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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Remorsos...










Remorsos...

Onde estou eu que já não me encontro,
Perdi-me neste mundo sem chão,
Nesta vida desatinada.

Atirei-me em cada uma das palavras,
Escritas e lançadas ao vento
Com o agravo de mil lamentos.

Meus sonhos foram submersos,
Dominados por minha própria sorte.
Abusei dos outros,

Penetrei em suas intimidades
Com a inveja e a maldade
Só plantei a falsidade.

E fiquei agora sozinha.
Quis ter tudo e acabei sem nada.

Engoli e não digeri o alimento
Da doçura e da bondade,
Fruto da minha insanidade.

Quis construir o meu universo,
E apenas me restam as pedras,
Que atirei aos outros, sem pensar.

Com uma leitura equivocada
Encobri a minha inveja desmesurada
Usando as máscaras e as punhaladas.

Dominou-me então, uma solidão imensa,
Quando vi tudo o que perdi,
Não por amor, ou por desejo.

Agora que estou lúcido e acordado
Percebo o mal causado pela estrada
Meu bom Deus perdoe a dor causada.

Apenas por ambição do que não podia ter.
Maldisse os outros, inventei palavras vãs,
Pensei que era mais por isso,

E agora vejo entre o desfilar dos meus pecados
As fofocas, os desvios, os labirintos...
Que cultuei, transgredi e sofro com o que sinto

Mas agora vejo, perdida em mim,
Que perdi mais que ganhei.
E sozinha, não posso mais lutar.

Por isso recorro a Ti
Ao grande amor do Teu coração
Devolvendo a Paz
A esta alma infeliz

Dueto: Catarina Camacho e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=ABsRzPnRuDw
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1412453

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