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domingo, 7 de outubro de 2007

Que venham as flores...




A primavera está chegando...
Quando houver tristeza

Dê um sorriso a quem encontrar
É tempo de ajudar a tudo brotar...

Se no teu pulso tiver tempestade
Que haja então um colo macio
Para os seus raios descarregar...

Quando suas sombras afogadas
Pedem um sol suave para iluminá-las
Com simpatia, dê a energia ramificada.

E um novo ar aquecido para assoprá-las...
Essas carícias irão revigorá-las

Namore com a vida, noive, case-se com ela!
Numa suavidade refinada... empreste esplendor.

Com a inteligência saborosamente afiada
Tornarás as horas mais felizes e aguçadas.

A delicadeza apoiada no hoje sem pressa
Com a promessa do amanhã muito melhor...
E os seus dias de alegria... resplandecerão!

Pense, discuta, verse
Sorria, chore, comemore
E mesmo que algo se quebre, conserte...

Imagine-se num jardim onde novas peles florescem
Onde a terra faz germinar novos amores...
Formando cenários de encantos em multicores.

Ouça novas canções...
De vozes... gostos...novos sentidos...
Vindos de outros corações perdidos

Onde mais percepções apreendidas
Também deles renascerão reunidas.

Nas almas em ti unificadas.
Encontradas numa sintonia fina...
Tocadas por uma sinfonia linda

Bailarão sobre teu peito deliciosamente...

Entre em êxtase...
Comemore no mesmo clímax das mentes...

Coma o azul no mesmo horizonte.

Mate a fome que estiver defronte
Vislumbre do mesmo ângulo do vértice...
Sobre as janelas arredondadas...

Circule pelos suspiros da noite...
Filtre o acúmulo dos desejos do dia...

Grite baixinho flexando alvos escolhidos.
Sob o enevoado dos estampidos escondidos...

Quando desaparecer os vazios dos ais
Aonde o tempo for...não ancore no cais
Mesmo no espaço...com o corpo em cansaço
A vida tem seus equilibristas...

Pois tudo se balança como num fio de arame tenaz...


Sinta-se como artista
Ame-se, invista-se com seu carinho

Dê seu colo. Abrigue-se o quanto for capaz...

Que venham as flores... na primavera em luz
Com a emoção que conduz tudo ao seu redor...
Num ritmo da leveza que seduz

Com a graça na esperança que passa...
Ame tudo o que puder e seja no tempo que for...
O amor e a vida nunca é demais...

Poesia em duo: Enise e Hildebrando Menezes

Veja editado em vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=WW6Z3ujlvUY


Intimidades...

No escuro do quarto...
Íntimos desejos se buscam.
Pelos olhos... mãos...
Peles se chamam...
Lábios na espera
Beijos sob a atmosfera
Corpos em ebulição...

Cobertas desfeitas espreitam...
Descobertas do amor esperam.
Vem...devagar...insinuante...
Chegando... aporta...se encostam.
Erupção!

Corpos em ondas
Gestos na exploração
Vontades crescem
Atos estremecem
Louca sensação...

Contração dos jeitos
Afrouxar nos peitos
Envoltos na evolução
Cabelos...pêlos...arrepiam...

Abraços preenchem os espaços
Por prazer... ânsias espiam
Implosão sem derreter
Sentimentos sem doer
Eletrizados na arrebentação...

Suores aos poros...vertem
Faces rubras em êxtase...
Infinitas malicias...
Pernas entrelaçam-se...
Línguas enlouquecem...

Tudo macio...um alvoroço!
Coxas em toques...sexo úmido...espera...
Silêncio grosso... olfatos aguçados.
Sussurros abafados...
Beijos calmos...
Apressados...demorados...combinados.
Sensualidade...
Lubricidade picante
Intimidade provocante...

Inquietos... certeiros!
No pleno... intensos estopins...
Explosões!

Os confins
De todos os sentidos
Extrapolados
Por todas as direções...

Pulsações...

Hildebrando Menezes/Enise

Veja o poema editado em vídeo
INTIMIDADES
http://br.youtube.com/watch?v=_3XoATrl5E0


Amor tântrico poético
☆ღ ☆ღ ☆ღ☆ღ ☆ღ☆ღ

Há no ar uma nova, diferente,
sedutora, criativa, extasiante
forma de amar... sem pressa!

Será oriental, hindú, que raça?
Um homem, uma mulher...
Se namoram, se acariciam

Toques leves, suaves, sensuais
pouco a pouco... fazem rituais
silenciosos viajam...corpo a corpo

Delicados, dedicados...sempre!
Em aconchegos envolventes,
vão-se tocando, pele à pele

Em intermináveis preliminares,
sem penetração, voam aos ares
sentem vibrações no sangue.

Eles se olham, se beijam,
se dengam, se deliciam,
repetidas vezes, se abraçam!

Dominam suas pulsações,
ar, respiração, as emoções.
Sintonia perfeita, bem feita!

Nesse clima, nessa química
Eles se fundem, se completam
São duas pessoas repletas.

Um brilho intenso nos olhos,
antecedem múltiplos orgasmos
parece até explosão do universo

Nesse vai e vem infinito, bonito...
tudo converge, cheira a sexo!
Exuberante, calmo, complexo.

É uma verdadeira obra de arte...
Criação artística, rara e bela...
Plástica refinada, constante!

São horas de encanto, procura.
O tempo pára, enorme silêncio...
entorpecidos, saciados, gozam!
É o orgasmo cósmico do amor.

☆ღ ☆ღ ☆ღ☆ღ ☆ღ☆ღ
Hildebrando Menezes

Veja o poema editado em vídeo
Amor tântrico poético
http://br.youtube.com/watch?v=r-wZgAndIxA

Tempo de sentir...

Não somos marionetes do pensamento...
Mas sim seres vivos... com sentimentos.
Juntando os trapos, farrapos e malstratos.

Falamos o que pensamos e amamos.
O significado quem dá... é o coração!
É você...só você...com a sua opinião.

Fez sentido? Despertou a sua emoção?
Então é o que importa...desperta...conforta!
Preenche os pedaços da vida...lambe as feridas.

Nos aquece no frio...acalenta a alma inquieta.
Devolve a doce juventude...enamora...revigora!
Voa sonhos... manda as tristezas embora .

Lembranças chegam agora ...bem na hora.
Elevam a nossa força na crença do amor...
Vestem de esperanças... as vestes da dor.

Fazem da felicidade... algo possível e atingível.
Na escalada da montanha do medo invencível.
Alça e lança à crença da ternura nas danças.

É a mão do pai...do irmão...do amigo...do abrigo.
Que segura na sua...que sonha e aposta contigo.
Levanta o mundo...te impulsiona rumo ao futuro.

Assim a tristeza será apenas um mote...um calote.
Que o suporte do amor e da amizade...da sorte...
Rompeu com os grilhões dos nós... e da morte.

É a oportunidade batendo à sua porta. Abre-a logo!
Deixa o hoje chegar que o ontem preparou o amanhã.
Assegura que haverá assim cheiros de flores e hortelã.

Dê o seu sorriso...seu abraço ...com jeito.
Mate o seu desejo...solte o melhor beijo.
Segure quem você ama...acaricie...toque!

Use as palavras mágicas...peça desculpas!
Abuse das suas ternuras...construa o perdão.
Não tema...vença as armadilhas da solidão...
Demonstre! Espalhe! Exploda a sua emoção.

Hildebrando Menezes
Brasília/DF, 30/09/2007

Pensadores: A força da poesia...

Freud já dizia...o que eu não explico...
Tente a poesia...porque ela é caminho.
Ela já passou por mim...com seu carinho.

Somos simples mortais e corporais...
Não há o que temer dos nossos ais.
Nossos complexos não são fatais.

Que as exigências da sociedade...
tornam a vida dificílima para a maioria
das criaturas humanas.

Ferreira Gullar também dizia:
Uma parte de mim é multidão.
Outra estranheza e solidão.

Já Quintana afirmava:
Eu moro dentro de mim mesmo.
E Gregório de Mattos sugeria...
Que o melhor neste mundo em mar
de enganos é ser louco com os demais.

O Cacaso nos mostrava: Somos
a escama que envolve o pensamento.
Também é verdade que os poetas e romancistas
são os mestres do conhecimento da alma.

Raul Leoni por outro lado nos insinuava...
Alma estranha esta que abrigo...tem tantas almas comigo...
que nem eu sei bem quem sou eu.

Para Freud... um sonho então é uma psicose...
com todos os absurdos, delírios e ilusões.
Gabrielle Dannunzio afirmava que teve tudo que queria...
e o que não teve, sonhou...

O mestre da psicanálise profetizava...
Que a doença estava no momento
em que o homem coloca em dúvida
o valor da vida.

Ou ainda: Não há mais lugar para a
onipotência humana. O homem reconhece
a sua pequenez e submete-se
resignadamente à morte.

Paulo Leminski mandava:
Confira! Tudo que respira conspira.
Maiakovski: Nesta vida morrer não é difícil...
O difícil é a vida e seu ofício.

Toda a civilização tem sido construída
sobre a coação e a repressão dos impulsos.
Berthold Brecht completa:
Fossemos infinitos tudo mudaria...
Como somos finitos...muito permanece.

Freud: Por que para o homem
é tão difícil ser feliz?
No que para Vicente de Carvalho...
Essa felicidade que supomos,
está sempre apenas onde a pomos
e nunca a pomos onde nós estamos.

Copidesque: Hildebrando Menezes
Brasília/DF, 01/10/2007

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