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sábado, 11 de dezembro de 2010

ATA... DESATA - Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos



ATA... DESATA

Atar é ligar...
Meus sonhos aos seus
Viver bem intenso
Buscar o consenso

É isso que eu penso...

Ao amar com força
Rompendo as alças
Desatar e soltar
As suas amarras...

Sem as suas garras!

Voar leve e livre...
Plainando as asas
Ser e deixar ser
Absoluto e incauto

Somos todos frutos
Nascidos das brasas
Momentos dissolutos
Que os corpos abrasam

Deste vai-e-vem
Saber bem, convém!
Está aquém do amor
Desata a dor que se tem...

Ao sentir-se completo
É arrebatador
Esquecendo-se a dor
E até o intelecto

Atar é corrente...
Os elos da mente
Desatar é liberar
Desobstruir o fluxo
Receber o amplexo

Renunciar ao ato
Refletir o passo
De certa forma...
Tudo é desfeito assim

Em você e me mim

Atos atados e desatos
Amores e desamores
Nascer e morrer
Começo e final

Esqueço de mim

Alvorecer e ocaso
Ação e inércia
Ser e não ser
Tudo sendo nada

E volta a ser tudo
Ao apostar na emoção
Pois o que nos resta é o amor
Ao encarnar o sentimento...

E deixar-se enredar pelo coração

Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
ATA... DESATA - Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos
http://www.youtube.com/watch?v=WSDPz-x_G1I

De quantos atos e desatos somos feitos? Para tanto é preciso atar e desatar. Nem sempre o sabemos, queremos, podemos e o fazemos. Aqui no poema até quisemos, mas será que o conseguimos? Enise soube fazê-lo na leitura correta e o atou neste singelo vídeo de beleza reflexiva redescoberta ontem em declamação pela Rádio Sol e na edição de hoje pelas suas mãos mágico-poéticas. Esperamos que gostem e desatem em atos generosos enviando aos seus amigos atarem por laços afetivos ao coração... Hilde

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