quinta-feira, 30 de setembro de 2010
FIOS DA VIDA - Duo: Lufague e Hilde
FIOS DA VIDA - Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=aVF8JRD-PJw
Sou uma verdadeira tecelã...
Crio a partir de fios de lã
Percebo a vida sob medida
Bordo com agulhas de aço
Como entrelace no espaço
Aprecio a costura dos traços
Cultuando instantes e sentimentos
Vou compondo minha teia
Busco a inspiração na veia
Em fios na coordenação
Trabalhados pela emoção
Ou talvez movida na inaptidão
De minha habilidade e equidade
Vou tecendo com cuidado à vida
Apesar de sofridas despedidas
Estou em permanente ornamentação
Ao entrecortar do fazer e refazer
Vou à busca da perfeição
Assim sou tecelã em ação
A entreter-me em fios...
Fios dourados e brilhantes
Por vezes até dissonantes
Em fios que se enrolam...
Por atos, fatos e contatos
Formando nós cegos doídos
Que só a custo se desatam
Tranço a vida também em cipós
Emaranhados pêndulos e lotes
Que se tornam chicotes
De açoites aos boicotes
Tal os fios de estopa
Nessa serventia cavalgo
Lavo todos os sentimentos
Sou quem constrói a sua história
Lapidando os meus movimentos
Desses que tecem as intrigas
Objeto de tantas fadigas
Das covardes disputas
Extirpo fios desencapados
Para não ser eletrocutada
E assim me limpo das culpas
Vou tramando meus fios em teias
De mera fortuna e infortúnios
Feito à teia de Penélope
Ao recomeçar indefinidamente
Talho os atalhos da mente
Até me deparar ao acaso
Em filete de lâmina a cortar...
A trama de minha teia.
Duo: Lufague e Hilde
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2526591
FIOS DA VIDA - Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=aVF8JRD-PJw
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Balancê do amor... Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes
Balancê do amor... Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=8RcXkbDFQJQ
Na lida da vida este atributo
Pensamento que o homem leu
E depois o sonhador escreveu
No desejo de macho que apeia
Sobrancelhas lampeja e arqueia
A menina que gira e sobeja
Neste gozo fogoso
Os olhos que secam
Sua alma sapeca
Deixam no sorriso
Da menina com gosto de céu
Passeio de mil olhos ao léu
O corpo bonito
Que se avoluma no olhar...
Êxtase da beleza a se admirar
Transborda num mastro...
E diz: Quero mais do que mel
Não rendas, nem sedas, nem véus
Para o homem apenas uma resposta
Embriagar-se daquela bela silhueta
De um corpo que balança as cadeiras
Acendem-se nas veias as centelhas
A pureza sutil d’arte da dança
Que lhe mostra a fogosa cabrocha
No templo dos que se apetecem com o olhar...
É a oração mais bela da mulher no altar
E nesse divino requebrar maneiro...
Tudo de repente fica em festa
No ar a música testemunha e se manifesta
Faz do samba um bom motivo
Pra lua fazer seu ninho...
No terreiro da roda que não pode acuar
O mais belo momento pleno de carinhos
Sua indiferença segue o caminho
Até o cabra amansar devagarinho...
E já possuído! Deixar do seu ninho
Para em sua pele bulir
Fascinado e seduzido
Do começo ao fim
E assim
No atributo que Deus lhe deu...
Finaliza a função
Ele ébrio de emoção
Sossega o leão
Rendido à paixão...
De outras vidas a entoar
Está finalmente convencido
De que valeu a pena... AMAR!
Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes
Referências: http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/inicio-e-fim
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/replique-as-bundas?xg_source=activity
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdealegria/2523989
Balancê do amor... Duo: Lia Helena Giannechini e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=8RcXkbDFQJQ
terça-feira, 28 de setembro de 2010
EPOPÉIA DAS BUNDAS!- Hildebrando Menezes
EPOPÉIA DAS BUNDAS!- Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=yq6Qbd2BWUI
Lá vem aquela bunda toda faceira
Realça nas calças brejeira
Rebola pra cá, rebola pra lá
Quanta abundância a se admirar
Tudo vira, pira, transpira
Pela ira bandida e lida da vida
Da menina que gira e abunda
Com aquela forma tão linda...
Dá até vontade de declamar
O verbo abundar
É pra rir e não chorar
Porque toda bunda que abunda, quer encantar
Para o gozo fogoso dos olhos
Que brilham disfarçados... Encantados!
Meio trôpegos em soslaios tarados
Hipnotizados diante de tanta proeza
Deixa um rastro de desejo onde passa
Flutua e desperta paixões em massa
Atrai atenção dos lobos famintos
Como se fosse o melhor alimento
A mulher que fascina e eletriza
Até as ondas do mar beijam seus pés
E o vento assopra a suave brisa
Que acaricia e roça em sua pele
Há bundas que são oriundas
Formosas, esculturais, espaçosas
Que sabem ser poderosas
Ao balançar toda bunda que abunda
Quanta beleza se espalha no ar
Logo, logo o beija-flor sobrevoa
Ali no canteiro uma flor desabrocha
Acompanha o encanto de uma cabrocha
No ritmo compassado do seu balancê
Coisa mais linda de se ver
Causa frenesi quando dá um rolê
Toda bunda que abunda se faz aparecer
Daqui a pouco a lua estará posta
E ela não me dá nenhuma bola
Não liga pra mim e nem me olha
Sabe que é dona dessa parada
Aquela que desperta o que interessa
Aumenta o prazer de quem a curte
No circuito de um minuto
Explosão deliciosa e bem bonita
Toda cachola então se inflama
Sonhos em delírio ao tê-la na cama
O fogo quando em chamas se acende
Volúpias e desejos transcendem
E no carnaval, na nudez dos corpos ela surge
Imponente qual um soldado valente
Assim majestosa de repente
E se insinua tal qual uma serpente
Ah! Menina por que ages assim?
Por que judias tanto de mim?
Com esses seus requebrados
Eu é que fico aqui todo quebrado
Isso é o início do meu fim!
Diz que homem ou mulher proclamam
Não negam que boa bunda eles amam
Sentem o coração disparar quando ela se vai
Ou se esvai pelas esquinas e brumas
Hoje, a bunda que abunda é mercadoria em alta!
E se estivesse na bolsa de valores... Ofertada
As ações estariam todas multiplicadas
Então uma salva de palmas às bundas!
Este é o meu início e meu fim!
Hildebrando Menezes
Salada Mista - Hildebrando Menezes
com:
Início e Fim!
Nota: Dedicado ao especialista Jorge Cortás Sader Filho
DIVINAS BUNDAS! Dueto: Malu Monte e Hildebrando Menezes
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Poetas em Festa - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
Poetas em Festa - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
Oh poeta do que és feito teu frenesim?
Arte barroca,
Lençol de cetim,
Jazz, fala rouca
Tônica com gim,
Sede de boca?
Oh poetisa dos versos inebriantes
De qual tecido te vestes?
Ao ler-te percebo talento inconteste
Quedo-me na alcova em prece...
Diante da beleza que paira no ar
Esse perfume de flor a desabrochar
E a tua imagem logo me enternece
Oh poeta o que fazes com teu frenesim?
Desnudas liricamente o fechecler
Exalas "bouquet" de jasmim
Copulas com a alma, e não com a mulher
Oh poetisa de onde vem esse teu charme
Tuas palavras tão belas com gosto de avelã
Cheiro a exalar... Ora orquídeas, ora hortelã
Nessa boca sedutora a arrepiar a epiderme
Oh poeta, parece que escreves pra mim
A rima deixa tua voz macia
A prosa é uma miscelânea de sim
Convertes desejos em utopia
Oh poetisa, por certo almejo o teu olhar
Tudo em ti me seduz no traço e faço graça
E se esboço alguma estrofe é pra te agradar
Ver o teu riso bonito estampado na praça
Oh poeta... E se por ventura eu for esta mulher
Oh Deus... E se acaso ... Eu for este poeta!?
Aí serei completo! Queijo, prato e talher
Abrirei portas, janelas para dar a grande festa.
Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
Referência: http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/frenesim-de-poeta
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/frenesim-de-poeta
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blogs/poetas-em-festa?commentId=6137767:Comment:10503&xg_source=msg_com_blogpost
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiassurrealistas/2504135
Veja o poema em vídeo
Poetas em Festa - Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=DcgYP03xDig
Aqui está uma prova incontestável do meu atrevimento ao dialogar em versos com um poema que já estava completo dessa notável, bonita, maravilhosa poetisa e mulher: Sheila Assis... Não resisti. Como deixar uma Lady dessas sem ‘me encostar’ e ousar ‘fazer a festa’. Confesso que fiz com o ‘botão na reta’... Mas fiz! E ao final senti que fui além da alma e agora ao ver em versos tão bem compostos em vídeo por Enise... Estou feliz! E você? Gostou? Então mande o teu verbo... Hilde
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Biografia!
Biografia!
Sou um homem além dos sonhos
Agarro-os, burilo e me componho
Não perdi meu jeito de menino
Sou de alma irrequieta, um bobo e bom traquina...
Penso, vislumbro, vôo no tempo e passeio nas nuvens
Rasgo os horizontes nas esquinas
Adoro um silêncio como ave de rapina
Navego por tantos sentimentos
Sou tesão neste movimento
Sou dono de vários defeitos...
Não sou um ser perfeito...
Mas retenho algumas 'qualidades'
Uma delas é não ter maldade
Deposito nas pessoas total confiança...
Sou assim desde criança
Ingênuo... Cultuo a simplicidade!
Ao descobrir ser enganado...
Viro fera enjaulada, selvagem e destemida
Mesmo experiente... Caio em tantas armadilhas...
Considero-me um narcisista que pouco se olha no espelho
Cultuo uma vida usando a sinceridade
Sou um eterno romântico e apaixonado
De um jeito irreverente... Despreocupado
Por certo quebrei a cara e saí machucado
Porque sou atrevido e impulsivo...
Às vezes sou ansioso e apressado...
Noutras reflexivo e comedido
E apesar de tantas despedidas... Amo a vida!
Não dou espaço para solidão ou tristeza
Adoro a alegria, a sutileza, o riso e a beleza
Amo sem restrição a natureza
Estou em sintonia com as suas delicadezas
O aroma de mulher é minha essência predileta
Por ela, nela e com ela não faço dieta
Meu coração está sempre de portas e janelas abertas!
Hildebrando Menezes
Nota: Assista ao poema em vídeo
Biografia!
http://www.youtube.com/watch?v=tQ7vgKfVJnk
Depois de mais de 150 vídeos-poemas editados no You Tube, em solo ou duos, resolvi falar um pouco de mim expondo as ‘vísceras’ e meu jeito meio doido de ser em espécie de autobiografia, onde detalho minhas fraquezas, vícios, ‘qualidades’, defeitos... Para que dessa salada toda possa se dar sentido, fio lógico ou uma melhor compreensão ao conjunto dos meus versos. É óbvio que não dá para resumir em meia dúzia de palavras o que se passa aqui por dentro, mas creio que consegui fazer um relato sintético e bem resumido, com a admirável ajuda de Enise que me conhece melhor que eu mesmo. Espero que goste, comente ou somente contemple. Hilde
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Excelente desabafo de Dilma
Excelente desabafo de Dilma. Precisamos mostrar a nação brasileira essa imprensa marrom, parcial e de ma fé, para que todos saibam que diz a verdade e a quem a Folha de São Paulo está a serviço. De minha parte estou colando o vídeo pelos espaços onde escrevo
MURAL DOS ESCRITORES
http://muraldosescritores.ning.com/profile/HildebrandoMenezes
GRUPO POLÍTICA E SOCIEDADE
http://muraldosescritores.ning.com/group/polticaesociedade
Também no meu Orkut e outros como: site e blogger que possuo
Sugiro que todos façam o mesmo com seus veículos de informação e distribuam por e-mail aos amigos da sua lista de distribuição.
Dilma protesta contra a parcialidade da Folha da S. Paulo
http://www.youtube.com/watch?v=2_3xc0__xnA&feature=player_embedded
Hoje pela manhã, a candidata Dilma Rousseff esteve em São Gonçalo (RJ) e rebateu as informações publicadas na Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) questionou algumas decisões de Dilma numa secretaria do governo gaúcho. Mas a Folha omitiu que todas as contas de Dilma foram aprovadas pelo TCE. Segue abaixo a transcrição da fala de Dilma:
"Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo. Eu fui julgada em todos os anos, vou dizer precisamente quais anos pelo TCE: 93, 94, 95, 2000, 2001, 2002. Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida. Ou seja, a minha responsabilidade é porque 10 anos depois fizeram um contrato com a empresa. Que história é essa?
MURAL DOS ESCRITORES
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GRUPO POLÍTICA E SOCIEDADE
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Também no meu Orkut e outros como: site e blogger que possuo
Sugiro que todos façam o mesmo com seus veículos de informação e distribuam por e-mail aos amigos da sua lista de distribuição.
Dilma protesta contra a parcialidade da Folha da S. Paulo
http://www.youtube.com/watch?v=2_3xc0__xnA&feature=player_embedded
Hoje pela manhã, a candidata Dilma Rousseff esteve em São Gonçalo (RJ) e rebateu as informações publicadas na Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) questionou algumas decisões de Dilma numa secretaria do governo gaúcho. Mas a Folha omitiu que todas as contas de Dilma foram aprovadas pelo TCE. Segue abaixo a transcrição da fala de Dilma:
"Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo. Eu fui julgada em todos os anos, vou dizer precisamente quais anos pelo TCE: 93, 94, 95, 2000, 2001, 2002. Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida. Ou seja, a minha responsabilidade é porque 10 anos depois fizeram um contrato com a empresa. Que história é essa?
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Blasfêmia derradeira! Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
Blasfêmia derradeira! Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
Sepulto em lápide fria toda blasfêmia
Infâmias urdidas no recôndito d’alma
Arte lasciva que me enfraquecia...
Excessiva crueldade que inflama
Jogo em cima da campa marrenta
O escarro que pousaste em meus lábios
Que transformei nesse beijo mascado
Em um girassol de despedida
E, não regressarei jamais...
Menos ainda ofertarei sobre os umbrais
Antes que o último verme se farte!
Deguste e sacie de tua carne moribunda
Cavo com mãos e unhas a cova mais funda
Para que se alojes nesse chão imundo
E ela tão movediça de ódio enfermo
Abrigue a tua carcaça ébria em sordidez
Em fúria tenta tragar-me mais uma vez
Saciar tua sede, gula disfarçada em altivez
Como sangue suga em último adeus
Só a lágrima silente da face escorreu
Mas... Parto viva, em chagas
Que hei de me curar dessa praga
Não verás e nem terás mais entregas
Que dediquei a ti pela estrada
Arfo meu peito tão dilacerado
De mãos vazias, alma cansada
E, caminhos tão cheios...
Mataste as esperanças e possibilidades
Deixo as blasfêmias que recebi como presente
Abandonadas em derradeiro féretro
Suspendo todos os cantos e lamentos
Não rezarei, não velarei, não chorarei
Que se fartem os abutres, os parasitas
Na farra do banquete das tuas entranhas
Estes de réus a vítima sombria
A relembrarem da passagem vadia
Morrerão tão breves, envenenados!
Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
Referência: http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/ultima-blasfemia?xg_source=activity
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2497430
Veja o duo em vídeo:
Blasfêmia derradeira! Duo: Sheila Assis e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=JDfbuvIOh54
Devo a Sheila Assis uma silenciosa revolução que agora perpassa a minha veia poética. Ao ler seus textos comecei a entender o que é poesia na sua essência, até então difícil para mim que ia apenas pelo impulso dos versos que brotam em minha alma. Começo então a dar uma guinada e a descobrir meu ‘eu selvagem’ que é para mim uma descoberta fenomenológica de um valor que só o tempo dirá o que se esconde por trás de minha alma. Isso para mim vale mais que mil análises de um eventual divã de psicanálise. Hilde
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
SERPENTE DE REPENTE - Dueto: Lourdes Ramos & Hildebrando Menezes
SERPENTE DE REPENTE
A serpente serpenteia
Pelas eiras e beiras
Rasteja toda festeira
Da cabeça ao rabo
Eu encaro quem desejo
Sibilo oferecida
Meu olhar hipnotiza
A começar por um beijo
Contorce-se inteira
Nas tocas das malocas
Entra nas grutas escuras
Insinuante e astuta escuta
Eu sei de serpentear
Deslizando pelas frestas
Tiro todas as arestas
Quando quiser te ganhar
Prepara e arma o bote
Ai de quem se sacode
Engole o quanto pode
Vislumbra e escorrega
E te absorvo de vagar
Começando pela beira
E sem nada me custar
Pois meu desejo é sugar
Sua língua a governa
Solta a gosma venenosa
Mais se contorce nas esfregas
Entrega-se ao instinto de fera
Meu veneno paralisa
Minhas narinas farejam
No meu olhar de ladina
Nada me sensibiliza
Indo fundo aos labirintos
De sua fome mais faminta
Que não pode ser extinta
Para vir caçar a sua presa
E dos recantos escuros
Emergindo sem piedade
Ao engolir distraídos
Que vivem pulando o muro
Sua sanha não engana
É medonha e esgana
Penetrante se assanha
Inoculante a soltar veneno
E meu prazer é intenso
Apertando sem parar
E a caça imobilizo
Conseguindo meu intento
Destila, perfila e desfila
Sua febre peçonhenta
Tão bela e tão nojenta
Se picar ninguém agüenta
Ao ser picado delira
De dor e até de prazer
E quem não me conhecer
Vai pensar que é mentira
Ah! Ser... pente... Ser... penteia
Vai atrás da tua ceia
Fique longe da minha teia
E por favor, não me pentelha
E eu ainda mais me excito
Quando a presa se debate
Chega a brotar uma lágrima
Chego a me sentir bonita
Nem me morda a orelha
Que eu não sou da sua espécie
Nem venha e veja se me esquece
Eu te respeito e faço minhas preces
Não recue nem disfarce
Pois eu sou cobra criada
E se eu for rejeitada
Aí é que me apetece
A ti com as vestes lá do éden
Como deusa liberta que não teme
Morder da maçã por Deus proibida
Para descobrir toda a sua essência
Eu mostrei o bem e o mal
E descobri os segredos
Com um pecado original
Revelando os seus enredos
E desvendar os mistérios da ciência
A desafiar como musa do conhecimento
Soberana ninfa, diva e ninfeta do saber
Castigada e destinada a rastejar seu ser.
Dueto: Lourdes Ramos & Hildebrando Menezes
Referência: http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/serpente-1
Veja o poema em vídeo:
SERPENTE DE REPENTE - Dueto: Lourdes Ramos & Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=HOG8VgorQus
Este é um de meus duos que mais aprecio porque foi nele que minha parceria com Lourdes tomou impulso. Estava curioso porque há mais de ano o meu poema ‘serpente’ está no top do Mural dos Escritores e ao contrário de outras vezes foi a parceira que provocou o duo. Então considerei que tinha que ser imortalizado em vídeo para registrar e eternizar este momento marcante e histórico na minha vida poética de aprendiz. Selvagem! Porém feliz! Muito obrigado Enise e Lourdes por alegrarem meu coração. Hilde
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
MARIONETES DO AMOR! - Duo: Lufague e Hilde
MARIONETES DO AMOR! - Duo: Lufague e Hilde
O amor nos prende por fortes fios
Do início ao fim acende-se ardente
Em fibras elastinas de sentimentos
Vivemos todos os tipos de emoções
Que a cada momento toca os corações
Enlaçam-nos e atiçam todos os sentidos
Ficamos como que totalmente dominados
Seu principal fio condutor é a sedução
À nossa permissão e plena aceitação
E ela é natural e sem questionamentos
E isso se dá como se fora uma implosão
Ficamos em estado de encantamento
No entrelace do outro fio magnético
Ligados pelo fascínio daquele domínio
Que nos maneia a uma reciprocidade
Física e mental em lealdade e plenitude
Fios abstratos, sem forma, sem textura
Que perpassam pelas veias e o cérebro
Arrepiam a pele fazendo uma ligadura
Na elasticidade de nossa necessidade
Que a carência abre as suas comportas
Dane-se o resto... É isso só que importa!
E vários são os fios de amor interligados
A manipular pensamentos conectados
São fios encapados na importância
Na prioridade una da espiritualidade
Paixão, afetuosidade e romantismo...
Altruísmo no predomínio da sensibilidade
Enfim ficamos e estamos em êxtase
Sentimo-nos presos aos fios dourados
O corpo inteiro responde ao chamado
No maior sentimento amoroso abstrato
Unânime, viciante e inquestionável
Altamente inquietante e inflamável
Mas de força poderosa e admirável
Que definidamente nos torna humanos.
Duo: Lufague e Hilde
Referência: http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/do-amor-somos-marionetes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2498435
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
Veja o poema em vídeo:
MARIONETES DO AMOR! - Duo: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=RVtovZ9udwg
Poesia e reflexão estão interligadas. O vídeo que seria editado por Enise seria de uma reflexão minha com Lufague sobre Sagrado X Profano, mas no meio do percurso Lufague refletiu sobre o amor e do qual todos somos marionetes. Então não resisti ao chamado e ordenei em versos. Logo depois ela editou o texto lá em duetos e deixou um delicado recado em meu perfil no Mural dos Escritores agradecendo pela parceria. Não tive dúvidas. Comuniquei à Enise e aqui está o resultado... E a prova de que é o AMOR que nos conduz pela vida afora. Hilde
terça-feira, 14 de setembro de 2010
SINFONIA DAS ESTAÇÕES - Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
SINFONIA DAS ESTAÇÕES - Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
Antes que a brisa sopre os meus versos
Em devaneios de desabrochar
Reflito povoado pela força do universo
Como em tua poesia posso mergulhar?
Eu me alimento da gota de orvalho
Manjar da madrugada...
Paira no ar suave odor do carvalho
Suculento silêncio em disparada
Desabotôo a vida e entorpeço
Do próprio cheiro
Alço meu vôo sem tropeços
Sinto-me por inteiro!
Antes que o sol acorde em breve
Doce manhã
Ouço o canto dos pássaros... Leve!
Entre as cortinas dos sentimentos
Abrem-se rebentos
É primavera!
Sinfonia cresce a cada momento
Setembro gorjeia suas esperas
Já serpenteia a borboleta entre os ramos
E o beijo a flor lambuza-se do mel
Inicia-se a dança da terra e do céu
A natureza exuberante pulsa e clama
Outra estação se entrega ao ciclo
Doura-me os pêlos, pele e dá calor
O mar assopra sussurros de amor
Tudo arrepia, inebria em círculos
Sou brilho ouvinte em teus apelos
Um novo tempo ameno vem dos pólos
Vejo-me então acolhido em teu colo
A tua ternura acaricia e acolhe
Empalidece o corpo já desnudo
E a passos lentos piso em folhas secas
Já se foram os minutos do outono
Vejo que na criação inova o dono
A composição na tela está esmaecida
Entre vermelhidão, outras amareladas
Sinto-me só, tendência dessa hora
Quero o carinho que agora aflora
No inverno, hiberno
Tenho meus segredos
O frio causa-me estranheza
Como que perco a destreza
Atenta e desatenta por vontade
Fito a paisagem, a neve lá fora
Nada me aquece ou consola
Apenas esperas quietas da viola
Simplesmente...
Aqui dentro de mim há muitas nuvens
Em estado de convulsão conspiram
As tempestades passam
Agora são as nuvens de algodão
Desenhando a minha solidão
De sonhos e de boas lembranças
Que serão eternas...
Em breves e semibreves notas dispersas
Rabisco e arrisco casando as estrofes
E no esconderijo de mim mesma
Rendo-me às fagulhas de meu coração...
Dessas centelhas explode e nasce a emoção.
Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no original ‘Estações’ de Maria das Graças Araújo publicado no link:
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/estacoes-1
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiascomemorativas/2489893
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
Veja o poema em vídeo:
SINFONIA DAS ESTAÇÕES - Duo: Maria das Graças Araújo Campos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=1UmCwoM6vL0
A primavera se aproxima e com ela a ‘Graça dos Campos’, Obra de Arte na composição de seus belíssimos quadros a óleo, como artista refinada que gestou outra deusa (jornalista Luciana Campos) poliniza seus maravilhosos versos e me concede a honra da parceria poética que Enise compôs aqui neste vídeo-poema que por certo será destaque aos olhos das pessoas sensíveis em harmonia consigo mesmas e à natureza exuberante. Confesso que estou arrepiado, no colo de Deus, diante desse espetáculo de cores e magia. Hilde
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
PERFEIÇÃO!- Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
PERFEIÇÃO!
Fazer-te amor
é ser fêmea no cio
e garota descalça no meio da rua
em dia de chuva.
Receber-te seca ou molhada
É ser macho propício
e menino calçado
em doçuras e ternuras.
Fazer-te amor
é enroscar-me nas estrelas
e subir ao céu por um instante
eterno e infinito.
Dar-te amor
É ler nas entrelinhas
A compreensão dos teus desejos
E voar junto contigo nas nuvens
Amar-te
é mais do que um encontro de corpos
que se desejam, se excitam
e se aprazem um dentro do outro.
Completar-te
É fluir pelas tuas veias...
Acendendo todas as centelhas
Muito mais que uma noite inteira
Amar-te
é esquecer teu sexo rijo
e à disposição dos meus desejos,
para ouvir as palavras de amor e ternura,
que mergulham nos meus ouvidos.
Saciar-te
É acoplar e incorporar
Junto aos beijos e abraços
Toda uma vida de sensualidades
Desprendida das aprendizagens
São doçuras e virilidades
Na suavidade das carícias
Amar-te
é permitir que galopes no meu corpo,
onde até os poros se calam
para sentir-te melhor.
Desejar-te
É galopar na sinfonia dos teus gestos
No veludo da tua pele
Explorando cada célula
Amar-te
é sujar-me na lama molhada
e deixar-te lamber a minh'alma,
neste momento de paz.
Querer-te
É não temer a explosão
De uma paixão
E sugar e se entregar
Em cada estação
Amar-te
é ser tudo o que desejares na cama ou na vida;
é beijar tua boca gostosa e sensual
e, ao mesmo tempo, beijar-te a alma.
Entregar-se
É ir ao mais profundo
De um ser e adormecer
No colo macio da eternidade
Amar-te é...
Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
Inspirado no poema original ‘PERFEIÇÃO’ de Silvia Mota 23 anos depois
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/2226864
Nota: “Hildebrando, inédito, até o momento, “Perfeição” é um poema inacabado. Adormeci enquanto o escrevia e preferi deixá-lo assim, da forma como o encontrei na manhã seguinte. É o retrato de um amor-paixão, que, através dos meus versos, eternizou-se nos sonhos. Em solo ou dueto, outro não poderia, jamais, ser o título...O sentimento implícito neste poema, mantenho-o guardado, a sete chaves, aos faróis da minha eternidade...
Inigualável. Talvez, por tal motivo, não oferecê-lo a outro olhar, que não fosse o meu, por tanto tempo! Vinte e três anos após aquela madrugada inesquecível, sob a forma de versos, buscas um diálogo, na tentativa de materializar respostas que obtive através de olhares, cuja lembrança ainda guardo na retina; e ações, que se tatuaram na minh'alma. Buscas... e alcanças meu paraíso. Sou tua e és meu, aos versos de nós dois. Duo... uno.” Silvia Mota
Veja o poema em vídeo:
PERFEIÇÃO!- Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=u5Y0sQvhwOk
domingo, 12 de setembro de 2010
SILÊNCIO PURIFICADOR - Duo: Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos
SILÊNCIO PURIFICADOR
Há que se dar um tempo
Ao silêncio reparador
Mesmo driblando a saudade
Afastar mentiras enraizadas
E se entregando à realidade...
Onde se pode de fato aferir
A eloqüência do ser e do ter
Toda a sua intensa vibração
Ao se evitar cair em tentação
De se doar ou de se oferecer
Do elogio fácil e enganoso
Que é tão vil e tão ardiloso
A desviar-te da plenitude
O silêncio é mais que atitude
Ao encontrar alguém astucioso
Música que entoa a alma repleta
Do descanso das inconseqüências
É sábia prudência que grita
Palavras e sentimentos inauditos
Há que cambiar outra freqüência
E se perderem sua coerência
É ciência e leveza da sapiência
Que não dissipa a essência
Ou a dor que em torno levita
Não desenha uma trama bonita
Silêncio é a mais pura atitude
Fonte que tudo lava e depura
Afasta-te dos espíritos sinistros
Perversos, cruéis e malditos
Sem a nobreza e sem a virtude
E poluem e pioram o submundo...
Maculam o que há de mais profundo
Vestem e travestem a triste solidão
E te impedem de degustar a emoção
Sem arrependimento e sem remissão
O silêncio é o mais leal amigo
Que te orienta e te torna forte
Contra os ardis daquele inimigo
Oferece-te um suave abrigo
E favorece a tua boa morte...
Duo: Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos
http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/2484460
Assista editado em vídeo:
SILÊNCIO PURIFICADOR - Duo: Hildebrando Menezes e Lourdes Ramos
http://www.youtube.com/watch?v=9gPMcn-HNVw
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Poesia e sua psique... - Dueto: Lufague e Hilde
Poesia e sua psique...
Em primeiro nível consciente,
Fico pronto ao embate poético
Desperto, atento, logro nas mãos,
Meu insight visa a buscar ação
A realidade, um pé assentado...
Na imediata prontidão
Ao frio chão da emoção
Que no ato bato de frente
Em segundo nível consciente,
Entrego-me aos sonhos, o devanear,
Sai de dentro pra fora e fico a sonhar
Depois traduzo em versos
O pé na ilusão, a possibilidade de meus desejos
Realizar, na vã consciência dos sentimentos
E é aí que residem meus melhores momentos
Contornar, tocar e sentir o rabisco das palavras
Em terceiro nível consciente,
Entrego-me ao profundo sono cego
Onde recrio adormecido e prego
No silêncio e descanso paciente
Sem coloridos sonhos, no mais completo,
Pinto e bordo na tela meus mistérios
Que dão sentido aos sortilégios
Reparador e repousado apagar
Em quarto nível consciente,
Encontro a felicidade num ínfimo momento breve
E é ai que se dá a leveza do indelével
Fico em alfa, beta e gama admirável
De imenso contentamento, vindo do âmago em plenitude
Construo assim o meu mundo de felicidade
Independente de estímulos externos...
Sai lá das entranhas o que rezo e prezo
O meu eu deus em plenitude com o Deus maior
Em comunhão permanente do nascer ao poente
Danço a canção da vida em seu esplendor.
Dueto: Lufague e Hilde
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/2457532
Veja editado em vídeo:
Poesia e sua psique... - Dueto: Lufague e Hilde
http://www.youtube.com/watch?v=UdGJsJLSLRQ
Uma viagem, um exercício intelectual, que busca encontrar o fio lógico e psicológico pelos quais a poesia aparece no consciente poético e como é trabalhada em sua recepção e concepção no nível de consciência e prazer, até que o poeta convence-se de que está em comunhão com a divindade que lhe fecunda e ordena os seus versos. Bela música e imagens dão a pedra de toque no trabalho irretocável das poetisas Enise e Lufague. Hilde
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Pedido ao Pai Poeta... Hildebrando Menezes
Peço aqui a Deus na simplicidade de meus pobres versos para que abençoe aos mais necessitados da sua proteção, perdoando as incompreensões, a inveja, os desvios que as palavras promovem em dissonância com meus sentimentos sinceros que me fazem compor na intenção sublime de que a prece alcance aos excluídos do amor, do pão, da ternura, da compaixão e da emoção. Hilde
Pedido ao Pai Poeta... Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=15MrxgDXrNE
Pedido ao Pai Poeta...
Tu que ordenas tudo
Das estrofes às rimas
Que dos céus assopra
Tua inspiração divina
Santifica e até alucina
Aos poetas e profetas
Benza com teu verbo
Estas letras e palavras
Encarna o Teu mistério
Perdoa meu sacrilégio
Ilumina e purifica
Meus pobres versos
Para que teu amor prospere
Use desta pena e da emoção
Lavra que sai do meu coração
Alivia as dores das paixões
Trazendo e levando a Tua Paz
Aos espíritos conturbados...
E aos corpos sofridos e estressados
Cessa as lágrimas dos abandonados
Dá o teu humano pão aos excluídos
Passeia o Teu espírito nas prisões
Pelos hospitais e tantos hospícios
Esparrama ali a Tua santa Glória
E acalante os doentes e dementes
Devolvendo-lhes a esperança
Ativando-lhes à lembrança
Que tatuastes neles ainda crianças
Pelo santo sacramento do batismo
É tudo o muito ou pouco que vos peço
Aproveito e me confesso pecador
Prometendo meu louvor e amor
A Ti que és o Rei do Universo...
A quem ousei escrever estes versos.
Hildebrando Menezes
Navegando Amor
http://recantodasletras.uol.com.br/oracoes/1493815
Veja o pedido em vídeo
Pedido ao Pai Poeta... Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=15MrxgDXrNE
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Descoberta de amar - Dueto: Sueli Fajardo e Hildebrando Menezes
Descoberta de amar - Dueto: Sueli Fajardo e Hildebrando Menezes
Vôo no jardim
não explorado,
abandonado,
do seu coração.
E ele está aqui...
Esperançoso!
Vibrante e carente
Aguarda teu toque
Polinizo seus sentimentos
com o mover ritmado
de minhas asas.
Sinto a suavidade do teu vôo...
Da tua agradável presença
Fecundando a alegria
Enfeito suas pétalas
com emoção e candura,
ao pousar sobre sua alma
Contigo sinto pulsar a vida
Tiras-me do gélido limbo
E aqueces minhas entranhas
Estou na foto de domingo,
em seu álbum.
Emolduras delicada
A minha jornada
Há muito vazio,
preenchido agora
pelo pouso de amor
de uma borboleta.
Cobriste com sutileza
Declamaste com perfeição...
O verbo amar!
Com arte e profundidade
Trazendo-me as cores
Bordando inebriante certeza
Da existência da felicidade!
Dueto: Sueli Fajardo e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no poema original ‘Descoberta’ de Sueli Fajardo publicado no Mural dos Escritores link: http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/descoberta-2
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/2417722
Descoberta de amar - Dueto: Sueli Fajardo e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=GKL_qeSql5c
domingo, 5 de setembro de 2010
Essência & Consciência
Essência & Consciência
A essência do olhar
Na paz que desconfia
Fia!
A consciência de ver além
Na esperança que advém
Vem!
A essência da procura
No sossego que transborda
Borda!
A consciência da ternura
Na doçura que procura
Cura!
A essência da confiança
Na mentira que desliga
Liga!
A consciência entranha
É o laço do bagaço
Aço!
A essência da loucura
No desafio que desacata
Cata!
A consciência é ligadura
Que amalgama perdura
Dura!
A essência do vazio
No coração que desocupa
Ocupa!
A consciência que transpira
Reacende e inspira
Pira!
A essência da paixão
Na vida que se desenlaça
Laça!
A consciência da emoção
É inteligência e reação
Ação!
A essência de nós dois
Na saudade que desmata
Mata!
A consciência que transmuta
Força da labuta que reluta
Luta!
A essência do sonho
Na sombra que desmotiva
Motiva!
A consciência estranha
Tudo invade e assanha
Sanha!
A essência da noite vazia
Na cor que destoa
Toa!
A consciência que madruga
Tudo ausculta e transcende
Acende!
A essência da dor
No tempo que desencrava
Crava!
A consciência do amor
Escreve a eternidade
Idade!
A essência da lua,
Na madrugada que destrata
Trata!
A consciência da ciência
É a essência do nascer
Ser!
A essência do amor
Que só em nós desata
Ata!
A consciência de amar
É o prazer a enaltecer
Tecer!
Duo: Enise e Hilde
Nota: Da essência estes versos
Consciência inspirada
Irada!
http://www.youtube.com/watch?v=pIXiqzhhLM8
O que o poema diz? (Um Desabafo) - Um Duo
O que o poema diz? (Um Desabafo) - Um Duo
A poesia se entende e não se explica...
Quem fala são as palavras
‘Me entendam como me sinto... ’
Mas não façam de mim... O que querem...
Estou aqui para enfeitar as ilusões...
Alegrar os corações...
Viver a fantasia...
Despertar as emoções.
Estou perto de quem está longe
Mato a saudade que não morre...
Acordo sentimentos nobres...
Revivo sensíveis momentos
Na maior cumplicidade
Sonho com o impossível...
Abraço com qualidade
Um mundo de sonhos vestido de realidade
Nesse espaço a inveja míngua
A palavra vai além da língua...
As flores renascem ao bel prazer...
Perfumando a imaginação
Os olhos brilham de excitação
As dores se vingam...
Os amores brindam...
Numa ciranda de versos
Alerto os curiosos de prontidão
Alivio o corpo... O cerne...
Coloco a todos de plantão
Bagunço com as hipocrisias
Desalojo a ignorância
Dos mal amados...
Alivio um sentimento em confusão...
Acendo a chama das lareiras
Refrigero a alma em combustão
Encontro a veia certa para onde o poeta...
Deita... Deleita-se... E viaja...
Subo aos céus e desço à terra
Num vôo sublime sem balão
Nesse vai e vem...
O infinito circula por fora
Promovo eclipses
Dou palpites
O sempre está presente agora!
Na melodia rasteada pelo tempo...
Os hinos choram por uma canção
Na minha insustentável leveza
Ao vento permito levar a inspiração
Como num labirinto...
Invento
Fantasio
Amo
Choro
Minto
O que o poema diz?
Sinto muito...
Mas não tenho explicação
Dueto: Hilde e Enise
O que o poema diz... (Um desabafo)
http://www.youtube.com/watch?v=JCjwB-vAVgc
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Maestros do amor e da paz
http://www.youtube.com/watch?v=V0mIuvt9GSU
Maestros do amor e da paz
Se pudesse...
escreveria tua beleza
nas partituras da vida
e ocuparia um compasso todo
só por executar minha semibreve no teu corpo.
Se eu quisesse...
Descreveria as sensações
Que a tua batuta
Desperta nos corações
Na mínima expressão da tua face
burilaria as semínimas artes do teu gosto
e as colcheias carnudas dos teus lábios
renderiam gostosas semicolcheias
que me deixariam fusa e semifusa...
Eu pegaria da delicadeza dos teus versos
e passo a passo comporia com compasso
entre beijos e abraços envolvido
em teus braços adormeceria
no colo macio das tuas coxas
Se pudesse...
buscaria a emoção do teu sorriso,
fosse breve, longa ou máxima,
mesmo aquela mais perdida,
nas brumas do esquecimento...
Se eu quisesse...
Soltaria o meu riso largo, aberto e franco
Para romper com os desencantos
E em simbiose estancaria o teu pranto
Com o manto sagrado da tua própria música
Na fórmula do teu compasso
e, no passo adequado,
voariam as roupas que te arrancasse,
mudando de quando em quando
o andamento do teu beijo...
Embevecido do teu toque mágico
Convocaria os anjos lá do céu
Para fazer coro numa orquestra celeste
Para ajudá-la a tirar nossas vestes
Entre véus e nuvens sugaria do teu néctar
Se pudesse...
Em cada nota pontuada
estenderia meus suspiros, sem pausas...
Na tua clave de sol,
sustentaria meu fá e, talvez, meu dó,
com voz rouca e grave, de agudas sensações...
Se eu quisesse...
Convocaria os sustenidos
De todos os sussurros e gemidos
Do ré mi lá si unido ao teu dó e fá
Na clave mais poderosa que a do sol
Para ver o universo dos teus versos
Completando a obra de arte dos séculos
Deslocaria nossos sons
em bemóis e sustenidos,
alterando-lhes o timbre
conforme o vibrar do nosso diapasão.
Nessa mistura de sons enlouquecidos
Estremecíamos as paredes...
Dos lustres e dos vitrais
Na euforia dos nossos ais
Na tonalidade das nossas peles
indicaria a escala certa,
por onde nosso tempo
elegeria nova modulação...
Nesse movimento 'alegro'
Ma ‘non tropo’ nossos dedos
Se escapariam pelas curvas
Em viagens labirínticas...
E, pianíssinimo, piano, mezzo piano,
mezzo forte, forte, fortíssimo...
crescendo e diminuindo, maior e menor
em solo, em duo...
cunharíamos, em orgia sensual,
nossa cinética musical!
No orgasmo cósmico do AMOR E DA PAZ!
Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
Maestros do amor e da paz - Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=V0mIuvt9GSU
Maestros do amor e da paz
Se pudesse...
escreveria tua beleza
nas partituras da vida
e ocuparia um compasso todo
só por executar minha semibreve no teu corpo.
Se eu quisesse...
Descreveria as sensações
Que a tua batuta
Desperta nos corações
Na mínima expressão da tua face
burilaria as semínimas artes do teu gosto
e as colcheias carnudas dos teus lábios
renderiam gostosas semicolcheias
que me deixariam fusa e semifusa...
Eu pegaria da delicadeza dos teus versos
e passo a passo comporia com compasso
entre beijos e abraços envolvido
em teus braços adormeceria
no colo macio das tuas coxas
Se pudesse...
buscaria a emoção do teu sorriso,
fosse breve, longa ou máxima,
mesmo aquela mais perdida,
nas brumas do esquecimento...
Se eu quisesse...
Soltaria o meu riso largo, aberto e franco
Para romper com os desencantos
E em simbiose estancaria o teu pranto
Com o manto sagrado da tua própria música
Na fórmula do teu compasso
e, no passo adequado,
voariam as roupas que te arrancasse,
mudando de quando em quando
o andamento do teu beijo...
Embevecido do teu toque mágico
Convocaria os anjos lá do céu
Para fazer coro numa orquestra celeste
Para ajudá-la a tirar nossas vestes
Entre véus e nuvens sugaria do teu néctar
Se pudesse...
Em cada nota pontuada
estenderia meus suspiros, sem pausas...
Na tua clave de sol,
sustentaria meu fá e, talvez, meu dó,
com voz rouca e grave, de agudas sensações...
Se eu quisesse...
Convocaria os sustenidos
De todos os sussurros e gemidos
Do ré mi lá si unido ao teu dó e fá
Na clave mais poderosa que a do sol
Para ver o universo dos teus versos
Completando a obra de arte dos séculos
Deslocaria nossos sons
em bemóis e sustenidos,
alterando-lhes o timbre
conforme o vibrar do nosso diapasão.
Nessa mistura de sons enlouquecidos
Estremecíamos as paredes...
Dos lustres e dos vitrais
Na euforia dos nossos ais
Na tonalidade das nossas peles
indicaria a escala certa,
por onde nosso tempo
elegeria nova modulação...
Nesse movimento 'alegro'
Ma ‘non tropo’ nossos dedos
Se escapariam pelas curvas
Em viagens labirínticas...
E, pianíssinimo, piano, mezzo piano,
mezzo forte, forte, fortíssimo...
crescendo e diminuindo, maior e menor
em solo, em duo...
cunharíamos, em orgia sensual,
nossa cinética musical!
No orgasmo cósmico do AMOR E DA PAZ!
Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
Maestros do amor e da paz - Dueto: Silvia Mota e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=V0mIuvt9GSU
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