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sábado, 26 de maio de 2007


Você vive em mim
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Estou aqui em silêncio
diante do sofrimento.
A dor é enorme.
Como incomoda.
Lágrimas correm.
O que é a morte?
Há dias agradeci a você
pelo meu nascimento.
Quando num momento único
e mágico entre nós dois
escutei dos seus lábios:
"Sou eu quem agradeço
a você pela minha vida".
Naquele momento não sabia
que se eternizava a
nossa pré-despedida.
Bem que Eliza já me
dizia que "poesia
é fio condutor, história
de uma vida,
é dor sentida"...
Mas você é valente e não foi.
Engoli meus próprios versos.
Saímos juntos do labirinto...
e eis que ainda outra dolorida
cirurgia teves que enfrentar.
Agora não só sinto,
como percebo que você
está indo mesmo embora. Fui avisado.
Não sei se fico. Não sei se viajo.
Desculpe mamãe. Estou fraco!
Sem forças para ir aí
me despedir, de fato.
Estive colado no seu ventre.
Sei que a fiz sofrer ao nascer.
Só saí à fóceps...duplo trauma...
para logo depois cair no mundo.
Procurei ser um bom filho.
Penso que consegui.
No próximo dia da mães,
no ano que vem,
não terei mais a quem
dar meus parabéns
pelo seu dia. No passado
Deus ouviu a minha prece
e ainda consegui. Como dói isso.
Mas o que você está enfrentando
agora...não há ser humano
que aguente tanto.
Você passou por um calvário. Foi cruel.
Diversas e sofridas operações de câncer.
Em cada uma delas sentimos aqui e ali
na própria carne as chibatadas.
Não podemos mais ser egoístas.
Prendê-la conosco. Pode ir...
Quando minutamos estes versos,
não tem um mês,
ouvi assim: "Que horrível!
Parece morte anunciada".
Foi o meu jeito de por pra fora
um pouco do horror da dor.
Deus está agora, de fato,
te chamando...obedeça!
Quero que você descanse...
em Paz. Vai sem medo.
Você vive em mim
O que mais dizer?
O sentimento abafado?
Já gritei. Berrei à quatro
ventos. Dei vexame.
Vai mamãe o céu te
espera em festas.
Seu Menezes, Ana Amélia,
Roque e Lourival
e tantos outros nossos...
estão alegres...
mas nós aqui já com as
saudades multiplicadas.
sua sofrida partida está me
deixando desconsolado.
Mas sei que logo, logo...
nos reencontraremos
noutro plano.
O que me deixa
um pouco confortado
é estar aqui
poetizando estes versos.
Até já! Seu filho que
muito a ama, amou e amará!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

CORCEL NEGRO




Lá vem ele pelas pradarias todo garboso
Cavalgando com seu ar soberano e majestoso
Pelo lustroso como veludo negro
No seu trote ligeiro.

Com seus olhos grandes e vivos...Todo sacudido...
Pescoço musculoso e bem dirigido
Peito amplo e profundo e o dorso prolongando-se com a garupa
Sempre é o líder do seu grupo!

Tendões de aço! Aprumos excelentes! Um reprodutor!
Ciente da sua ascendência.
Já se vê na sua prole a procedência
Sabe da sua compleição. Perfeição!

No haras detém o controle do seu harém.
E com tudo tem extrema habilidade.
É o rei do hipódromo...O de maior agilidade
Marcha elegantemente e segue sempre na frente

E lá vem o dia!
Do momento em que Prelúdio
Disputa o grande premio
Para ele nunca tem páreo

O treinador o preparou com exímia dedicação
E ele aluno aplicado, devotado
Nada teme e por todos é reverenciado
O jóquei segreda as últimas instruções
“Somos eu e você campeão”

É dada a largada!
E lá vai ele em disparada
Mas na última virada,
A meio corpo da chegada...

Um golpe traiçoeiro leva-o ao chão
Toda a arquibancada levanta-se então
Com o coração na mão!
Prelúdio campeão! Não vá embora não!

Mas o corcel negro na cabeça foi atingido
Aturdido meio que perdido
Em meio a poça de sangue.
Despede-se da multidão

Os anos passaram e Prelúdio virou lenda!
Em toda roda lembram da sua contenda
Das suas façanhas, seus inúmeros troféus
E dizem deve estar no céu!

Eu aqui fico calado
Com um nó na garganta e amargurado
Uma lágrima de saudade brota...
Dou meia volta e vou embora com minha revolta.

Em noites de lua cheia...
Uma brisa me toca o rosto
Volto-me para a colina meio que a contra gosto.
Onde pareço ouvir seu relinchar e ver seu vulto

E cheio de emoção
Ouço bem baixinho
Não fique assim não peão
Vim aqui só pra te avisar e sossegar
Pois um dia a gente vai se encontrar!

Carmen Cecília
16/05/07

segunda-feira, 14 de maio de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

Parabéns! Gabriela




Parabéns! Gabriela
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Era 12 de maio de 1985.
Nascia a linda Gabriela.
Em Salvador na Bahia.
Veio ao mundo num domingo.
No dia das mães. Não é lindo?!
Ela é o orgulho da minha vida.
O melhor dos meus poemas.
Quando a vi nos braços da tia...
que na época fazia 1º ano de medicina...
sua madrinha... que fez o parto dela
pq faltava médico, larguei um largo sorriso...
ao me deparar com seus grandes olhos verdes.
Ali estava a minha obra prima... maior fortuna.
Bela, terna,charmosa, encantadora. Abençoada!
Por nosso Senhor do Bomfim...cuja Igreja
fica bem ao lado do Hospital onde ...
vinha ao mundo a Gabi beleza.
Inteligente, meiga, boa filha.
Aos 4 anos me deu um baita susto.
Caiu do alto de 18 metros e rachou
o crânio...quebrou a cabeça. Quase morreu.
Mas se curou graças ao bom Deus.
Ficou até mais esperta e cuidadosa.
Hoje faz medicina. Sexto semestre.
Ótima aluna. Aplicada e interessada.
Estuda o dia inteiro. Sempre elogiada.
Caprichosa. Organizada. Metódica.
Amada por todos seus colegas. É solidária.
Líder. Carismática. Com seu saber, ajuda!
Socializa seu conhecimento. É monitora.
Mas nem porisso deixa de namorar.
Responsável. Tenho confiança nela.
Ano que vem vou morar na Bahia.
E a Gabriela vai morar sozinha...perto
de um hospital onde vai ficar praticando.
Mas todo aniversário dela passarei aqui...
para dar-lhe o meu caloroso abraço.
Porque sem ela minha vida seria sem graça.
Receba então Gabi estes versos que comprovam
o grande e eterno amor. Parabéns querida! Felicidade.
Com carinho devotado e a admiração de seu pai...
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Hildebrando (Juca)
Brasília/DF, 12/05/2007

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Vamos lutar juntos?!




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O conhecimento incomoda!
Não é nem nunca foi um
produto atraente, da moda.

A ignorância, a burrice...
esta sim...acomoda, distrai.
Mas eu não confundo o saber...
a cultura...com a inteligência.

Esta é sutil e independente.
Refinada e conseqüente.
O saber apenas empresta luz...
àqueles que já são inteligentes.

O brilho é você quem conduz. Traduz!
Mas não se engane...a burrice seduz!
O ser humano se conforta em "ser burro".
A burrice tem se mostrado soberana.

Ela possui artifícios. Malefícios. Orifícios...
onde se escondem todos os vícios.
Encastelados os morcegos sugam do poder...
ocupam os espaços, os vazios e dominam!

Com seu jeitinho. Subterfúgios. Caráter escuso.
Os inteligentes são tímidos. Sem apetide ao poder.
Então os medíocres ocupam. São mais espertos.
É um enorme desperdício cedido pelos virtuosos.

O não enfrentamento à ocupação dos medíocres...
tem empobrecido ainda mais à nossa falida sociedade.
E é com tristeza que vejo os "caga regras" dominando.
Encastelados no poder se locupletam. Criam teias.

Parece insensatez o que vos digo...mas a inteligência
está perdendo de lavada essa disputa para a burrice.
Já dizia o sábio Nelson Rodrigues..."Finge-te de idiota
e terás o céu e a terra". Ou a famosa trova de Ruy Barbosa

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que as vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.

Fica a esperança de que os inteligentes gostam de brilhar.
Que Deus os protejam...porque a viúva não pode continuar
a alimentar àqueles que persistem em zombar da inteligência.

É porisso que insisto na luta pelo conhecimento. É o futuro!
Que está na educação, na ciência, na tecnologia e inovação.
Daí depende todo o avanço do nosso País. Ser nação feliz!

Se você se considera inteligente...lute comigo. Berre! Grite!
Mas não espere moleza. A burrice é deveras forte. Sedutora.
Muitas vezes ela se mascara. É dura e inflexível como a morte.
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Hildebrando Menezes
Brasília/DF, 10/05/2007
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Poeminha produzido em apoio aos amigos candidatos
à próxima gestão da SBPC
Renato Cordeiro - Presidente
Lauro Morhy - Vice- presidente

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Loucura de Luar


Loucura de Luar
◦≈♥≈◦…◦ﻶﻉణ◦ﻉﻶ…◦≈♥≈◦…
Olho aqui para o céu escuro
embalando-me numa rede branca...
Da sacada do apê silencioso.
Vejo um universo de estrelas
pontilhado de salpicados pontos...
Brilhantes na estrada infinita
de um horizonte...onde meus
olhos reflexivos passeiam procurando.
Lá está uma enorme lua cheia...
com sua luz estonteante.
Que beleza magnífica!
Mensagem lúdica enlouquecida.
Fico mudo me perguntando:
Que seria dos amantes, namorados...
sonhadores, aprendizes de poeta?
Não fôra esta visão de uma lua
tão bela, provocadora e apaixonante.
E a loucura fica santa e me quedo
num instante. Distraído caio da rede.
Diante da magia encantadora
De um luar assim pulsante.
Que dão aos meus olhos a visão inebriada
Da existência do paraíso. Onde o mundo
só pode ter sido concebido num momento
assim...tão intenso e deslumbrante.
Óh! Meu Deus... foste e és um sábio e
louco por criares um luar tão fabuloso.
Vejo e antevejo o cenário da sua criação...
Onde estão perfilados seus santos e anjos.
Numa espécie de orquestra sinfônica
Com um maestro divinal regendo.
O seu coral entoando canções belas
e radiantes nesse palco celeste:
Raro, mavioso, enternecido espetáculo!
Que lua! Que luar! Que “lunático”...
Este meu vislumbrado olhar apaixonado.
Muito obrigado! Pelo privilégio de poder
descrever esta visão amorosa e iluminada
que me faz ver assim em estado de encantamento.
O brilho que vejo na lua agora eu intuo...
Que é o mesmo que sai daí de dentro
de seu coração criador...despertando-me
do sono ateu para vir aqui dizer em plena
madrugada o que aparece nesta "sacada".
Este luar é etílico. Eu me sinto embriagado.
Bêbado deste luar maravilhoso.
Milhares de outras luzes despontam juntas.
Pequenas luzes...dos postes, dos carros,
das janelas, das estrelas, mas elas não
reproduzem nada, absolutamente nada,
comparado ao poder, à visão enternecida
deste luar majestoso e belo. Brilha lua...
o seu luar no meu lual olhar poético.
Que meus olhos nunca ceguem...
para rever o que agora descrevo.
Eternizando num instante mágico
O que me apareceu assim de solavanco...
É uma lua que flutua noite à dentro
No meu mais intenso momento de encanto.
Tendo só como testemunha a rede, a “sacada”,
o céu, as estrelas e a ré/culpada de tudo isto:
a lua e o luar aqui presente.
◦≈♥≈◦…◦ﻶﻉణ◦ﻉﻶ…◦≈♥≈◦…
Hildebrando Menezes
Brasília/DF, 04/05/2007