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domingo, 4 de novembro de 2012

PRIMAVERA MOLHADINHA

Um inverno atípico acabou de findar Deu lugar à primavera cheia de graças Como por encanto há perfume no ar Borboletas, aves e abelhas devassas Rodopiam-se no ar em intenso bailado No festival de danças a tudo contagiar Estação mágica a nos deixar apaixonados Calor gostoso do sol que começa a pairar Abeirou-se a chuva das flores felizes Aguando beirais, varandas e quintais E a natureza respondeu com matizes Em seu bailado de roupas em varais Perfilam em umbrais, janelas e portais Cores deslumbrantes postadas a desfilar Namorados de mãos dadas soltam seus ais Os sonhos mais lindos estão a se realizar Em sua essência a primavera é bela É um renascer da fé e da esperança Onde o Divino pintor aviva sua tela Espalha o pólen em feitio de dança A borboleta devagarzinho rompe o casulo Ela intrépida alça seu voo e pousa na flor A seiva da vida favorece esse espetáculo Fontes de água a nos saciar a sede de amor É a verdadeira sinfonia divina da criação O intrépido coração pulsa e bate mais forte Não há quem não se quede a tanta emoção Como conter-se em um fascínio desse porte? Venha, ó primavera gostosa e irrigada Encharcada, lavada, suada e molhada... Prenhe, excitada, energizada, exacerbada Fêmea, espontânea, amante e namorada! Duo: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3903072 Veja o poema em vídeo: Primavera Molhada http://www.youtube.com/watch?v=Dz03yqmf9yE

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