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sexta-feira, 20 de abril de 2007

O Grande Amor de Minha Vida




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Ceres Mari Jusi era o nome da musa
Morena linda. Seu riso me fascinava.
Fomos amigos/colegas em Curitiba/PR.
Aprendi a gostar de poemas com ela.
Ela morava na Alameda Cabral, 370.
Eu no Hotel Mendes - Pça Tiredentes.
Nosso Colégio Martinus ficava perto.
O uniforme era da cor marron escura.
Culto protestante às sete da manhã.
Nossas famílias da religião católica.
Disciplina típicamente alemã, rígida!
Na escola fomos apenas ótimos amigos.
Toda semana trocávamos cartas pelo correio.
Tudo em total segredo. Ela tinha namorado...
Eu tinha namorada em União da Vitória/PR.
Só fomos namorar numas férias dela...
passadas na Bahia onde fora passear.
Mostrei toda Salvador para ela e nos
apaixonamos loucamente...mas
ela voltou para a cidade dela e
eu fiquei trabalhando na UFBA.
Só fomos nos reencontrar por acaso...
numa Igreja e na hora do casamento dela.
Eu não sabia e a procurei justo no dia.
Por coincidência eu era padrinho da
prima Ana Maria que casava logo depois.
Foi o encontro mais emocionante da
minha vida...alí bem na porta da Igreja.
Às vezes me pergunto por onde ela anda?
Ainda vive? Quantos filhos teve? Será
que ela ainda lembra de mim como eu dela?
Falando por mim...guardo retratos e cartas
da nossa mocidade. Eles retratam momentos
que me foram muito caros. Eu fui feliz. Sim!
Rebobino aqui alguns versos que compusemos
à quatro mãos. Escritos pouco antes da separação.

Hipóteses e Possibilidades

Poucos dias passaram - cem anos.
Está em terras longínquas - perto de mim.
Busca o bem daquele outro - eu sou também.
Esperou-me em dado momento - o relógio não soou.
Levou-me um substrato para recordar - fui junto.
Não existe comunicação - é força do pensamento.
A pobreza envolve seu redor - o amor é riqueza.
O perigo está eminente de chegar - proteção da oração.
Há felicidade na recordação - tristeza em duplo sentido.
Sonha em abraçar - é de longe abraçado.
Pensa na continuidade -já e eterno.
Busca nas nuvens atingir o distante - está no destino.
Traz à terra o aroma da saudade - velocidade máxima.
O objetivo está sendo atingido - é muito pouco.
Há gente, muita gente, vê poucos - um, uma.
No vazio procura a imagem - está emoldurada.
Procura o sorriso nos lábios - é estático, mas presente.
Chega a compreender a vida - está dissecada.
Os momentos são esperançosos - Só espaços estanques.
Tudo é quietude - ressoam fragores.
Folhas de papel espargem senitude - juventude escreve.
Vogais e consoantes elogiam - virgulas ferem.
Leitura correta - interpretação ambígua.
Clareza matemática - há alegria satisfatória.
Caminho longo - em instantes chegará.
Pensamentos unidos - voa em ares perfumados.
Vem, busca, leva a musa - está de plantão no tempo.
Objetivo sanado - futuro promissor.
Olhar, comunicação, sorrisos, lágrimas - um todo aglomerado.
Você chega! Você parte! Adeus! Agora...mais perto.
Nosso amor não deu certo. Quem sabe na eternidade?

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Hildebrando/Ceres/Jusi/Menezes
Brasília/DF, 21/04/2007

7 comentários:

poemas disse...

PARABÉNS HILD!!!

Sua alma sensível ainda não esqueceu um amor da juventude,muito lindo isso.....Na verdade todos que sofrem deste mal de AMAR....ama mesmo é o AMOR este sentimento que toma conta de toda nossa alma,que se instala sem pedir licença,vai entrando,sem bater à porta.
Naquele momento da sua vida, aquela moça foi instrumento de todo esse amor que habita o seu ser e porque não realizado se tornou absoluto.
Somos amantes da vida,da magia deste sentimento ao qual me rendo,por ser razão maior de nossa existência.
Parabéns pelo poema e mais ainda pela lembrança deste amor cultuado!

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=EESCk771xl0&mode=related&search=
Hilde deixo esse clip, não sei se devo fazer isso, mas não custa deixar!Ouça!Sinta a interpretação,a letra,a melodia, sssss!!!
Bom, acredito nesse intenso amor vivido mutuamente entre vocês e, realmente vale á pena relembrar, ¨rebobinar¨ a fita mesmo que sinta aquela dorzinha(saudade), mas é prazeroso, gostoso, e saber que viveu e foram premiados por esses momentos tão caros, tão impares, tão únicos que a vida permitiu e que jamais outro alguém poderá suprir de igual maneira, não é?E ainda levamos para toda nossa existência essas preciosas lembranças.
Sabe, ao longo de nosso trajeto nesta vida somos deparados com incógnitas e mais incógnita: qual foi o motivo desses momentos tão intenso? Por que não estamos juntos?Por que não sei mais nada dela? Por que não casamos?Por que a procurei justamente no dia do seu casamento?Por que ainda tenho os seus pertences, que são meus?Huumm, o que será que a vida quis te ensinar, hein?Hilde, o que você aprendeu após esses momentos até hoje?Huummm, somente você poderá responder!
O que vocês escreveram a quatro mãos, minha nossa, o conteúdo é valoroso e de uma sintonia espiritual tridimensional. O que a gente não faz de extraordinário e belo quando estamos amando!? Tudo flui sem o mínimo esforço. Para mim, parece ser uma visão e vivência de futuro e de uma eternidade.
Hilde! Quero-lhe dizer que tudo o que acontece na vida com tamanha intensidade é para poucos, e nada é por acaso, acredito assim. Poucos são aqueles que têm a sensibilidade aflorada de sentir, cultivar e saborear o aconchego de um momento verdadeiro...tudo na vida passa, até os momentos maravilhosos passam...são tantas coisas que passam aqui em minha mente, neste momento, que não sei expor em palavras.Acho a Vida e o nosso caminho pela Vida, fabuloso, encantador, professor, mesmo que haja uma montanha para ser escalada. Ainda temos que estudar muito para conseguir ser um mestre, doutor, bacharel, plenitude...Hilde, amei a tua história de amor, por isso es um homem amável e querido por todas nós. Meu respeito e minhas admirações, tá bom?Uma coisa te digo: Você é o grande amor de sua vida, viu?Parabéns minino charmoooso! Beijos!!!
Roselye!!

APRENDIZ DE POETA disse...

Roselye,
Não sinto dor de amor passado. Cada amor em minha vida só somou mais amor. Dores? Não lembro...
não deixo elas invadirem meu coração. Não tem espaço nele para dores. É desperdício. Claro que às
vezes elas insistem em querer abrigo, mas não deixo. Tem muito amor por aí solto querendo pouso.
Sou seleto também nas lembranças...procurando afastar as ruins. Elas interferem no amor que quer
de mim mais atenção. Acho que é porisso que sou meio doidão e insisto viver de paixão. Aqueeele
grande amor foi exclusivo pq me ensinou a viver. Está aqui escrito no verso do retrato que a Ceres
me enviou...quase apagado no tempo mas que comprova como nossa amizade foi importante para
mim. Está neste retrato dela aí no centro do nosso poema e diz assim...
"Hildebrando...Nada que eu escrevesse, demonstraria a grande afeição pessoal que eu tenho por você.
Como ótimo colega, como grande amigo e como um rapaz correto em todas as suas opiniões. Isso é
pouco, mas poderá compreender o que quero dizer. Guarde como recordação. Sua sincera "amiga"
Ceres Mary Jusi

Obs: Eu guardei!
E tb amei as aspas
dela no amigo e só
agora poemei.
rsssssssssssssssssss

Unknown disse...

Lindooooooo!! Tudo muito lindo anjo.. a história, a maneira como encarastes tudo isso.. tú e a Ceres... Nem sempre o que queremos é o que esta reservado para nós...Muitas vezes é dificil aceitar essa condição, doi ter que "cair" na real sobre certas coisas, e entender que alguns planos que fazemos e queremos que se concretize, nem sempre serão possiveis... O destino é fogoo!! acho que tô passando por isso neste exato momento, e ler tudo isso me ajudou um pouco, exemplos são bons e sempre bem vindos.. Espero ter a maturidade para enfrentar tudo com a serenidade que tivestes, e que é necessário de fato ter... Por que o mais bonito de tudo, é guardar no coração as lembranças de alguem que fez parte algum dia da nossa história....
Parabéns mais uma vez..
Bjusssssssssssssssss!

APRENDIZ DE POETA disse...

Prezado João de Paula
O fato ocorreu numa Igreja aí em Crtba, mas não lembro agora o nome dela. Vou colocar seu e-mail conforme sugere...

Resposta: O grande amor de minha vida - As mazelas da vida brasileira!
Prezado Hildebrando,

Mais uma vez admiro seu poema sobre sua antiga namorada aqui de Curitiba.
Morador de Curitiba há algum tempo, conheço os locais que você menciona. Não sabia que você já residiu nesta cidade.
Imagino a situação, a aflição em que você a encontra logo no dia do casamento dela - onde foi o casamento? Aqui em Curitiba? Em Salvador? Pelo que você diz no poema, deve ter havido sofrimento para ambas as partes.
Aproveito e lhe remeto uma crônica sobre a devassa que está havendo no Judiciário, mostrando, infelizmente, que há uma banda podre nesse poder.
Peço-lhe colocá-la na rede (blog).
Abraço do amigo João de Paula, de Curitiba.

As mazelas da vida brasileira!

Outro dia li uma notícia no jornal que me deixou deveras indignado. Dizia que, em um concurso vestibular para medicina, os alunos e seus pais haviam comprado os gabaritos das provas! Um absurdo sem tamanho!
Fiquei imaginando como pode um pai ajudar o filho a cometer tal falcatrua? Que médico será esse que inicia a vida profissional cometendo tamanha fraude? Que esperar de um profissional desses? Mesmo se tornando um médico competente, se colocaria a vida em suas mãos?
A que ponto chegou nossa sociedade?
Não carece ver a audácia dos criminosos, das balas perdidas, dos ataques às delegacias, dos seqüestros-relâmpagos porque, mais do que nunca, os crimes típicos do colarinho-branco infernizam a vida do brasileiro cumpridor das suas obrigações, que trabalha, paga impostos, obedece à lei, etc.
Outra notícia que me deixou alarmado: em um concurso para juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro houve fraude, ou seja, magistrados passaram o gabarito das provas aos filhos, netos, sobrinhos, genros, noras, etc. Que efeito mais danoso para a sociedade? Logo um juiz? Logo ele que tem o dever de julgar, decidir pela culpa ou inocência? Como pode fazê-lo, se ele próprio fraudou e cometeu esse crime?
Aliás, em alguns estados brasileiros, sobretudo no Nordeste, mas também no Sul, na relação dos aprovados em concursos para o judiciário, costumam aparecer muitos nomes de parentes de magistrados! Mera coincidência? Será? Sempre ficará o benefício da dúvida!
Penso que para ser juiz, além do concurso público sério, deveria se exigir um certo traquejo, experiência de vida, sobretudo como advogado. Ademais, se fosse pra aplicar a letra fria da lei, bastaria trocar os tribunais por computadores!
A verdade é que a grande maioria dos juízes é honesta, competente, trabalhadora, mas há aqueles que são corruptos, se vendem e ainda aparentam arrogância, empáfia, falta de caráter, etc.
Agora mesmo na Operação Furacão, desencadeada pela Polícia Federal, a notícia da prisão de desembargadores no Rio de Janeiro, porque estavam mancomunados com bandidos, traficantes, bicheiros e vendiam sentenças, decisões judiciais, permitindo a exploração ilegal de máquinas caça-níqueis. E também a manipulação do resultado dos desfiles do carnaval no Rio!
A Polícia Federal teve que arrebentar uma parede para recuperar uma parte do dinheiro desviado pela quadrilha formada por esses bandidos de colarinho-branco.
São esses servidores (juízes, desembargadores) do judiciário os que recebem os maiores salários do serviço público e têm uma porção de regalias, privilégios, mordomias.
Você que está lendo esta crônica, desculpe-me, mas parece que nosso país, Pindorama, aparenta ser um imenso merdeiro, onde há fraude para todo lado, a imundície está presente, parece até que levantaram a tampa do bueiro!
Já imaginou se todos eles fossem obrigados a devolver a totalidade do dinheiro? Que faz muita falta na educação, saúde, segurança, transportes, etc. Ainda mais: se todos fossem torturados em público? Isso pode até ser demais, uma medida descabida, totalitária, típica de países onde há ditadura, no entanto, tenha a mais absoluta certeza: nosso país seria bem diferente do que é!
Espera-se uma punição exemplar pra esses corruptos.
Todavia, como já dizia Rui Barbosa há mais de um século: cadeia no Brasil foi feita para o pobre; o rico contrata um bom advogado e se safa!
O que causa revolta, mais irrita o cidadão brasileiro é saber que esses bandidos, sobretudo os de colarinho-branco, logo estarão livres. E com o dinheiro! Que era seu, que era meu, que era nosso!

João de Paula - Curitiba, 16.04.2007.
joaopaula@hotmail.com

Anônimo disse...

Achei por acaso, porém eu estudei junto com a Ceres nos anos do ginásio (embora não soubesse que ela gostava assim de poesia). Foi ótimo rebuscar algumas memórias daqueles tempos.

petuninha disse...

Parabéns, querido amigo, poeta sonhador!
Bela a tua história de amor! Todos devem ter se perguntado ""por quê ela casou com outro?"" Que tremor nas pernas o poeta sentiu ao vê-la se casando? E o coração? O que será que ela sentiu ao vê-lo?

Beijos da Petuninha.