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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Surpresa!





Surpresa!
Dueto Enise & Hilde

Eu queria ser...
O seu sabonete, a sua lua
Seu cotonete, seu espaguete, a sua rua
Sua frase, seu capacete, o seu sorvete.

Sua surpresa, a alegria, o seu começo
O copo de cristal, a sua palavra, o endereço
Sua escova, a alcova, seu varal...

Sua toalha, sua mortalha, uma muralha
Sua esteira, a peneira, a sobrancelha,
Sua fogueira, a lareira, a sua maçã...

Eu queria ser...
O seu chão, sua emoção, a sua paixão
Sua cama, seu pijama, sua blusa de lã
Seu brinco, seu vício, o seu benefício...

Sua água, suas lágrimas, o seu suor
Sua pele, seu cachecol, a espuma
Sua pluma, seu costume, seu clamor...

A agulha, sua fagulha, sua luxúria
A languidez, a loucura, sua lucidez
Seu lençol, o anzol, o seu sol...

Seu carinho, sua ternura, a travessura
Seu ninho, um vinho, o seu apetite
Seu cobertor, sua morada, o seu amor...

Eu queria ser...
Sua seda, o seu pano de mesa, sua loucura
Seu garfo, sua faca, sua sutileza
Seu fogão, sua mão, toda sua beleza...

Seu piano, a flauta, seu violão
Seu paraíso, o regozijo, sua sacola
Todo tempero, sua sanha, o seu travesseiro.

Sua vontade, sua lubricidade, sua sensação
O seu xodó, seu paletó, todo seu lume
Seu batom, seu dentifrício, seu perfume.

Eu queria ser...
Sua moeda, seu para-queda, sua sedução...
O tesão, sua canção, toda sua emoção
O seu prazer, seu êxtase, e a sua satisfação...
Enise & Hilde
Veja o poema em vídeo:
http://br.youtube.com/watch?v=gUpi4eWkcWU

http://www.poemas-de-amor.net/blogues/enise/surpresa_duo_enise_amp_hilde

http://recantodasletras.uol.com.br/escrivaninha/publicacoes/confirmacao.php?cat=@

Não vás mais embora!... Eu estou aqui, amor!

Dueto: Deusaii & Hilde

Paixões incógnitas,
Nesta vida sem tino....
Chamo por ti...
Já em desespero...
(Deusaii)

Ouvi o teu grito de amor
Tal qual verdadeiro clamor
E aqui estou para aquietá-la
Em meus braços envolve-la
(Hilde)

Ah! Meu amor, como desejei tanto,
Sentir teus abraços,
Teus braços em torno de mim....
(deusaii)

O teu sentimento não difere do meu
A nossa distância é apenas física
Guardo você na minha lembrança
Porque sou e serei teu para sempre.
(Hilde)

A eternidade é sim o nosso lugar,
Neste infinito mundo que nos rodeia,
Se soubesses o quanto meu mundo sem ti
Está perdido,
Como eu te amo, meu querido
Ás vezes até me dói, tanto amor...
(Deusaii)

Como é bom saber que me amas
A toda hora meu coração te chama
Você é a melhor parte da minha vida
Sem você só vejo sombras querida.
(Hilde)

Mas tu não estás, mais do meu lado,
Foste embora, eu deixaste-me assim...
Sem brilho, sem vida... sem direção.
Os olhos são o espelho da alma,
Mas nos meus...
(Deusaii)

Nos teus olhos eu me espelho inteiro
Navego e trafego pelas tuas veias
Tudo que vem de ti me incendeia
Só sossego... Só enxergo... Só clareia
Quando a minha alma encontra a tua .
(Hilde)

Nossas almas unidas,
Separaram-se... Porquê, meu amor?
Quando nossos corpos viveram paixões imensas,
Lembras-te?
(deusaii)

Relembro daqueles momentos excitantes
Unidos em frenesi dos corpos delirantes
Dos beijos, abraços, carícias e ternuras
Da tua sedosa pele... Dos teus lábios...
(Hilde)

Nossos sentidos perdidos no tempo...
Nossos desejos de prazer...
Nossas promessas de amor eterno...
(deusaii)

Como fomos felizes naqueles instantes
Mesmo que breves fugitivos e inconstantes
Doamos o melhor dos carinhos ali presentes
No silêncio só se ouviam os nossos gemidos
Que rodeava e aquecia os corações em alarido
(Hilde)

Nossas almas estavam coladas,
Nossas vidas eram uma só...
E nossas noites de amor,
Eram mágicas....
(Deusaii)

Mas ao acordar... Não estavas ao meu lado
Sinto agora o frio a tomar conta de mim,
Olho para a minha cama vazia,
Ah! Como me fazes falta...
A dor vem e me assalta
Como eu a quero e preciso...
De ti, de mim... Só assim me realizo
(Hilde)

Então diz-me que não foi um sonho,
Que voltas para mim...
Que ficaremos juntos...
Que nossas vidas serão eternas..
Que ficarás comigo,
Que não vais mais embora!
(Deusaii)

Dueto: Catarina Camacho & Hildebrando Menezes
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 12/08/2008
Código do texto: T1124732
http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/1124732

http://www.poemas-de-amor.net/blogues/deusaii/na_vas_mais_embora_eu_estou_aqui_amor_dueto_deusaii_amp_hilde

Noites à procura do amor...

Gosto do mar sob meus lábios... Doce amanhecer...
Quando imagino estar acordado ao teu lado acoplado
O sol livre acariciando o meu corpo sem a sua nudez...

É o mesmo que estar num deserto sem você por perto
Nos vestígios do calor que persiste em ficar de vez
Sem o refrigério da tua presença... Plena de lucidez

Os teus olhos sob minha pele, domando e saciando
Na enlouquecedora ternura de estar contigo amando
Essa tua fome que me domina e que nunca dorme...

Que só se sacia no toque mavioso que me acolhe
Os teus dedos suavemente acariciando e seduzindo
No frenesi litúrgico, profano, insano e insaciado...

Meu corpo em tempestade transbordando de desejos
Em ardorosos, gostosos, frenéticos e doces beijos
Fogo e dor, possuindo com liberdade meu intenso ser

Labaredas e bálsamos soltos na volúpia do querer
Nesta cama vazia... Sem te sentir, nem poder ter
Ao imaginar o quanto é bom estar e contigo viver

Sem o intoxicante sabor da tua boca e da tua língua
Sufoco na falta de ar, na carência... Sem ter prazer
Neste insaciável desejo que ameaça em me destruir

Na falta que me faz teus afagos... Carinhos a possuir
Teu vício intolerante e ardente paixão a me consumir
Dá-me a dimensão do tanto quanto... Dependo de ti

Absinto correndo nas minhas veias, coração morrendo
No ritmo das pulsações aceleradas que estou vivendo
Nas entranhas desse teu amor sem nenhuma piedade

Luto e labuto à procura do contato... Cheio de saudade
Acorrentando-me a ti, roubando-me a minha liberdade
Porque sei que está escrito este amor... Na eternidade

Teu corpo contra o meu, me enfeitiçando, me tomando
É a certeza da força da natureza exuberante se mostrando
Em teu antro, me cravando com teu desejo e ousadia

Quedo-me aos teus encantos delirantes na folia mais vadia
Iniciando-me na perdição e viciando-me em nossa sina...
Aquieto o meu pranto ao sentir a força dos sentimentos

Nesta paixão que não tem mais fim, carícia após carícia
Seduzo-me e introduzo-me no âmago das sutis delícias
Tua boca... Pecado me levando nos ventos da loucura

Que perpassa pelas teias, tricotando o bordado da doçura
Desvendando o mapa do meu corpo e, me naufragando...
Após singrar as ondas violentas da emoção... Velejando

No porto do teu desejo, roubando-me a minha sanidade
Para levar os melhores dos teus momentos de intensidade
E saciando nossos corpos nus em completo abandono...

Testemunhas do fogo e seu ardor a viver o pleno amor
O vento calmo entrando pela janela no alcance do mar
Brisa suave assopra... Beija às nossas faces a se acalmar

Mais um dia e uma noite sem teu calor a me aconchegar
Com a promessa... Sem pressa... Ainda iremos nos amar
... Mais um sonho desejando-te, você meu amor safado!

Não há tempo, espaço, terra ou água a nos deixar separados.

Dueto: Salomé & Hilde
Nota: Inspirado em “Mais uma noite sem ti...”
Publicado em: http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdesaudade/1121535

Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 10/08/2008
Código do texto: T1122353
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1122353


http://aprendizpoeta.multiply.com/journal/item/152/Surpresa

domingo, 3 de agosto de 2008

Cartas de Sade - Lettres de Sade - "Le Marquis"















Cartas de Sade...

Cartas voando... Viravoltando...
Passado esvoaçando e cobrando

Respingado de desejos escondidos...
Pelas injustiças sofridas de uma vida

Transbordando em seu pleno ardor...
Subtraída a não poder doar o amor

Ah!... Cartas de lacerante ousadia...
Onde se escondem todas as lascívias

Em teu lume penetrante, assediador...
Lubrificando a luxúria e o doce torpor

Cartas alucinadas de plena agonia...
Inspiradas no cárcere, com sintonia

Palavras sussurradas no nosso ouvido...
Que nos invadem... Assediam e seviciam

Deslizando de atrevimento libertino...
Como água benta dentro do labirinto

Mais intensas que teu desejo carnal...
A nos possuir... Libertando-nos do mal

Embriagando o nosso corpo de mortal...
Com seu prazer selvagem e animal

Cartas proibidas... Fervente caricia...
A nos fazer sentir pulsar... Mil delicias

Enfeitiçando cada fibra do nosso corpo...
Que entorpecidos requerem o teu serviço

Teu atrevimento, desejos de ousadia...
Levam-nos à loucura ardente da poesia

Nessa tinta que corre de tua pluma...
Escrevendo toda a ardência da chama

Tinta carmim de tua angústia latente...
A deslumbrar seduções no horizonte

Cartas de Sade, carnalmente libertinas...
Produziste o início da revolução soberana

Polêmica que te levou à prisão perpétua...
De onde nos mostraste a força eterna

Visão e gozo insaciável, poder prazeroso...
Que emanaram de tuas mãos ardorosas

Cortando nossa roupa, nos deixando nus...
Para viver esse momento belo, puro e cru

Possuíndo-nos com teu desejo insaciável...
Para deixar ao mundo o teu toque genial

Duo: Salomé & Hilde
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(Dedicado a Donatien Alphonse-François de Sade)
Àquele que foi denominado o escritor mais absoluto de todos os tempos... Com suas obras belíssimas sendo ignoradas por mais de um século... A maior parte delas escrita na prisão e num sanatório para loucos... De onde ficou injustamente por quase 30 anos. Marquês de Sade pode ser considerado o mais típico e o mais incomum representante do outro lado do Iluminismo. A psicopatologia da volúpia desenfreada violenta teve um notável papel simbólico, no pensamento de autores como Foucault, o teórico francês Gilles Deleuze (1925-95), e outras pessoas envolvidas com o desejo sexual e sua relação ao poder político.

Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2008
Código do texto: T1047498

Veja o poema em vídeo:

http://br.youtube.com/watch?v=5njKowsD6Q8


http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/1047498

http://www.poemas-de-amor.net/blogues/hildebrando_souza_menezes_filho/cartas_de_sade_duo_salome_amp_hilde