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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Par de lentes cor de rosa... Duo: Lufague e Hilde



Par de lentes cor de rosa... Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=pXZkWdO5zdA

Há que se ter uma moldura
Que melhor defina a figura
Se ela for negra ou escura...
Para o realce do conteúdo

A natureza é mágica, é mestra
E dela se percebe toda sua beleza
Quando o estado de espírito é sagrado,
comunga com ela o estilo de sua nobreza

Não pode ser azul ou verde
É melhor lente cor de rosa
Que a visão fica majestosa
E o olhar puro e minucioso

Lente cor de rosa é a própria consciência
Permeada de rica e bela emoção
É presença em forma de sentimento
A declarar o silencio da sensação.

Indo fundo ao mais profundo
Para retirar de lá o seu mundo
Onde o amor e a paz fecunda
E não o faça sentindo medo...

Ao nível de suas camadas mais profundas
O barulho da natureza silencia...
Na dimensão da calma, o amor se cria
Onde desejo e medo se fundem.

Se quiser desvendar segredos
Do esboço aos sutis arremedos
Para não cair em algum degredo
E saborear toda a sua beleza

A natureza segreda sua criação
E dela todo mistério se faz beleza
E o olhar cor de rosa acaricia sua sutileza
Ao observar em primazia sua perfeição passageira.

Olhe firme, mas com delicadeza
Nos traços, detalhes, entalhes...
Para que usar tanta tristeza?!
Perca essa mania de ver cinza

De sua delicadeza brotam todas as cores
E a necessidade de se criar, opor e resistir
Não há em seu entalhe nostalgia, tristeza
Só a manifesta condição de se fazer sentir

Ponha cores vibrantes e alegres
Aprecie mais o que tem a natureza
Não a da que se aviva na penumbra
Mas a que salta para a luz e ilumina

A natureza se irradia e tudo ilumina
Aconchega os momentos ‘presente’ da vida
Não há penumbra, nem meia obscuridade
Se nela lanço o olhar cor de rosa de serenidade.

É preciso que o belo e puro contamine
Chamando para sentir, viver... Determine!
Que de hoje em diante és poderosa
Curtindo a boa e doce vida cor de rosa.

É no ‘instante agora’ que se encontra a pura beleza da vida
Nesse ínfimo momento, me torno carinho, amizade
É desse estado de natureza que se faz felicidade sentir
E dos sentimentos afeição, a poesia brota em dueto cumplicidade.

Duo: Lufague e Hilde

Par de lentes cor de rosa... Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=pXZkWdO5zdA
Desejo-te 2011 momentos felizes, 2011 novos amigos sintonizados na Rádio Sol,
2011 lugares encantados, 2011 doces momentos de plena poesia, 2011 alegrias.
Um Ótimo Ano Novo!

Que nesse ano possamos sonhar...
E acreditar, de coração, que poderemos realizar cada um de nossos sonhos.

Que esses sonhos possam ser compartilhados pelo bem com AMOR e PAZ
E que eles tenham força de transformar velhos desafetos em novos amigos verdadeiros.

Que nesse ano possamos abraçar,
E repartir calor e carinho.

Que isso não seja um ato de um momento,
Mas a história de uma vida vivida pelo ano inteiro, em todos seus dias.

Que nesse ano de 2011 possamos beijar, namorar, amar e ser amado
E com os olhos fechados, tocar o sabor da alma.

Que tenhamos tempo para sentir toda a beleza da vida,
E que saibamos senti-la em cada coisa simples que se apresentar a nossa frente.

Que nesse ano possamos sorrir, rir de gargalhar...
E contagiar a todos com uma alegria verdadeira.

Que não sejam necessárias grandes justificativas para nosso sorriso,
Apenas a brisa e o gosto gostoso de viver.

Que nesse ano possamos cantar, declamar, poetizar
E dizer coisas da vida que mudem a nossa história.

Que não sejam apenas músicas e letras, poemas, reflexões, poesias...
Mas que sejam também canções e sentimentos que saem do fundo da alma.

Que nesse ano possamos agradecer pelas dádivas recebidas...
E expressar a Deus e a todos com um singelo: “Muito Obrigado!”,

Que nesse “todos” não sejam incluídos apenas os amigos,

Mas também aqueles que, nos colocando dificuldades, nos deram oportunidades
de sermos melhores... Porque nos provocaram ao uso da inteligência.

E assim começamos mais um Ano Novo,
Um dia que nasce... um primeiro passo de um longo caminho.

Um desafio, uma oportunidade e um pensamento:


“Que nesse ano sejamos, Todos, Muito Felizes!”


São os votos da www.radiosol.com.br e dos VERSOS AO LUAR: Flávio Martinez, Enise Barros, Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes poetas CAPPAZes.


Feliz Ano Novo!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

RIA... OU SORRIA MAIS!




RIA... OU SORRIA MAIS!


Rir sempre de quase tudo
Pelado ou com, sobretudo
Sem ser peludo, contudo
É meu jeito meio debochado

É tudo que de melhor
Ou vai ver até de pior
Eu sei ou penso fazer...
Traquina desde menino

Rindo sem siso
Nem com aviso
Eu logo realizo
De modo imperfeito

Viro tudo do avesso
Meio bobo confesso
Perdendo o juízo
Mas não dou prejuízo

Faça o tempo que fizer
Ou seja, lá como quiser
Mesmo improvisando o riso
Espanto o pranto contido

Se chover, irei sorrir
Se der sol é bem melhor
Mas se for chuva e sol
Chamo a viúva e o espanhol

Se o rio corre para o mar
E o velho apertado pro urinol
Saio pra pescar com meu anzol
Eu sorrio sem critério

Serei assim até o cemitério
Eis o mistério de se gostar
Diga aí se não é de apreciar?
De se amar e cair em si

Adorar achar graça de graça
Soltar-se livre na praça
Alegre sem beber cachaça
Sorrir para quem passar

Devagar também é pressa...
E olha isso é bom à beça
Há os bem sisudos
Mas esses são abelhudos

Ou vai ver são chifrudos
Não riem para não ficarem
Ditos como abestalhados
Mal acostumados

Sentem-se mudos e surdos
Sei lá de onde são oriundos
Ou se são chibungos corcundas
Penso que são uns absurdos

Se eu, no Rio, sorrio ou rio
Vem um arrepio de felicidade
E pra isso não tem idade
E na verdade rir é ter saúde

E sempre melhor que chorar
Que te leva ao sonho profundo
Pois lá... Bem no fundo do fundo
Existe a certeza de que o mundo

É melhor assim sorrindo
De que só se levará desta vida
A vida que a gente levar!
E assim meu amigo e amiga

Se não estiver com lombriga
Ou uma baita dor de barriga
Sorria! Com a nossa poesia...

Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/humor/1614937

RIA... OU SORRIA MAIS!
http://www.youtube.com/watch?v=aWdou9mvI5M

sábado, 25 de dezembro de 2010

Estive com Menino Jesus...Hildebrando Menezes

http://www.youtube.com/watch?v=u5M97qfjnfI



Estive com Menino Jesus...

Desde muito cedo eu sou rebelde
A desconfiar de certas ‘caridades’
Da cegueira perversa da sociedade
Principalmente essa das fachadas

Porque acredito com fé nas mudanças
Aquelas que se dão pelas estruturas
Do bom uso-fruto do conhecimento...
Dos recursos e das políticas públicas

Mas também eu nunca deixei de ver
Que há várias situações emergenciais
De crianças abandonadas e descalças...
Induzidas desde o seu berço ao crime

Sem ter o que vestir ou mesmo comer
Assim eu sinto meu coração estremecer
Para que discursos diante desses fatos?!
Há que se agir, das palavras aos atos!

Mas só hoje conheci a Casa da Criança
Que fica aqui em Balneário Camboriú
Pelo sorriso da Anna vendedora da loja
Por ter conseguido o seu número exigido

Que colocou o Menino Jesus calçado
Nos sapatinhos azuis do Manoelzinho
Na personalidade firme do Anthony
Que só queria e exigiu o tênis mais caro

Na felicidade da menina com a sandália
Que combinava com sua linda calça lilás
Agradeço àquelas heroínas da manjedoura
Que cuidam deles com carinho e esmero

Sem ter o que dar-lhes para poder mantê-los
E a todo este sentimento bonito que eu devo:
À nossa mãe maior... A doce e guerreira Joyce
Que me levou a esse Natal Feliz e Cappaz!

Hildebrando Menezes

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A falta que você faz




A falta que você faz

Sinto falta das tuas mãos,
A percorrerem o meu corpo
Com a volúpia insana e profana
De quem se inquieta e não se sacia

Do toque macio e quente da tua pele
Que me sevicia por todos os poros
Dos teus beijos,
Plenos de desejos

Que penetram na minha alma
Que me fazem perder o rumo
Sinto falta dos teus sussurros
A me arrepiar até o umbigo

Murmurados em silêncio
Em indeléveis e breves momentos
Do teu respirar acelerado,
Como quem está esfomeado

Dos movimentos do teu dorso,
No vai e vem guloso e sequioso
Como se dançasse ao som de suave melodia
No ritmo musical de uma bela sinfonia

Sinto falta de cada pedacinho teu,
Que já se confunde com os meus
De cada bocadinho do teu coração
Que pulsa em teu peito com emoção

Ah! Meu amor,
Se eu soubesse como sobreviver a esta ânsia louca
Não sofria tanto dessa tua falta, essa tua ausência
De te ter sempre comigo,

A estar namorando contigo
A este pentagrama descompassado
Que por vezes me deixa estressado
Que me atordoa até a alma,

Que sem ti nada me acalma
Provavelmente saberia como viver
Sem uma parte do meu ser
Estar sem você é como perecer

Não posso viver pela metade
Como se me faltasse o próprio chão
Meu amor aqui há uma grande confusão
Por isso vou ficando assim...

Perdido no infinito sem fim
Neste estado já meio morto
De que está ébrio cambaleante
Nesta dor que me rasga o peito

E é por isso que eu poeto assim tanto

Para te encontrar de novo num dueto.

Dueto: Catarina Camacho e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
A falta que você faz
http://www.youtube.com/watch?v=8lFO5YLhfDs

A linda menina e poetisa de alma plena, a doce e meiga Catarina, havia desaparecido e sem me dar nenhuma notícia, por mais de ano e agora ressurge como um presente de natal a alegrar e encantar meu coração tristonho e saudoso, neste vídeo-poema com nossos versos amorosos. Não posso negar que meu coração ficou em festa. Será que foi Papai Noel? Que me trouxe ela de volta? Agora sim! Se segurem que os ‘VERSOS AO LUAR’ da Rádio Web Sol irão para a estratosfera. Ainda outro dia o locutor ao declamar um dueto nosso, quase vai ao delírio após sua narrativa aveludada e melodiosa. Há algo de mágico e inebriante quando nos juntamos e escrevemos nossos sentimentos. É como se Brasil e Portugal estivessem fazendo amor mesmo na ausência, na dor se desse uma comunhão das almas poéticas sinceras e sensíveis. E eu sou um felizardo por desfrutar e dividir com ela desses momentos encantadores. Muito Obrigado minha deusa por tantos e tantos duetos onde nossas almas perfilaram perfumando os ares.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

POETA É POESIA! - Dueto: Lufague e Hilde

Às favas a modéstia que aqui está perfilada em vídeo editado por Enise, em verdadeiras obras d’arte: ‘O Pensador’ em tela de Tânia Maria de Souza; o comentário à minha prosa o ‘nascer da poesia’, em versos de Lufague, depois a elaboração do duo inspirado neles e a junção dos elos. É mais um momento mágico da poesia que se vê enaltecida na queima dos neurônios desde a artista plástica aos poetas em parceria. Um vídeo para ser guardado com carinho e esparramado como testemunho de que é possível a produção da estética e da beleza de várias obras em uma só, no conjunto e de per si. Estou encantado! Sinto aqui fluir a minh’alma . Você sentiu a sua? CONFIRA! Hilde


Poetizar é tornar-se oferenda à vida em seu dom de criação.
Isso se dá na admirável plenitude do ofertório e seus aguçamentos.
E a poesia é resultado da entrega plena a essa comum união.

Ser poeta é fazer vir à tona pensamentos; é refinar sentimentos.
Quando deles percebe-se à magia, o lampejo, à vibração.
Impulsiona de dentro pra fora e aflora e de lá se aprimora.

É expressar o espírito em tela mental de contemplação.
Nesse ciclo não se está imune ao temor e destemor da dor criadora.
Ser poeta é mergulhar silenciosamente em seu mar de si.

Poetizar é atentar para o óbvio que se doa e que se põe à revelação.
É sentir acender uma centelha adormecida de dentro que te sorri.
E dali ganhar força e corpo e se manifestar na comunicação.

É alavancar a sensibilidade fazendo espírito e inspiração fluir.
Desse processo ora quieto, ora irrequieto à palavra se presta.
Tudo acontece nos meandros e labirintos neurais a se abrir.

É chamar a atenção aos sentimentos, na emoção que se manifesta.
Um ser, movimento que desestrutura seu epicentro, aviva sua acuidade.
O simples e o abstrato alimentar-se pela sua viril intuição.

Poetizar é buscar no intimo, no âmago, sua criatividade.
É possuir e entender-se no seu melhor, o Dom da revelação.
O ideal então se põe e dispõe pelas vias da imaginação.

O ficar em sintonia com o universo, usando sua tenacidade.
Doação maior que transforma o pensamento em inspiração.
E as peças do mosaico ligam-se dando nexo à expressividade.

Ser poeta é olhar com olho divino, à vida em sua imensa vastidão.
Vem como eco de uma voz que te chama à expressão em claridade.
É a sutileza nos diversos pontos de vista, em grandeza e percepção.

Do monólogo interior surge o diálogo dando a ti à fecundidade.
É ter espírito aguçado da essência do pressentimento em expansão.
O fio lógico então se dá no nexo causal unindo as dispersas partes.

É sentir-se em instante iluminado, em sua letargia de reflexão.
É de repente sentir-se nu diante da sua insustentável leveza d’artes.
Descortina-se aí a necessidade de ligar e amalgamar cada elo.

Poetizar é intensidade das emoções; é vestir-se de transparente véu.
Na dança do ventre, da mente, santa e profana ao som do violoncelo.
E na luminosidade da sabedoria, conjugar-se em sublimação ao léu.

É exercício de atar e desatar, abstrato e concreto em gestação.
Por esse caminho inóspito detonam-se regras e convenções.
E na euforia do ânimo, com prazer, achar-se em identificação.

Fecundo deleite de valioso conteúdo dos sentimentos em conexões.


Dueto: Lufague e Hilde

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/2664636
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/poeta-e-poesia-1?xg_source=activity
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/poeta-e-poesia?xg_source=activity
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/poeta-e-poesia?xg_source=activity

POETA É POESIA! - Dueto: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=9lQyn8_PCfE

sábado, 11 de dezembro de 2010

ATA... DESATA - Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos



ATA... DESATA

Atar é ligar...
Meus sonhos aos seus
Viver bem intenso
Buscar o consenso

É isso que eu penso...

Ao amar com força
Rompendo as alças
Desatar e soltar
As suas amarras...

Sem as suas garras!

Voar leve e livre...
Plainando as asas
Ser e deixar ser
Absoluto e incauto

Somos todos frutos
Nascidos das brasas
Momentos dissolutos
Que os corpos abrasam

Deste vai-e-vem
Saber bem, convém!
Está aquém do amor
Desata a dor que se tem...

Ao sentir-se completo
É arrebatador
Esquecendo-se a dor
E até o intelecto

Atar é corrente...
Os elos da mente
Desatar é liberar
Desobstruir o fluxo
Receber o amplexo

Renunciar ao ato
Refletir o passo
De certa forma...
Tudo é desfeito assim

Em você e me mim

Atos atados e desatos
Amores e desamores
Nascer e morrer
Começo e final

Esqueço de mim

Alvorecer e ocaso
Ação e inércia
Ser e não ser
Tudo sendo nada

E volta a ser tudo
Ao apostar na emoção
Pois o que nos resta é o amor
Ao encarnar o sentimento...

E deixar-se enredar pelo coração

Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
ATA... DESATA - Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos
http://www.youtube.com/watch?v=WSDPz-x_G1I

De quantos atos e desatos somos feitos? Para tanto é preciso atar e desatar. Nem sempre o sabemos, queremos, podemos e o fazemos. Aqui no poema até quisemos, mas será que o conseguimos? Enise soube fazê-lo na leitura correta e o atou neste singelo vídeo de beleza reflexiva redescoberta ontem em declamação pela Rádio Sol e na edição de hoje pelas suas mãos mágico-poéticas. Esperamos que gostem e desatem em atos generosos enviando aos seus amigos atarem por laços afetivos ao coração... Hilde

POETA É POESIA!




Tela: O Pensador - Tânia Maria de Souza

Poetizar é tornar-se oferenda à vida em seu dom de criação.
Isso se dá na admirável plenitude do ofertório e seus aguçamentos.
E a poesia é resultado da entrega plena a essa comum união.

Ser poeta é fazer vir à tona pensamentos; é refinar sentimentos.
Quando deles percebe-se à magia, o lampejo, à vibração.
Impulsiona de dentro pra fora e aflora e de lá se aprimora.

É expressar o espírito em tela mental de contemplação.
Nesse ciclo não se está imune ao temor e destemor da dor criadora.
Ser poeta é mergulhar silenciosamente em seu mar de si.

Poetizar é atentar para o óbvio que se doa e que se põe à revelação.
É sentir acender uma centelha adormecida de dentro que te sorri.
E dali ganhar força e corpo e se manifestar na comunicação.

É alavancar a sensibilidade fazendo espírito e inspiração fluir.
Desse processo ora quieto, ora irrequieto à palavra se presta.
Tudo acontece nos meandros e labirintos neurais a se abrir.

É chamar a atenção aos sentimentos, na emoção que se manifesta.
Um ser, movimento que desestrutura seu epicentro, aviva sua acuidade.
O simples e o abstrato alimentar-se pela sua viril intuição.

Poetizar é buscar no intimo, no âmago, sua criatividade.
É possuir e entender-se no seu melhor, o Dom da revelação.
O ideal então se põe e dispõe pelas vias da imaginação.

O ficar em sintonia com o universo, usando sua tenacidade.
Doação maior que transforma o pensamento em inspiração.
E as peças do mosaico ligam-se dando nexo à expressividade.

Ser poeta é olhar com olho divino, à vida em sua imensa vastidão.
Vem como eco de uma voz que te chama à expressão em claridade.
É a sutileza nos diversos pontos de vista, em grandeza e percepção.

Do monólogo interior surge o diálogo dando a ti à fecundidade.
É ter espírito aguçado da essência do pressentimento em expansão.
O fio lógico então se dá no nexo causal unindo as dispersas partes.

É sentir-se em instante iluminado, em sua letargia de reflexão.
É de repente sentir-se nu diante da sua insustentável leveza d’artes.
Descortina-se aí a necessidade de ligar e amalgamar cada elo.

Poetizar é intensidade das emoções; é vestir-se de transparente véu.
Na dança do ventre, da mente, santa e profana ao som do violoncelo.
E na luminosidade da sabedoria, conjugar-se em sublimação ao léu.

É exercício de atar e desatar, abstrato e concreto em gestação.
Por esse caminho inóspito detonam-se regras e convenções.
E na euforia do ânimo, com prazer, achar-se em identificação.

Fecundo deleite de valioso conteúdo dos sentimentos em conexões.


Dueto: Lufague e Hilde
http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/2664636
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/poeta-e-poesia-1?xg_source=activity
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/poeta-e-poesia?xg_source=activity
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/poeta-e-poesia?xg_source=activity

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ENERGIA DO AMOR





ENERGIA DO AMOR

Faça a sua poesia ganhar vida
Pelas ondas da Web Rádio Sol
Você ouvirá pela antena energética
Na voz bela aveludada e profética...

Do verdadeiro sutil poeta melódico

Oriundo lá da cidade de Diadema/SP
No timbre de Flávio Martinez Guebara
Suas estrofes ficam bem mais sonoras
Passando pelo seu diapasão poético

Desse notável mestre da boa comunicação

Que põe na fala sua alma e emoção
De Paz, Amor, ternura e Harmonia...
Com músicas da mais pura magia
Acaricia e afaga aos seus ouvidos

Expulsa a tristeza e devolve a alegria

Em momentos lúdicos tão sentidos
Seu dia fica então bem mais prazeroso
Sente-se pelo ar um perfume gostoso
E como tudo de repente fica bonito...

Então não perca mais tempo e se ligue...
Nessas ondas suaves e eletromagnéticas
No endereço http://www.radiosol.com.br/
Enviando os seus comentários e poemas

Sem quais temores ou algum problema

Aproveite e interaja com ele pelo MSN...
web_radiosol@hotmail.com
Vamos esparramar essa boa idéia...
Ampliando amor e a sua valiosa energia.


Confrade CAPPAZ: Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/homenagens/2638151

http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/energia-do-amor
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/energia-do-amor
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/energia-do-amor

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A felicidade é simples! - Hildebrando Menezes



A felicidade é simples! - Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=DLuWtxF7pbI

O fato é que posso e constato
No melhor dos meus atos e tratos
Do informal... A um mero contrato
Que ao variar e encaixar do tempo

Passado, presente, futuro

O que importa e comporta
É a felicidade que bate à porta
E ela está nas coisas simples
Que enfeitam os nossos caminhos

Aconchegam e fazem muitos carinhos

No cheirinho da terra na chuva
Num laço de fita de uma trança
No riso puro e solto da criança
Ou liberdade que pulsa e dança

Escreve a sua história e nos balança

Na harmonia. No perdão que alcança
Nos riscos ocorridos pelas mudanças
Sincronia sadia da mente e do coração
Numa cantoria debaixo do chuveiro

Delicada riqueza de espírito e beleza

Pelo amor e cuidado com a natureza
Florido mundo da doação e do afeto
Passeios de mãos dadas e peito aberto
Nas risadas das suas próprias besteiras

Do nascer... Do pôr-do-sol... Luar cheio!

Paz no cantarolar dos passarinhos
Falta de juízo das aventuras sozinho
Dos namoricos proibidos e escondidos
Atenção com os animais desprotegidos

Solidariedade para com os necessitados

Brincar de soltar pipas e bolinhas de sabão
Ao despertar da alma para a viva emoção
Tremer as pernas na presença da amada
Não negar a si o belo sentimento da paixão

Conversar, abraçar, cheirar, tocar, amar...

Olhar fundo repartindo o brilho dos seus olhos
E beijar muito! Na boca, lábios, pescoço, no rosto
Mostrar sem vergonha o amor a quem se ama
Assim a felicidade vem de mala e cuia e se instala!

Hildebrando Menezes
A felicidade é simples! - Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=DLuWtxF7pbI

Há quatro anos minha sobrinha Regeane Menezes Manfredine (Lilica) sugeriu-me, através da minha Comunidade Aprendiz de Poeta, para escrever sobre a felicidade e eu esperava a ocasião especial para mostrar-lhe o que penso. Contei para a Enise que havia sido convidado para ser o padrinho de casamento da Lilica e que tinha guardado a sete chaves essa poesia para que fosse declamada na festa ou na cerimônia religiosa dela. Enise ofereceu-se para atender o meu desejo e aqui está o resultado de que, de fato, a felicidade é simples.

GESTAÇÃO DA POESIA



Que surpresa agradável ver essa edição em vídeo. Verdadeira gênese do amor e da arte. Só a poesia tem dessas magias porque nasce da amizade sincera a envolver os poetas. Pedi a Enise para editar um poema de presente de casamento (A felicidade é simples) à minha sobrinha Lilica e ela sugeriu que eu visse outro poema dela (Tua Boca) e que foi inspiradora da ‘Gestação da Poesia’. Mandei ao Moreno Jambo porque achei o resultado parecido com seu estilo e ele editou, sem que eu pedisse... Esta maravilha! VALEU!

Gestação da Poesia
http://www.youtube.com/watch?v=YpZ92yre9Xo


Ah! Como eu a quero...
Em cada milímetro de pele
No frenesi das suas quimeras
Sonhos aspiram e esperam

Células e poros no meu ninho
Ter essa tua boca na minha...
Lábios molhados e acoplados
Loucos beijos transmutados

Física e metafísica realizada
Explosão de luz e eletricidade
Força motriz no pico do Tesão
Que excita degustada emoção

Corpos que se unem em ação
Terremotos de pelos e arrepios
Dando o tom da nossa canção
Olhos que se cruzam como fios

Desencapados e hipnotizados
Insinuam a perigosa alta tensão
De dois corpos servos da paixão
Que só um ato de pleno amor...

A promover beleza e esplendor
No fascínio das sutis delicadezas
Fecundará a poesia das gerações
Palavras e sons em comunhão

E do ventre d’arte pura nascerão
Poetas com sublimes inspirações

Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2622127


Gestação da Poesia
http://www.youtube.com/watch?v=YpZ92yre9Xo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MENINA GUERREIRA!





MENINA GUERREIRA!

Desde que era tão pequenina
Como é valente essa menina...
Nasceu com o dom da boa arte

Sabe ir bem além do horizonte

Astuta e de uma alma inquieta
Prospecta, reflete e perscruta
Poetisa plena e de mão cheia

Poesia jorrando pelas veias...

Rebelde em busca de sua causa
Procura sagaz e tenaz e não cansa
É corajosa, perseverante e intensa

O conhecimento é a sua meta!

Mergulha, voa livre, leve e solta
Nasceu para ser uma líder nata
Deseja e vai com ardor à luta

Sempre incansável na sua labuta

Inspirado nela seu pai virou poeta
Hoje é uma mestranda e cientista
Apaixonada pela beleza destemida

Sim! É ela! A minha Elisa querida
A alegria e orgulho da nossa vida

PARABÉNS PELO SEU ANIVERSÁRIO!

Hildebrando Menezes
De Balneário Camboriú/SC para a cidade do México
13 de novembro de 2010
http://recantodasletras.uol.com.br/homenagens/2612685
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/menina-guerreira
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/menina-guerreira
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/menina-guerreira

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A DESOLAÇÃO DA FOME - Hildebrando Menezes



A DESOLAÇÃO DA FOME - Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=GlUTWWJzQ5Y&feature=player_embedded

Somos 14 milhões de infelizes miseráveis
Excluídos! Desprotegidos! Abandonados!
Tendo só a fome... Um abutre insaciável
Como ser humano me sinto envergonhado

E resolvi compor estes versos indignados

Porque só vejo solução no amor e na caridade
Em políticas públicas com programas sociais
Que podem ajudar a cicatrizar a ferida aberta
Insisto aos poetas do poder e dever da poesia

Denunciar a falta de cuidados aos necessitados

Tema relevante e meritório a ser priorizado
Ameniza-se a chaga dessa doença tão revoltante
A nos cobrar as providências sábias e urgentes
Negligenciadas a séculos como seres invisíveis

Subespécies vista como meros e simples répteis

É como receber um forte soco no estomago
Estar diante de tamanha e cruel insensibilidade
E não é só fome de comida, mas de dignidade
Educação, saúde, habitação, trabalho...

Enfim oportunidades de vida digna para todos!

O que nos causa espanto e completa indignação
Vimos aqui e agora cobrar atitude e criatividade
Sem perder a esperança e a decidida vontade
De arregaçar as mangas e usar da inteligência

Para combater o salutar e valente bom combate

Contra o culto do falido capitalismo selvagem
Da insana exploração do homem pelo homem
E não há como enxugar a este tipo de lágrima
A não ser soltar o seu grito e doar a sua chama

Para ver um mundo melhor. Acorda! Salta da cama!

Todos juntos com amor unindo forças que inflamam
Aliviando assim a dor dos tristes e desconsolados
Causado pelo castigo impiedoso do desamor e do ódio
Iremos apreender a olhar profundo com outros olhos

Vamos lá à essência das causas e suas conseqüências

Na transformação real em atos solidários e corajosos
Que alimentam o coração, a barriga, alma e a mente
Realizaremos um sopro de vida pela boca dessa gente.

Hildebrando Menezes

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Devotado Amor Indevoto - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes



Devotado Amor Indevoto - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=ebWRTL7_418

Dizei-me amor indevoto
Direi que me deixas absorto

Se tu crês no cupido
Ao vê-la dá-se o estampido

Entre o gozo ignoto
Não nego que te noto

E o prazer foragido
Parece o de um bandido

Ledo, profano e remoto
Possuído pelo sacrossanto

***
Dizei-me amor indevoto
Estou débil, mas me posto

Desertor comprazido
Sonha sonhos desmedidos

Se tu crês no meu voto
Permaneça nesse hábito

Em luxúrias defluído
Na languidez incontida

Num palor de terremoto
Que do epicentro coleto

***
Dizei-me amor indevoto
Por ti estou sempre disposto

Se romance esvaído
O que vale é ter vivido e sentido

É bel prazer roto
Farrapo completo

Agarrado ao meu vestido
Volúpia de quem é intrépido

Eu bem noto...!
Porque sabes que sou seu devoto!

Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes

Veja o poema em vídeo:
Devotado Amor Indevoto - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=ebWRTL7_418
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/2601816
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/devotado-amor-indevoto
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/devotado-amor-indevoto/edit
http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/devotado-amor-indevoto
Este poema em vídeo foi inspirado na consagrada ‘Pena de Ouro: Amor Indevoto’ link:
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/amor-indevoto?xg_source=activity
Da notável e maravilhosa poetisa Sheila Assis que me motivou, pela beleza e perfeição de seus versos, a fazer o dueto. Foi também em agradecimento e interação com a sua alma poética por termos sido contemplados, no mesmo dia, com a honraria maior da Academia de Poetas Escritores e Cronistas – ACAPEC pelo poema ‘A Desolação da Fome’ link:
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/a-desolacao-da-fome?xg_source=activity
Que é um chamado aos poetas (objeto de nosso próximo vídeo) para que eles façam mais abordagens sociais sobre as questões da FOME e suas implicações, usando melhor do talento e sensibilidade aguçada de que são portadores. Explorando assim as suas variáveis e múltiplas facetas econômicas e o assunto não fique apenas nos discursos de campanha eleitoral, mas ocupe todos os dias, de forma permanente, a Agenda das Políticas Públicas em nosso País. Hilde

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Bolinha de Papel...

Bolinha de Papel...
http://www.youtube.com/watch?v=g91_5AKn7mo



Não sou PT... Sou Chamex!
Sou branquinha e sou Sexy
Adoro careca de vampiro
Desfila que solto o meu tiro

Desde menina que procuro

Cabeças alopradas ao vento
Minha rival é uma fita crepe
Que é mais forte e me cola
Fui a destaque na escola

Mas saí mesmo da sacola

Para a glória da história
A contar tudo em poesia
Em plena luz daquele dia
Foi lá em Campo Grande

Que apareci na televisão

Ato heróico de grande comoção
Entrei garbosa na eleição
O país inteiro me assistiu
A Globo fingiu que não me viu...

Mas a SBT esperta me filmou

E a Record depois constatou
Eu toda faceira e brava
Acertando bem no alvo
Da careca do SERRA!

A fita crepe invejosa...

Enviada pelo casal JN 45
Mais pesada e pegajosa
Estava fora de cena e evasiva
Veio logo puxar uma prosa

Mostrou ser mais agressiva

Quis roubar o meu emprego
Pra tirar o meu sossego
Vou contar-te um segredo
Que agora já perdi o medo

Pra te dizer que foi... DILMAIS!

Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdealegria/2572029
Bolinha de Papel...
http://www.youtube.com/watch?v=g91_5AKn7mo

sábado, 16 de outubro de 2010

DOA-SE UM AMOR - Um Duo...



DOA-SE UM AMOR - Um Duo...
http://www.youtube.com/watch?v=aHnCNR78twU

Doa-se um coração
Apto para boa emoção
Pronto a qualquer explosão
Para sentir intensamente a vida pulsar

O espaço é amplo e terno
Doce, macio e quentinho...
Adora como nunca um bom carinho
Mesmo usado por outros amores no passado

Possui vários compartimentos
Para abrigar os melhores sentimentos
Nele somente os bons momentos são guardados
Pulsando vivo sem desespero

É valente, poderoso e impetuoso
Livre, desprovido de trancas...
Embora tenha suas manhas
Está sempre de portas abertas...

Não aprisiona e só liberta
Para não sufocar...
Respira só o bom ar do amor
Com todo seu esplendor...

Há interesse
Para ocupar esse espaço?
Se sim...
Me dê aí uma pista, um traço...

Também quero um pulso gostoso...
Que me ame e permita ser amado
Me trate com jeitinhos e carícias
Sem pressa...mas interessado...

Saiba amar, compreender, desejar...
Acolha os meus mimos sem pestanejar
E aceite todos os meus também
Pelos simples toques da vida que passar

Essa doação é por tempo ilimitado
Só trará bons resultados
Além do meu amor encontrar o seu
O teu coração tem que vibrar ao meu lado

Se enfim souber mantê-lo
Com toda ternura e puro zelo
Minha procura chegou ao fim
Ao orvalhar meu sossego
E ser feliz por amar...assim!

Duo Hilde e Enise
Nota: Assista em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=aHnCNR78twU
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/2558607

Esse é o meu, o seu, o nosso jeito de amar... Sem tolher, bisbilhotar ou afogar, pelo contrário... Só gosta de afagar, seja no toque, seja na fala, seja no olhar... No que há de mais puro, simples, sincero e é assim que em nossos vídeos, versos, pensamentos e atos nos entregamos, nos doamos, sem ciúmes, invejas, medos, maledicências ou outros quaisquer poderes do mal que não seja apenas este de amar... Quer conosco compartilhar? Hilde & Enise

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Durval Muniz: Um convite à reflexão

GIL APOIA DILMA

http://www.youtube.com/watch?v=Ieo35nt2PUo&feature=player_embedded

Durval Muniz: Um convite à reflexão

Dois Projetos Radicalmente Diferentes

Durval Muniz de Albuquerque Júnior

Estamos num momento decisivo da vida brasileira, onde qualquer omissão pode ser imperdoável. Eu, que faço parte da parcela ainda privilegiada de brasileiros que conseguiu concluir um curso superior e fazer uma formação pós-graduada, não ficaria com a consciência tranqüila se não viesse a público, neste momento, com o uso daquilo que sei fazer: refletir, pensar, para tentar contribuir no sentido de dar um mínimo de racionalidade a um processo eleitoral que, muito pela influência de determinados setores da mídia, mas infelizmente também com a participação decisiva de candidaturas como a de José Serra e Marina Silva, descamba para se tornar uma discussão obscurantista, rasteira, mistificadora e preconceituosa, sobre temas e aspectos nomeados genericamente de “valores”, que interessam de perto aos setores mais conservadores e retrógrados da sociedade brasileira, fazendo ressuscitar dos porões das almas, das mentes e do interior da sociedade forças e subjetividades microfacistas.

Dirijo este texto àqueles que fazem parte como eu desta parcela letrada da sociedade, notadamente, daqueles alojados no interior da Universidade, e que, para minha surpresa e decepção, vêm manifestando a intenção de votar em José Serra no segundo turno das eleições. Como estou escrevendo para pessoas que julgo estar sob o império da racionalidade, nem me vou ocupar de rebater os motivos e argumentos apresentados para não se votar em Dilma Rousseff, em uma das campanhas mais sórdidas, mais caluniosas, injuriosas e preconceituosas já levadas a efeito no país, com a participação decisiva do candidato Serra e da mídia golpista que o apóia, a mídia que medrou e engordou durante a ditadura militar, campanha só comparável àquela de 1989, que levou ao poder o queridinho das elites brancas da época: o caçador de Marajás, Fernando Collor, (e todos sabem no que resultou aquela aventura amparada em retórica e práticas tão farisaicas, despolitizadoras e moralistas como as que embasam a atual candidatura tucana).

Embora pareça que para estes meus colegas, de estômagos fortes, não causa repugnância e náusea uma candidatura que explora e incentiva o tradicional desapreço e desprezo das elites brasileiras pelos nossos vizinhos da América Latina, pelos africanos e pelos asiáticos (o que fica demonstrado pelos ataques do candidato ao Mercosul, à Unasul, a chefes de Estados de países vizinhos democraticamente eleitos, alguns deles pertencentes a grupos historicamente excluídos naqueles países.

Na crítica à política externa do governo Lula mal se disfarçam a xenofobia e o racismo de nossas elites que sempre se julgaram brancas e sempre tiveram os olhos voltados para os Estados Unidos e para a Europa, onde na verdade sempre sonharam em viver; a política externa de FHC, onde o presidente falava inglês e o chanceler como um lacaio tirava os sapatos para passar nas alfândegas dos países desenvolvidos mostra bem isso); uma candidatura que explora o preconceito contra as mulheres, candidatura sexista, machista e misógina, que claramente tenta desqualificar o lugar da mulher na política e que utiliza a velha tática de pôr em suspeita a sexualidade de toda mulher que ousa desafiar os lugares reservados aos homens (com a conivência de inúmeras mulheres ditas independentes e feministas entronizadas como comentaristas na mídia, como Maitê Proença que chegou a convocar os “machos selvagens” para nos livrarem de Dilma; ressalte-se ainda o silêncio cúmplice de grandes lideranças intelectuais e políticas feministas ligadas ao PSDB, que deixo de nomear por respeito às suas trajetórias, que não deveriam necessariamente votar em Dilma, mas se posicionarem veementemente contra o tipo de campanha que faz o seu partido.

Este silêncio poderá custar caro à muitas conquistas feitas pelas mulheres. Me pergunto como pode ser que intelectuais deste quilate possam estar silenciosas diante do uso aético e mistificador da questão do aborto pelo candidato tucano, será que uma vitória eleitoral compensa a perda de uma reputação construída durante anos na luta das mulheres?

Ainda está em tempo de romperem o silêncio!); uma candidatura que explora e acirra o preconceito contra os homossexuais ao espalhar em emails apócrifos e criminosos na internet a suspeita de que Dilma seria lésbica (e qual o problema se fosse, sabemos com que órgãos de seu corpo ela exercerá a presidência); uma candidatura que açula o preconceito contra o pobre e o nordestino, que como sempre são tomados pelas nossas elites de classe média como aqueles ignorantes, que não sabem votar, que votam com a barriga e não com o cérebro, mesmo que estejam votando por defenderem a continuidade do governo que de longe foi o que mais beneficiou estas duas populações (porque votar em defesa do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, é menos racional que votar em defesa dos lucros exorbitantes conseguidos pelos beneficiários do processo de privatização, inclusive os grandes grupos de mídia e do banqueiro que aposta sempre no Meu Banco, Minha Vida?); uma candidatura que faz das mentiras mais descaradas e das promessas mais fajutas a sua apresentação (toma para si feitos dos outros, copia programas das outras candidaturas, promete fazer o que sempre fez diferente quando esteve no poder).

Claro que não vou perder meu tempo discutindo com vocês, que até agora não vomitaram e ainda continuam convictos do voto em Serra, argumentos de enorme racionalidade para não se votar em Dilma como: ela é um poste, ela matará criancinhas (repaginação sofisticada por Mônica Serra, como costuma ser toda repaginação de quem veste Daslu, a honesta Daslu, de conhecido enunciado anticomunista), ela roubou um banco, ela é assassina, ela vai fechar as igrejas, ela acabará com a liberdade de imprensa e outros argumentos ainda mais sofisticados como: “eu não fui com a cara dela”.

Por respeito a vocês todos que acho não seriam capazes de acreditar nestas baboseiras, passo a tratar de uma única justificativa que me pareceu racional, apresentada para o voto em Serra: o sucesso do governo Lula, que todos admitem, até mesmo o candidato Serra que subiu na sua garupa em plena propaganda eleitoral gratuita, teria se dado por este continuar o modelo de gestão perfeito e vitorioso do príncipe dos sociólogos Fernando Henrique Cardoso (há longo email na internet defendendo este ponto de vista racional e respeitável), embora este tenha sido escondido sistematicamente das campanhas do PSDB desde que deixou a presidência seguido de um sentimento de alívio nacional e já vai tarde na maioria de corações e mentes, até nos de muitos dos que hoje esquecidos ou arrependidos tentam salvar o seu legado e resolvem votar em seu candidato.

Como sou historiador, e este profissional tem como ofício ir ao passado para justamente olhar o presente de outra perspectiva, vou lançar mão de alguns traços da história do pensamento econômico no Brasil para tentar convencê-los de que no dia 31 de outubro estarão em confronto dois projetos radicalmente diferentes de país, duas maneiras distintas de interpretar e entender a sociedade brasileira, sua história, sua dinâmica econômica e social, formas radicalmente distintas de pensar a inserção do Brasil no capitalismo globalizado, nas relações internacionais, formas distintas de pensar a dinâmica do desenvolvimento e o papel que o Estado e as distintas classes e grupos sociais desempenharão neste processo.

E quando digo ser radical é justamente porque, como sabemos, radical é algo que se dá desde as raízes, desde suas matrizes teóricas e políticas. Pretendo mostrar que Serra e Dilma representam projetos bastante distintos para o país, porque PSDB e PT representam formulações teóricas distintas da realidade brasileira. Como estamos diante de dois candidatos que não despertam muitas paixões, talvez possamos ter discussões mais racionais, desde que se esteja disposto a se explicitar o projeto que cada um representa (além de representar sua enorme ambição pessoal, seu projeto de ser Presidente da República, de fazer parte da galeria de nossos Presidentes, sonho que ele já realizou, pelo menos na propaganda eleitoral e espero que só lá; Serra representa um projeto de governo que não pode explicitar, que não pode revelar sob pena de não ser eleito, por isso ele protocolou como programa de governo no TSE um discurso, mesmo assim tendo a candidatura deferida: por lá também os amores serristas parecem ter se intensificado, até com trocas de telefonemas amáveis).

Para entendermos o jeito PSDB de governar temos que entender as matrizes teóricas que sustentam suas ações. É inegável que o intelectual orgânico, para usar um conceito caro a Gramsci, deste partido é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, intelectual respeitado mundialmente.

Emir Sader já perguntou perplexo uma vez: o que pensa o Serra? Ninguém sabe, ninguém viu. O hoje elevado a condição de elite das elites, o guia das “massas cheirosas”, segundo a Catanhede, que se saiba nunca teria concluído os cursos de graduação que diz ter e sua Tese de Doutorado, da qual voltarei a falar, anda desaparecida da única biblioteca em que está depositada (por que será que o vaidoso Serra nunca traduziu e trouxe a lume sua obra máxima?).

Ele passou oito anos no governo FHC, exercendo diferentes cargos, sempre aparecendo na mídia como estando à esquerda no partido, como crítico de Malan, como alguém que criticara o Plano Real, mas jamais escreveu algo sobre isto e no governo permaneceu.

Como gestor de mandatos nunca concluídos, não foi capaz de imaginar uma política pública, um programa de governo que possa se dizer original e criativo, se notabilizando mais por desmontar e destruir o que vinha sendo feito antes, até mesmo pelo seu companheiro de partido Geraldo Alckmin (pensem nisso amigos queridos, se duvidarem de mim, pesquisem sobre o desmonte dos programas sociais e educacionais deixados pela Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo). Não é preciso dizer dos inúmeros prêmios internacionais recebidos por diferentes gestões do Partido dos Trabalhadores em municípios, Estados e agora nos dois governos Lula por imaginar e criar inovadoras políticas públicas (se duvidarem, pesquisem: só o Presidente Lula já ganhou até agora mais de duzentos prêmios internacionais, há um site não nacional que se dá o trabalho de arrolá-los todos).

Mas como dizia é no pensamento de FHC que devemos buscar as raízes das propostas pessedebistas para o país. É na Teoria da Dependência, da qual Fernando Henrique foi um de seus formuladores, notadamente na corrente chamada de weberiana, que rivalizava com a chamada corrente marxista encabeçada por Theotônio dos Santos e Ruy Mauro Marini, que devemos buscar o entendimento de como o PSDB vê o país e seu povo, inclusive sua classe empresarial, já que, como sabemos, Cardoso se dedicou a fazer uma sociologia do empresariado brasileiro, de seu comportamento e pensamento.

A Teoria da Dependência surge no início dos anos sessenta, diante da crise crescente apresentado pelo modelo nacional-desenvolvimentista de matriz cepalina que esteve na base da política econômica de governos tão díspares e que a realizaram com ênfases distintas como os governos Vargas, Juscelino Kubsticheck e João Goulart.

Quando uma vez na Presidência da República, Fernando Henrique se propôs a enterrar a era Vargas, ele estava realizando o projeto da Teoria da Dependência que criticava algumas formulações básicas do pensamento cepalino e neoclássico, que na versão henriquiana se afastava também das leituras marxistas tanto vindas do pensamento da CEPAL, quanto no interior da própria Teoria da Dependência, propondo assim o desmonte do Estado nacional-desenvolvimentista e populista, fantasmas que são brandidos hoje pelos economistas e “experts” de plantão convocados pela mídia, que estariam sendo reabilitados pelo governo Lula. Em entrevista com Dilma, Miriam Leitão chegou a comparar o que seria o nacional-desenvolvimentismo de Lula com a política econômica da ditadura militar. Como disse sutilmente Dilma: a Leitão sempre ouve o galo cantar mas não sabe aonde.

É inegável que as formulações econômicas, mas também sociais e políticas do governo Lula têm a sua matriz no pensamento nacional-desenvolvimentista cepalino, mais precisamente no pensamento do maior economista brasileiro, o paraibano Celso Furtado, por quem Lula sempre teve uma admiração quase devocional. Como sabemos Celso Furtado se manteve ativo, produzindo e participando diretamente da vida política brasileira até pouco tempo antes de sua morte.

Seu pensamento passou por reformulações e ajustes, mas manteve uma espinha dorsal que, como tentaremos deixar claro, é a própria espinha dorsal do projeto que hoje a candidatura Dilma assume e que queremos ver continuar com ela. É preciso ainda chamar atenção para dois aspectos relevantes: o atual Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que foi mesmo dentro do PT identificado como um nacional-desenvolvimentista, dedicou seu trabalho de doutorado a estudar o pensamento de Celso Furtado e, é preciso lembrar ainda, que Dilma Rousseff começou a sua militância administrativa no Rio Grande do Sul, ligada a um governo do Partido Democrático Trabalhista, encabeçado por Leonel Brizola, muito próximo das formulações nacional-desenvolvimentistas.

A grita e o arreganho de dentes, sem pejos, da mídia neoliberal no Brasil se deve ao fato desta identificar em Dilma não uma mera continuidade, mas um aprofundamento da visão nacional-desenvolvimentista em seu governo em relação ao governo Lula. A acirrada querela em torno dos destinos da Petrobrás, empresa símbolo das conquistas que o nacional-desenvolvimentismo de inspiração cepalina trouxe para o Brasil, assim como em torno dos destinos dos financiamentos do BNDES, que não podemos esquecer teve como seu formulador e primeiro Presidente Celso Furtado, torna claro que o que está em jogo nestas eleições não é a religiosidade ou não da Dilma, sua sexualidade, sua experiência administrativa ou seus “valores”, são de “outros valores de que se trata” (como a Marina e seus seguidores verdes, pelo menos os sinceros, foram cair numa armadilha dessas, como podem manchar uma trajetória de vida e política de anos se colocando a serviço de forças e interesses que parecem desconhecer, tudo por causa de quinze minutos de fama na Rede Globo, que a teria triturado com os mesmos argumentos vis e baixos com que faz com Dilma se ela efetivamente tivesse viabilidade eleitoral).

Pecado mortal de Furtado e de Lula, ambos olharam para o Nordeste, ambos são filhos deste rincão enjeitado do país, onde medra uma das piores elites políticas desta terra, ambos não abriram os olhos no planalto paulista, onde luminares como Otavinho Frias e a família Mesquita distribuem a agenda para o país, em consonância com um partido que nunca lançou uma candidatura que não seja paulista, deixando claro a falta de visão de Brasil que os assaltam, como assaltava à Teoria da Dependência. Formulador da SUDENE e seu primeiro superintendente, Furtado sempre apostou no Estado como indutor de uma política de industrialização capaz produzir o desenvolvimento apesar da dependência externa.

Sabemos que desde que FHC aderiu às teses neoliberais, pois estas já estavam em germe em seu pensamento, como deixaremos claro a seguir, a crítica a esta centralidade do Estado, de seu papel como indutor de políticas cambiais, fiscais, de investimento, de distribuição de renda, de combate às desigualdades regionais e sociais, que alavancassem um desenvolvimento endógeno do capitalismo brasileiro, será a pedra de toque do discurso econômico do PSDB, por isso mesmo se aliando a um partido de extrema direita, o antigo PFL, agora DEM, com vagas formulações liberais, um baluarte na luta pelos interesses dos grandes grupos privados nacionais e internacionais em detrimento dos interesses nacionais.

Desmontar o Estado, desmontar as empresas duramente criadas e conquistadas à duras penas com a acumulação de capital realizada pelas políticas nacional-desenvolvimentistas passou a ser a obsessão dos governos do PSDB, tendo em Serra um dos maiores entusiastas, a abrir seu sorriso cheio de gengiva sempre que batia um martelo e entregava o produto de anos de suor dos trabalhadores brasileiros para os capitais nacionais e internacionais, muitos de duvidosas origens, outros sendo agraciados com ajudas vultosas do BNDES para comprarem com dinheiro público e privatizarem o que era público.

Tanto a Teoria da Dependência, quanto a Teoria do Desenvolvimento, elaborada pelos cepalinos, revista e aperfeiçoada por Furtado, concordavam em superar a visão apenas sistêmica e baseada no equilíbrio de fatores da economia neoclássica. Ambos por vias distintas, vão aliar as reflexões econômicas com reflexões sobre as estruturas e relações sociais no país e o papel da política e do Estado na gestão da economia. Podemos dizer que ambas refletem o impacto que representou o pensamento keinesiano para o campo econômico, e sua capacidade de formular as políticas públicas que retiraram os EUA e o restante do mundo da crise sistêmica de 1929.

Só que ambas divergem num ponto fulcral, notadamente na versão weberiana encarnada pela obra de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto: ambas concordam que o subdesenvolvimento é produto do próprio desenvolvimento do capitalismo, que se dá desigualmente gerando um centro e uma periferia do sistema, que tende a reproduzir subordinadamente a dinâmica que é dada pelas economias centrais e seus modelos. Ambas concordam na possibilidade de haver desenvolvimento mesmo na periferia, de haver desenvolvimento apesar da dependência e da subordinação, mas divergem frontalmente de como isto seria possível.

Nesta divergência estão as raízes das divergências entre as políticas não só econômicas, mas sociais, de relações internacionais, de alianças políticas, de formulação de políticas públicas que estão representadas nas candidaturas Serra e Dilma. Na Tese de Doutorado que defendeu nos EUA, Serra teria criticado a política econômica do governo Allende do qual participara, com Allende já morto e deposto pelo golpe de Estado apoiado pelo governo americano (Serra parece adorar criticar os governos de que participa, pois quem conhece a peça sabe de sua megalomania e de sua vaidade infinita, além de que, aqui, amigos, merece uma parada para reflexão: como é que alguém que serviu ao governo Allende vai parar nos EUA e é recebido pelo governo que patrocinou o golpe no Chile, terá sido para Serra escrever o que escreveu?).

A crítica se centra não apenas no combate ao pensamento cepalino, esposado ainda por setores presentes no governo chileno, como no combate a Teoria da Dependência em sua versão marxista, que não acreditava ser possível haver desenvolvimento nos países periféricos sem a derrubada revolucionária do capitalismo. Talvez a mistura explosiva do reformismo cepalino com o revolucionarismo daqueles que pensavam diferente de FHC, que sempre descartou a necessidade de uma revolução socialista para que o desenvolvimento se fizesse na periferia do sistema, tenha levado ao desastre da política econômica de Allende atacada na Tese do aspirante a Presidente da República pelo PSDB. Talvez assim possamos entender porque Lula e sua política econômica já foi chamada por grandes luminares da imprensa e da vida parlamentar de bolchevista e até de albanesa (seriam ilários, se não fossem tão primários).

A diferença matricial entre as duas posturas gira em torno da possibilidade de um desenvolvimento capitalista, porque é disso que se trata, não de revolução ou bolchevismo, feito na periferia, colocando como centro do processo a aliança estratégica entre empresariado nacional, Estado e classes trabalhadoras por um lado e os setores externos por outro, aquilo que FHC andou chamando de mexicanização, venezualização, retorno do peronismo (como usa bem e precisamente as categorias nosso sociólogo).

Para as formulações cepalinas lá dos anos cinqüenta, com seu nacionalismo típico da época, as forças externas eram encaradas como obstáculo ao desenvolvimento do país, assim como as forças internas a eles aliadas como os setores agrário-exportadores. Mesmo reformulando mais tarde estas ideias, Furtado mantém a opinião que o processo de desenvolvimento, em países como o Brasil, deve ter como motor as forças econômicas, sociais e políticas nacionais, que saibam inserir o país na economia global, mas tendo seus interesses estratégicos sempre à frente e bem definidos.

Para ele, o Brasil tinha um enorme potencial de crescimento endogenamente gerado por seus amplos recursos naturais, por já ter internalizado e desenvolvido o processo de industrialização, devendo ampliar bases técnicas, tecnológicas e educacionais próprias, o país já possuía a enorme potencialidade de um grande mercado consumidor de massas, bastando para isto que fossem prioritárias em qualquer política econômica a ênfase em mecanismos distributivos de renda e de redução das desigualdades regionais.

O governo Lula e o sucesso reconhecido mundialmente, até pelos órgãos de imprensa econômica mais conservadores, de sua política econômica, aliada a políticas sociais de distribuição de renda, como o Bolsa Família e a política de valorização do salário mínimo, provou que as teses de Furtado estavam certas. Foi por ter criado um mercado de consumo de massas no Brasil, com a ascensão de parcela significativa da população para as classes médias e a retirada de outras tantas da linha da pobreza absoluta que o Brasil pode enfrentar e vencer rapidamente, com suas próprias forças, a grave crise que vivem os países centrais do capitalismo.

A Teoria da Dependência de FHC nunca acreditou na possibilidade de se fazer o desenvolvimento sem que a direção do processo se desse nos próprios países centrais do sistema. Avaliando como sociólogo a mentalidade empresarial brasileira, FHC sempre foi pessimista em relação a esperar das forças nacionais o nosso necessário desenvolvimento.

Daí por ser um crítico de primeira hora das ideias cepalinas que vêem o elemento externo como obstáculo ao desenvolvimento nacional, que dá imediatamente enorme audiência ao seu discurso no mundo e, por incrível que pareça, entre nossa elite empresarial que parece ter aceitado com gosto e alegria o lugar menor e subalterno que o pensamento da dependência lhes reservava, talvez porque sempre no fundo se sintam não pertencentes ao país, mas estrangeiros em sua própria terra.

Estas formulações da Teoria da Dependência mal disfarçam que requentam teses já bastante gastas entre nossas elites letradas da incapacidade de nosso povo para a civilização, para o progresso, para o trabalho livre, para o desenvolvimento. Nas formulações pessedebistas há clara desconfiança em relação ao nosso povo.

Esta é uma diferença crucial entre Dilma e Serra; Dilma acredita que nosso povo, se estimulado, se receber crédito, se receber salário, se lhe forem dadas condições educacionais e de renda, tem condições de construir um país soberano, capaz de traçar suas próprias estratégias, sem que para isso tenha que se fechar ao mundo, mas tendo uma visão alargada do próprio mundo, não vendo nele apenas o Norte, mas enfatizando a diversificação dos mercados e das relações políticas, diplomáticas e culturais, enfatizando as relações Sul-Sul, tornando o Brasil um país capaz de ajudar a impulsionar o desenvolvimento dos seus vizinhos e países assemelhados ou em níveis piores de pobreza e desenvolvimento humano. Mas se muitos luminares do PSDB não querem que se seja solidário nem no interior da nação, como mostram as políticas predatórias, a guerra fiscal movida covardemente pelo Estado mais rico da nação contra os menores Estados, e a implicância histórica serrista com a Zona Franca de Manaus.

Foi a Teoria da Dependência que inspirou já o primeiro programa econômico apresentado por um candidato tucano a concorrer à Presidência da República. O “choque de capitalismo”, prometido por Mário Covas em 1989, foi finalmente realizado por Fernando Collor e continuado nas duas gestões de FHC e se mostrou efetivamente chocante para a sociedade brasileira. A ideia de que seria expondo os setores da economia brasileira à concorrência externa, abrindo a economia para os fluxos de capital internacionais, privatizando os setores estratégicos dominados pelo Estado e os entregando a moderna gestão empresarial internacional, que se faria o país desenvolver-se, se modernizar, palavra mágica para a Teoria da Dependência henriquiana, se torna o centro das políticas econômicas do PSDB. A concorrência externa também afetaria as relações de trabalho e emprego, as modernizaria, levando a ruína à estrutura burocrático-estatal montada pelo nacional-desenvolvimentismo.

Acompanhada de políticas austeras de gastos públicos, com a redução do Estado, com a modernização e desburocratização da máquina pública, aliada ao combate à inflação, teríamos garantido o desenvolvimento sustentável, aquele que, como vimos, só dava para sustentar os privilegiados de sempre e aos novos que chegaram como um enxame de vespas no lastro do processo de privatização. Ao final, o brilhante resultado desta política, que dizem que Lula apenas continuou, pinçando aspectos menores da política econômica anterior (política de metas de inflação, de superávit primário, de contingenciamento de recursos do orçamento, política de câmbio flutuante, que se esquecem os serristas que só foi adotada depois do desastre provocado pela política de câmbio fixo e Real supervalorizado do pucboy Gustavo Franco, política que empobreceu grande parte do país, mas gerou superlucros nos setores exportadores, principalmente agroexportadores que são eternas viúvas de FHC, como mostra mais uma vez as vitórias serristas em Estados como MT, MS, PR, SC e SP, que se dane a maioria, se a minoria de sempre lucra e muito, está ótimo) que foram mantidos mas subordinados a uma lógica macroeconômica diversa: o país quebrou três vezes, a cada crise econômica em um país lá fora, pois sua economia foi atrelada e completamente exposta às vagas do capital financeiro internacional, fazendo o país acumular uma criminosa dívida em moeda estrangeira, dívida que o governo Lula tratou de reconvertê-la em moeda nacional, garantindo maior soberania sobre as contas internacionais; a quebradeira de setores inteiros da indústria nacional, com o desemprego e a falta de esperança sendo tônica de todo o período, (se reconhecemos que outros setores se dinamizaram como o de telefonia com a privatização, o de energia resultou no apagão histórico de FHC, pois o Estado deixou de investir), o arrocho salarial entre o funcionalismo público, a terceirização e precarização dos serviços se ampliaram, piorando a vida dos mais necessitados do Estado; para os das classes médias que não precisam dos serviços públicos ficou o deslumbramento das novas marcas estrangeiras nas vitrines e dos novos modelos de carros importados e celulares, agora todos se sentiam globais, viviam em Miami, a festa para poucos era geral.

As estradas viraram só buracos, com a exceção daquelas privatizadas, como as do Estado de São Paulo, entregues a grupos privados em troca do melhor preço no ato da concessão e não do menor pedágio, tal como feito no governo Lula, estratégia pensada por Dilma – basta comparar os preços dos pedágios do PSDB e do PT e se notará o jeito diferente de governar, pois se governa para outros grupos sociais, não é para as classes médias apenas, mas principalmente para incluir os mais pobres.

As estradas de ferro sucateadas, a indústria naval e a indústria bélica desmontada, a aeroespacial privatizada. Os brasileiros mais pobres começam a se submeter a migrarem até para o Japão em busca dos empregos que a Petrobrás gerava lá ou na Austrália. Amparada em ampla campanha midiática, que buscava desmoralizar a grande empresa estatal brasileira, o esvaziamento econômico e técnico da Petrobrás preparando para privatizá-la, levou ao trágico acidente do afundamento da Plataforma P-36 (o mesmo governo que não fora capaz de fazer a avançada tecnologia de uma caravela navegar, coisa que os portugueses, tidos em tão baixa conta, já o havia feito desde o século XIV, afundavam uma plataforma e com ela pretendiam afundar a Petrobrás) tal como ocorre agora com os Correios, que sofre inegável campanha de desmoralização, na esperança de que seja a primeira jóia da coroa que Serra, uma vez eleito, leiloará para que assim como na privatização da telefonia se candidatem a OESP, a Globopar, a Folha da Manhã, o Grupo Abril, que tantos esforços fazem em eleger seu candidato do coração e do bolso.

Para concluir, pois já me estendi além da conta, para que vocês meditem bem sobre o passo que darão ao entregar o país a um homem como José Serra, que a mídia que ele financia com dinheiro da educação, enquanto trata os professores de São Paulo a cacetetes e bombas de gás lacrimogêneo, diz ser o mais competente e preparado, convido vocês a ir ao Youtube e assistir um vídeo de uma entrevista dada por Serra ano passado, quando do auge da crise econômica, ao jornalista serrista e de conhecida história de adesão à extrema direita Boris Casoy, onde Serra aparece indisfarçadamente eufórico, com a possibilidade que a crise viesse acabar com a popularidade do governo Lula e facilitar as coisas para ele este ano. Para que sua vontade pessoal de ser Presidente se efetive, como bem diz Ciro Gomes, Serra pisa até no pescoço da mãe, e é capaz de torcer contra o país, que a população venha sofrer este não é um problema para ele, postura que parece ser de muitos de vocês companheiros que resolveram votar em Serra, desde que suas razões particulares justifiquem um voto que pode significar o retorno à miséria de amplos setores da sociedade brasileira, mas vocês têm este direito, votem e depois durmam o sono dos justos.

Mas esta entrevista explicita o desastre que teria sido se ao invés de Lula, de Mantega, das formulações furtadianas que eles representam, fosse o ninho tucano e sua teoria da dependência (dependência ao Norte, diria o pândego e arguto Paulo Henrique Amorim) que estivessem no poder. Serra, do alto de sua sabida arrogância e prepotência, tratou logo de desqualificar todas as medidas tomadas pelo governo Lula, com o riso cúmplice e hiênico do Casoy que arrematou que Lula estava fazendo diferente do que todo mundo estava fazendo nos países centrais do capitalismo (que petulância, como pode discordar do centro), ridicularizaram a fala do Presidente de que aqui a crise seria uma marolinha, e seria sim pois os fundamentos da economia brasileira eram outros bem diferentes da era FHC: tínhamos acumulado grande quantidade de reservas internacionais, ao contrário de perdê-las como com FHC, havíamos nos livrado do monitoramento e das restrições impostas pelos acordos com os organismos internacionais, havíamos pago a dívida com o FMI e Clube de Paris e Lula e Mantega não precisavam mais chamar a Brasília a senhora da mala do FMI a cada vez que se precisava tomar uma decisão em matéria de política econômica, industrial, cambial, financeira, salarial, etc, ou seja, Teoria da Dependência gera o que a nomeia, não duvidem.

Serra pomposo dizia: como reduzir impostos agora que todos os Estados querem preservar seu poder de investimento, como aumentar salários agora que eles tenderão a cair, como ampliar investimento no momento em que a arrecadação vai declinar. O sábio, o preparado Serra fez em São Paulo, o que faria no Brasil, aumentou impostos em plena crise, arrochou como sempre os salários (pergunte a um delegado de polícia de São Paulo o que ele acha do salário dele e porque o PCC só cresce), suspendeu investimentos, privatizou a Nossa Caixa, única empresa estatal que restava, rapidamente adquirida pelo governo federal através do Banco do Brasil, que saiu assim fortalecido da crise.

Quando viu o sucesso da política de Lula que, acima de tudo, conta com aquilo que Serra não tem e nunca vai ter: carisma e popularidade, indo a televisão convocar todos a continuar consumindo, explicando como só ele sabe fazer para a população porque era preciso manter o ciclo virtuoso da economia e não se deixar contaminar pelas nuvens negras profetizadas pelos urubólogos e urubólogas serristas de plantão na mídia e pelos próprios partidos da oposição, correu para copiar algumas medidas tomadas pela equipe econômica que ele havia chamada de inepta, que não tinha a brilhante trajetória de gestor econômico que ele tem.

Façam isso, por favor, assistam a este vídeo, e se ainda assim quiserem entregar o Brasil a Serra, que o façam, mas minha consciência estará tranqüila, tentei fazer um esforço em alertá-los. Eu e o Brasil esperam que mudem de opinião e ele não vença, se mesmo assim ele vencer vou torcer para que eu não venha a me divertir tanto quando encontrá-los, quanto me diverti meses após a posse de Collor, vendo os meus colegas coloridos que haviam votado no caçador de marajás e não no sapo barbudo com medo de perderem suas poupanças, reduzidos a CR$ 50,00 em suas contas. Assim como Collor, Serra sempre faz o que diz que não vai fazer, tenham cuidado. Abraço carinhoso a todos e um feliz e refletido voto para vocês e para o Brasil.
Fonte: http://www.viomundo.com.br/politica/durval-muniz-um-convite-a-reflexao.html

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tantos poderes...tantos! - Duo: Hilde e Enise




Tantos poderes...tantos! - Duo: Hilde e Enise


Na fogueira das vaidades
O que arde são as imperfeições
O que impera é a iniquidade
No fogo raso das razões...

Onde a sutil delicadeza...
Fugiu pra dentro dos porões
E a essência da vil beleza
Pegou carona nos vagões...

Na fogueira das vaidades
Sobram rasteiras e peixeiras
No cardápio são servidas baboseiras
Que mutila os versos das canções...

Os tantos poderes tantos... Desgastam e Cansam
Mergulhados na fadiga dos enquantos
No duelo entre as intrigas inimigas
Que implicam com as ilusões...

Um poder que não respeita os poetas
Os amantes sem etiquetas
Cultua a inveja e o ciúme sem silhueta
Na base dos ardis e dos queixumes

Aborta do ventre a simplicidade
Dissemina o luar com a maldade
Maltrata com mentiras e inverdades
Todos os caminhos da justa felicidade

A pureza multiplicada é castrada
Cambaleia pela estrada em agonia
A natureza não derrama o amor em rebeldia
Como fosse sua hora de dourar

Ao ódio só sobrou verter seu drama
Pouco importa se ele cresce ou inflama
E pelas lágrimas sem dono aqui sofridas
Do poeta sensível ao abandono

Só restou romper passível como abono... A porta da despedida!


Duo: Enise e Hilde
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdetristeza/2543032
Veja o poema em vídeo:
Tantos poderes...tantos! - Duo: Hilde e Enise
http://www.youtube.com/watch?v=rC1ptLv4jhQ
Não é só na política que as inverdades, invejas e ciúmes poluem nosso ambiente, mas também na literatura, no convívio poético onde as vaidades afloram e se levantam falsas amizades com suas garras tenebrosas. É preciso estar atento com essa práxis odiosa e não se deixar levar por ela. Enise uma amiga querida de todas as horas soube bem escrever comigo e dar esse valioso recado neste vídeo reflexivo e imperdível. Hilde

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

FASCINANTE OLHAR! - Duo: Lufague e Hilde




FASCINANTE OLHAR! - Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=VKQOt7f4KSc

Vi o aveludado tempo vestido de cetim
Senti a carícia das horas como festim
Vi o fogo cobrindo a água de paixão
Senti a ternura envolvida em tua mão

Vi a razão enamorada da emoção
Senti a explosão sutil em comunhão
Vi o inseto trajado de verde esperança, a louvar Deus
Senti o trajeto completo do amor até se dar o adeus

Vi o pote de ouro em amarelo atômico, na ponta do arco Iris
Senti o teu corpo matando minha sede como a de um chafariz
Vi a mulher gerar esperança em seu ventre de luz
Senti a doçura da criança que sabe rir e a tudo seduz

Vi uma revoada de alvos pombos em sincronia em plena madrugada
Senti o bater das asas desbravando os ares a trazer a paz na chegada
Vi a doce flauta, em harmonia com a vibração dos lábios ecoando melodia
Senti a tua música a arrepiar-me a pele como a chamar à fina sintonia

Vi o chilrear das andorinhas em busca do frescor do inverno.
Senti a festa do encontro dessas almas em esplendor interno
Vi o clarear cintilante dos raios de sol, abraçando a solidão
Senti a penumbra iluminada invadindo as frestas do coração

Vi o canto do silêncio, aconchegando a calma do sossego
Senti todos os sons e tons maviosos a invadir o meu abrigo
Vi em ritmos frenéticos os rosados flamingos, em dança p’ra amar
Senti o balé dos cisnes na ponta dos teus pés a flutuar e encantar

Vi a lua de abril prateada iluminando as promessas de amor
Senti se postar no mar do horizonte a estrada desse luar
Vi a lua de queijo dando-se em oferta num beijo
Senti na rua a beleza tão pura dos teus desejos

Vi o fim do horror, pondo fim ao horror sem fim
Senti o dissipar dessa dor, ao se aproximar de mim
Vi o beija flor a beijar a borboleta, no orvalho da manhã
Senti a metamorfose da lagarta construindo o amanhã

Vi o rio e o mar no encanto do acasalamento em procriação
Senti o nado sincronizado dos peixes a pulsar essa criação
Vi o paraíso brotar em matizes de cores meu jardim de emoção
Senti cada improviso no aviso esboçado destes versos em oração

Vi pingentes coloridos da chuva, caindo sobre mim
Senti pelo olhar um espectro luminoso sem fim
Vi a ilusão oferecer-se dissimulada em taça de vinho
Senti em meus sonhos estas palavras de eterno carinho

Vi a realidade embriagar-se nessa taça de ilusão
Senti que sem ti vivo ébrio e só coberto de desilusão.

Duo: Lufague e Hilde
Nota: Veja o poema em vídeo:
FASCINANTE OLHAR! - Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=VKQOt7f4KSc

Vi a plenitude da beleza poética de Lufague
Senti a vibração do violino na composição mágica
Vi a arte mais linda desfilando na passarela
Senti que o amor é possível neste vídeo incrível
Vi seis mãos e três corações em comunhão
Vi e senti a verdadeira poesia... Hilde

terça-feira, 5 de outubro de 2010

LÁBIOS de MEL - Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes



LÁBIOS de MEL - Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=jawH8k5BT9I

Virgem, teus doces lábios quero beijar
Permita-me encostar e roçar os meus
E afagar os teus cabelos cor graúna
Retirar dali o valioso néctar e o sugar

Sou beija-flor em busca de teu mel
Tuas pegadas seguirão nas dunas
Flutuo meu vôo célere em teu céu
Farejo áridos caminhos com a nau

Eu seguirei...

Cantando o amor qual cotovia
Dissipando as tristezas com alegria
Meus braços a esperar o teu abraço
No enlace que alivia os meus cansaços

Continuarei a te buscar...

E no melhor instante à luz do dia
Nas águas desse mar bravio
Suportarei as dores e os desvarios
Encontrarei a ostra e o que há nela

Trarei a ti a pérola mais bela
E farei dela um belo colar
Pra te ofertar!
Que vai reluzir à luz do luar

E nessa noite irei cantar...

Iluminado eu serei
Oh, doce musa
Contemplo a tua força
Que fecundas em doçuras

Contigo não sinto amarguras

Teu corpo é vereda
De meu sobreviver...
Nele e por ele farei o amor crescer
Transbordando meu ser até morrer!

Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/2499759

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Triângulo amoroso gostoso - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes



Triângulo amoroso gostoso - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=rxuCuUMWOx0

Se diamante mesmo bruto é valioso
E o gênio da mademoiselle temperado
Nem precisa de um tira-gosto
Prepare-se que vem chumbo grosso

Imagine a TPM à teu gosto
Se console com o após do teu agrado
Não há vivente que te agüente
Quando ela chega desequilibrada

Se o dar de ombros é desgosto
Faniquito, artimanha ou desgrado
Tome lá um enorme cuidado
Ou disfarça e mande um preposto

Pensa cavalheiro, no teu rosto
Úmido, trêmulo, enamorado
Tímido e por ela tão apaixonado
Irá sofrer horrores dolorosos

Mademoiselle santa é odioso
Reza o terço, não tem pecado
Faz novena às dezenas e centenas
Mas a alma ali está condenada

Não deseja a vida a seu posto
Só diz sim ao seu amado
É mulher desmiolada...
Ele aprecia a difícil por ofício

Se cavalheiro é mesmo tosco
E não enfrenta vil badalo
É selvagem até o talo
Um dia apreende a correr risco

O bem querer é frágil e fosco
E não vale o arregalo
Mas se beber no gargalo...
E cheirar bem o seu pescoço

Terá a sobremesa e o almoço.

Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiassurrealistas/2528859

Mulher é mesmo uma sofredora e paga todo mês um alto imposto. De um ‘desgoverno’ que pela TPM lhe tira em quatro dias, cada gota de seu sangue. Portanto, todo o cuidado é pouco. Trate-a com redobrado carinho e leve-lhe flores com mil cheirinhos no pescoço se é que você é bom moço e quer na mesa, na cama, sua sobremesa e o almoço. Caso contrário... Prepare-se que virá chumbo grosso que vai doer com gosto na veia e no osso (Risos).
Triângulo amoroso gostoso - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=rxuCuUMWOx0
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/triangulo-amoroso-gostoso-duo

AMOR X PAIXÃO - Duo: Gil Façanha e Hildebrando Menezes




AMOR X PAIXÃO - Duo: Gil Façanha e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=bLqhrekTKbs



Amor: Quem és tu, que se atreve a me desafiar, sem saber onde vou parar se insistires em me derrotar?

- Queres por acaso jogar-me a um precipício com teus incontroláveis impulsos? Sou madeira de lei e não me presto às aventuras insanas que tu proclamas.

Paixão: Eu sou o princípio do teu começo, ou o fim do que podes ser. Depende de tuas raízes, ou do que fazem de você.

- Possuo a têmpera do heroísmo e a coragem do soldado valente. Sou àquele que constrói a arte e que empresta a chama aos dementes e carentes.

Amor: Como ousas vir com todo esse calor, deturpando o significado do amor, levando ao coração a dor?

- Não me retire a razão a empurrar-me na contramão. Sou obediente aos meus princípios e não me atrai os teus malefícios.

Paixão: Não cheguei com essa intenção. Sofrer, não está em minhas mãos. Vim apenas oferecer o sabor que tem a paixão.

- Sou mesmo perigoso e admiro o jogo que dá o sabor, a pimenta e o tempero. Sem mim és insosso, inodoro e preguiçoso.

Amor: Vá ao encontro de quem está só, do meu coração tenha dó... Ou esse amor pode virar pó.

- Preciso de sossego. Saboreio o silêncio como meu conselheiro. Não hás de me tirar do sério
com tuas promessas plenas de miscelâneas e de mistérios.

Paixão: Vim apenas pra te aquecer, esse coração nunca vai esquecer os prazeres que lhe pude conceder.

- Venha cá e me abrace. Aqueça-se no calor do meu corpo. Sou volúpia... Orgasmo! Gozo! Tua pele na minha é FOGO!

Amor: Se vieres pra ficar, desse cantinho eu partirei. O amor só governa uma alma, onde antes a paixão já foi rei.

- Não conseguirás me tentar porque tudo em mim é equilíbrio, vontade bem dosada e a paz é a minha morada.

Paixão: Não quero um embate, ou luta sentimental. Se por acaso você for o tal... Não se preocupe... Minha visita será banal.

- Mas te aviso e fique de sobreaviso... No furor dos meus encantos até o diabo vira santo...
Portanto se prepare pra ficar inquieta pelos cantos.

Amor: Uma grande paixão, nunca parte sem deixar marcas. O amor, por ti também já foi ferido. Quando carentes estão os corações, é em teus braços que eles encontram abrigo.

- Porém não me faça desdita com tua voz insinuante e teus encantos sedutores porque sou duro na queda e quando enganado viro uma fera.

Paixão: Então chegamos a uma conclusão! Se fores amor de corpo e alma, nenhuma paixão alcançará teu coração.

- Mas fique sempre alerta porque sou traiçoeiro e se me der brecha entrarei porta adentro e farei em ti a festa.

Amor: Mas se fores paixão de pele e fogo, daquelas que os amantes não conseguem esquecer... Ainda que eu seja o amor... Eles sempre lembrarão de você.

- E mesmo adoecido pela paixão bandida só me resta cicatrizar as feridas e dar-te a despedida da lida da vida.

Paixão: Então... Por amor partirei

- Mas regressarei ao teu chamado

Amor: E a força da paixão... Nunca esquecerei.

- E a ternura e doçura do amor para sempre lembrarei.

Duo: Gil Façanha e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/2528040
AMOR X PAIXÃO - Duo: Gil Façanha e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=bLqhrekTKbs

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

FIOS DA VIDA - Duo: Lufague e Hilde



FIOS DA VIDA - Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=aVF8JRD-PJw

Sou uma verdadeira tecelã...
Crio a partir de fios de lã
Percebo a vida sob medida
Bordo com agulhas de aço
Como entrelace no espaço
Aprecio a costura dos traços

Cultuando instantes e sentimentos
Vou compondo minha teia
Busco a inspiração na veia
Em fios na coordenação
Trabalhados pela emoção
Ou talvez movida na inaptidão

De minha habilidade e equidade
Vou tecendo com cuidado à vida
Apesar de sofridas despedidas
Estou em permanente ornamentação
Ao entrecortar do fazer e refazer
Vou à busca da perfeição

Assim sou tecelã em ação
A entreter-me em fios...
Fios dourados e brilhantes
Por vezes até dissonantes
Em fios que se enrolam...
Por atos, fatos e contatos

Formando nós cegos doídos
Que só a custo se desatam
Tranço a vida também em cipós
Emaranhados pêndulos e lotes
Que se tornam chicotes
De açoites aos boicotes

Tal os fios de estopa
Nessa serventia cavalgo
Lavo todos os sentimentos
Sou quem constrói a sua história
Lapidando os meus movimentos
Desses que tecem as intrigas

Objeto de tantas fadigas
Das covardes disputas
Extirpo fios desencapados
Para não ser eletrocutada
E assim me limpo das culpas
Vou tramando meus fios em teias

De mera fortuna e infortúnios
Feito à teia de Penélope
Ao recomeçar indefinidamente
Talho os atalhos da mente
Até me deparar ao acaso
Em filete de lâmina a cortar...

A trama de minha teia.

Duo: Lufague e Hilde
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2526591
FIOS DA VIDA - Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=aVF8JRD-PJw

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Balancê do amor... Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes



Balancê do amor... Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=8RcXkbDFQJQ

Na lida da vida este atributo
Pensamento que o homem leu
E depois o sonhador escreveu
No desejo de macho que apeia
Sobrancelhas lampeja e arqueia

A menina que gira e sobeja

Neste gozo fogoso
Os olhos que secam
Sua alma sapeca
Deixam no sorriso
Da menina com gosto de céu

Passeio de mil olhos ao léu

O corpo bonito
Que se avoluma no olhar...
Êxtase da beleza a se admirar
Transborda num mastro...
E diz: Quero mais do que mel

Não rendas, nem sedas, nem véus

Para o homem apenas uma resposta
Embriagar-se daquela bela silhueta
De um corpo que balança as cadeiras
Acendem-se nas veias as centelhas
A pureza sutil d’arte da dança

Que lhe mostra a fogosa cabrocha

No templo dos que se apetecem com o olhar...
É a oração mais bela da mulher no altar
E nesse divino requebrar maneiro...
Tudo de repente fica em festa
No ar a música testemunha e se manifesta

Faz do samba um bom motivo

Pra lua fazer seu ninho...
No terreiro da roda que não pode acuar
O mais belo momento pleno de carinhos
Sua indiferença segue o caminho
Até o cabra amansar devagarinho...

E já possuído! Deixar do seu ninho

Para em sua pele bulir
Fascinado e seduzido
Do começo ao fim
E assim
No atributo que Deus lhe deu...

Finaliza a função

Ele ébrio de emoção
Sossega o leão
Rendido à paixão...
De outras vidas a entoar
Está finalmente convencido

De que valeu a pena... AMAR!

Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes
Referências: http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/inicio-e-fim

http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/replique-as-bundas?xg_source=activity
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdealegria/2523989
Balancê do amor... Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=8RcXkbDFQJQ

terça-feira, 28 de setembro de 2010

EPOPÉIA DAS BUNDAS!- Hildebrando Menezes



EPOPÉIA DAS BUNDAS!- Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=yq6Qbd2BWUI


Lá vem aquela bunda toda faceira
Realça nas calças brejeira
Rebola pra cá, rebola pra lá
Quanta abundância a se admirar

Tudo vira, pira, transpira
Pela ira bandida e lida da vida
Da menina que gira e abunda
Com aquela forma tão linda...

Dá até vontade de declamar
O verbo abundar
É pra rir e não chorar
Porque toda bunda que abunda, quer encantar

Para o gozo fogoso dos olhos
Que brilham disfarçados... Encantados!
Meio trôpegos em soslaios tarados
Hipnotizados diante de tanta proeza

Deixa um rastro de desejo onde passa
Flutua e desperta paixões em massa
Atrai atenção dos lobos famintos
Como se fosse o melhor alimento

A mulher que fascina e eletriza
Até as ondas do mar beijam seus pés
E o vento assopra a suave brisa
Que acaricia e roça em sua pele

Há bundas que são oriundas
Formosas, esculturais, espaçosas
Que sabem ser poderosas
Ao balançar toda bunda que abunda

Quanta beleza se espalha no ar
Logo, logo o beija-flor sobrevoa
Ali no canteiro uma flor desabrocha
Acompanha o encanto de uma cabrocha

No ritmo compassado do seu balancê
Coisa mais linda de se ver
Causa frenesi quando dá um rolê
Toda bunda que abunda se faz aparecer

Daqui a pouco a lua estará posta
E ela não me dá nenhuma bola
Não liga pra mim e nem me olha
Sabe que é dona dessa parada

Aquela que desperta o que interessa
Aumenta o prazer de quem a curte
No circuito de um minuto
Explosão deliciosa e bem bonita

Toda cachola então se inflama
Sonhos em delírio ao tê-la na cama
O fogo quando em chamas se acende
Volúpias e desejos transcendem

E no carnaval, na nudez dos corpos ela surge
Imponente qual um soldado valente
Assim majestosa de repente
E se insinua tal qual uma serpente

Ah! Menina por que ages assim?
Por que judias tanto de mim?
Com esses seus requebrados
Eu é que fico aqui todo quebrado

Isso é o início do meu fim!
Diz que homem ou mulher proclamam
Não negam que boa bunda eles amam
Sentem o coração disparar quando ela se vai
Ou se esvai pelas esquinas e brumas

Hoje, a bunda que abunda é mercadoria em alta!
E se estivesse na bolsa de valores... Ofertada
As ações estariam todas multiplicadas
Então uma salva de palmas às bundas!

Este é o meu início e meu fim!

Hildebrando Menezes


Salada Mista - Hildebrando Menezes
com:
Início e Fim!
Nota: Dedicado ao especialista Jorge Cortás Sader Filho
DIVINAS BUNDAS! Dueto: Malu Monte e Hildebrando Menezes