesperado
Que ele seja um só para todo mundo...

E nessa espera mergulhada a fundo
Esperamos saber se somos só loucos.


Se estamos aqui só para esperar
Pelos muitos que tem tão pouco...
Ou pelos poucos que possuem tanto.


Enise/Hildebrando
Veja o poema em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=GW8n67m-YKA