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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CORAÇÃO IRREQUIETO


CORAÇÃO IRREQUIETO

Dentro do meu peito aberto
Pulsa um coração inquieto
Palpita ora lépido e apressado
Por vezes silencioso e repleto

Que não sossega e aquieta
É como um pássaro saltitante
Feliz circulando e assoviando
Canções suaves eletrizantes

Vai ao distante infinito e volta
Salta, pula, brilha e alucina
Piados constantes e envolventes
Dão o movimento que impulsiona

Sem por os pés no chão
Bate asas em ágil bailado
Alça seus vôos pelas veigas
O céu é o seu tablado

Valseia pelos trigais maduros
Campos de girassóis e campina
Lá vai ele intrépido e danado
Dá gosto vê-lo assim atirado

Se quiseres ficar comigo
Atiro-me em teus braços
Sinto que és meu amigo
Frágil, dócil e delicado

E beijo-te, choro e rio
Em completo fascínio
Como cupido que flecha
Chego ao delírio de amor

Seu bico que abre e fecha
Nossos beijos murmuram
Canções em som mais terno
O vento embala e sussurra
Testemunha os carinhos

Momentos estes em que
Assim me sinto repleto
Meu coração passarinho
Pousa no ninho, quieto

Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:

CORAÇÃO IRREQUIETO - Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=HoQNNhAgW34

Enise conseguiu com doçura e maestria retratar o vôo inquieto
do nosso coração passarinho...Senti-me rasgando os céus e
repousando no ninho... Como é bom voar. Obrigado magas dos
versos e dos sonhos mais lindos. Hilde
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3513838

domingo, 19 de fevereiro de 2012

EFEMERIDADE?!




Quão efêmeros
Somos diante da vida
Não temos consciência
Desse grande mistério
E a vida passa...

A cada minuto,
fração de segundo
O tempo escoa, voa
Sobrevoa
Deixando só lembranças

Escapa por entre mente/corpo
Diante dessa
Concepção,
Fica-se, por vezes, inerte
Ao sabor do vento
Degustam-se momentos

Não se vive,
Sobrevive-se,
E a vida não se faz
Entender

Há que apenas senti-la
Com todas as suas forças
Apreendê-la na sua magia
Para embalar-se...
Embriagar-se nela

Que a vida é tempo.
Que o passado não
Reconstrói-se
Perde-se,
Dentro do tempo

Mas ao embalo da alma...
Dança-se acasalado às horas
E o espírito a tudo consola
Movimentos se sincronizam
A poesia aflora

E o presente
É seu próprio regalo
A vida não diz
A que veio

Ela apenas te chama
Inflama ao toque
Na majestosa harmonia
Do seu dia a dia

É preciso
Senti-la,
Porque à vida
É o real que não é visto

Está oculta no infinito
Tão necessário e bonito
Que explode no peito
Despe-se em estrofes

A vida se expressa
Em silêncio
Porque para a vida,
As palavras,
São supérfluas

Sua linguagem
É feita de atos
Numa espécie de contrato
Que a tudo se tece
Espaço completo

A vida não fala,
Para não confundir
A vida se revela

Registra-se em breves
Fragmentos
Na escritura
Dos sentimentos

No sentido
Concreto/abstrato
Do valor de cada sentir!

Assim há completude
A intercalar...
Filtro dos vícios
Para conquistar a virtude
A se conseguir a plenitude.

Lufague & Hilde
Nota: À perene e eterna Poetisa Lufague pela passagem de seu aniversário em 21 de fevereiro.
Veja o poema em vídeo:
EFEMERIDADE?! - Duo : Lufague & Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=sxCk0jpH3rE

Colo do Infinito - Hildebrando Menezes



Nas brumas do intrépido tempo
Ela silente e esvoaçante re-surgiu
Cessava ali esperas e contratempos
Não tive como conter o que se deu

Menos ainda em re-frear a emoção
Do que se foi um dia... E retornou
Que se apoderou com excitação
Vazão de sentimento se plasmou

Pleno e faceiro re-lembrei abraços
Pincelei no quadro das memórias
Nossos toques, rabiscos e traços
Daqueles momentos de glórias

Que fluem como águias no espaço
A lançar o bico sobre os penhascos
Trocar as garras e seus cansaços
Curar as feridas doídas e inchaços

Para ganhar nova e saudável vida
E ver re-nascer o vôo dos sonhos
Cálidos, serenos, frementes e lépidos
Circulando pelas veias e centelhas

Do que éramos... Do que somos
E já nos sentimos fora desta esfera
Mesmo que pire, transpire, entregamos
Para desenhar agora uma nova era

Que gira, conspira, traz e nos eleva
Porque não somos mais só de esperas
Cessam-se os hiatos e as quimeras
Agora são ardentes ondas cerebrais

Eletromagnéticas a romper umbrais
Fazer palpitar o coração e seus ais
Convocam-se até espíritos ancestrais
É o salto a transpor os horizontes

Vão e voltam papiros d’outro mundo
Distraídos e abstraídos em feixes de luz
Não é mais o corpo que nos conduz
São as energias cósmicas profundas

Que penetram fronteiras do impossível
Quebrando paradigmas e seus mistérios
Levando-nos habitar planeta inatingível
Salvos dos juízos, censuras e impropérios

Para adormecermos no colo do infinito.

Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3441521
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/colo-do-infinito?xg_source=activity
Veja o poema em vídeo
Colo do Infinito - Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=Fq3Em5Jx2Gc

DUETOS, (ESBOÇO CONTEMPORANEO DE ANTIGOS MANUSCRITOS-1949)


APENAS MULHER?

Entendeste o que para mim significaste?
Significou o sopro do vento e a brisa quente
Sou-lhe grata por tanta e tamanha devoção
Conseguiu fazer tudo aqui ser só vibração

Sim! Mostro a ti a face rubra da paixão
Onde depuseste os teus beijos em profusão
Saiba... Que de ti... Jamais me separei
Mesmo nos braços doutro foi em ti que pensei

No palco iluminado em que vivemos
Em plena vida é que aprendemos
A conhecer as almas (em destinos) desiguais

Sempre estive aqui a te esperar
Mas... Demoraste e pus outro em teu lugar
E esse imenso vazio... Só Deus há de perdoar!

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde


ÓDIO

Mataste as ilusões e toda crença
De minh’alma de ingênuo e apaixonado.
Acreditei em ti, e a recompensa,
Foi o desprezo que tu tens me dado

Mas saiba que tu fizeste a diferença
Não me odeie pois só te fará mal
Aproveite das boas e eternas lembranças
Pois aí é que reside a luz do sinal
E hoje nesta triste solidão
Em que me vejo só, sem teu amor
Eu sinto que te odeia o coração

Aproveita que estar só pode ser benção
Quando povoado de plenas emoções
O ódio apenas gera ódio... Tenha compaixão!
Perdoar é e sempre será o melhor remédio

Porque você foi e será o meu melhor sonho!

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde


AGONIA

Desde o dia em que foste embora
Deixando só a tristeza que assola
Ninguém substitui o que foste outrora
Só o teu amor me revigora e consola

As vezes me pergunto meio que demente
O que fiz para sofrer tanto assim?
Será algum tipo de carma indolente
Que veio zombar feito um arlequim?

Mas... Haverei de me reerguer
Chega! Não agüento mais tanto sofrer

Volta! Fica ao meu lado até depois de morrer
De que vale viver? Oh! Negra sorte
Daí-me, por compaixão, Senhor, a morte
Para que meus tormentos tenham fim.

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde


ALTIVEZ


Não julgues que este amor que me alucina
É servil, ou quem sabe? Falsidade
Se o teu olhar agora me fascina
Pode amanhã me causar piedade

Longe de mim julgá-lo bravo e querido
És nobre em sentimento e portas a verdade
Espelho os meus olhos nos teus iluminados
Quero que transmitas essa Luz na eternidade

Se coube no meu peito tanto amor
O meu desprezo, ódio, o meu rancor,
Dentro em meu peito certamente cabe

Fique em paz e não sofras mais essa dor
Nem ressentimentos que arranham os sentimentos
Esteja certo que aqui onde estou eu te dou valor.

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde



PAI JOÃO

Preto velho, quebrado, suarento
E que cheira a budum, não tem história.
É mulambo de gente que a memória
Doutros homens varreu do pensamento

Foi a cultura européia escravocrata
Que o levou à submissão humilhante
Matando na origem o poder da raça valente
Dominação dos brancos impuros e déspotas

Sua sorte mesquinha e irrisória
Tem lhe causado tanto sofrimento
Pensativo, a olhar o firmamento
Vai revendo o passado “vida inglória”

Veio de ancestrais enclausurados e amordaçados
Criado a pão e água à toque áspero de chibata
A relembrar o quão a vida é desgraçada
Quando cerceado seus direitos arrebatados

Eu sou, tal qual esse Pai João,
Um coitado triste, e o motivo?
Minha vida... Pior que a escravidão

Levanta a fronte bravo guerreiro
Sois o mais legitimo povo brasileiro
Que tudo suporta e é altaneiro.

João Ferro & Jusicélia
Mentores espirituais: Ceres & Hilde

Entrelace dos nossos versos...



Entrelace dos nossos versos...

Nas linhas leves que escrevo
Por vezes tão breves ou rasas
Sempre te tenho no peito
Pairando cinza em meu vento
Escondido quieto em minha asa

Ao ver-te assim escrevendo
O navegar desses versos profundos
Confesso meu total encanto
Pareces que ouves o meu pranto
A voar contigo para além dos mundos

Sem a procura de nada
Imersa dentro de teu mar
Teu eco me perturba
São gritos doces da chuva
E molham as letras a vagar

Ausculto na conchinha de amar
O perfume dos teus sussurros
E do brilho do teu olhar
Desperta a minha alma, a vagar
Notas musicais em murmúrios

Não são dores algozes
Nem sangram em prantos
Permanecem inversas
Despem as pequenas arestas
Que adocicam verbos e cantos

Na inquietude dos sentimentos
Logo me ponho a te acompanhar
É uma dança suave e silenciosa
Que se abraça intensa e carinhosa
Na lucidez e loucura a se entrelaçar

Por mais que eu fuja
Do cheiro ímpar de teus olhos
Respiro teu ar que me abraça
Jogo nos versos tua marca
Planto minhas prosas em teus solos

Não resisto ir-te ao encontro
Para contigo na entrega versar
Sois a musa e nos meus sonhos, danças
Fecundas as poéticas entranhas
E faz o meu coração palpitar

E assim caminho...
E escrevo...
E me vejo...
E assim permaneço...

Ah! Como aprecio as tuas linhas...
Nelas me alinho e desalinho...
Sinto que não estou mais sozinho...
Ato e desato o melhor dos carinhos

Nos versos que não te dou
E no amor que sinto...
Imenso, em ti...

Não sonegaste o teu verso
Ao contrário me puseste imerso
Na imensidão de nós dois...

Duo: Ká Santos e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3409402
Veja em vídeo:
Entrelace dos nossos versos... Duo: Ká Santos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=PrGkcuadWY0&feature=youtu.be