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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

OLHAR MISTERIOSO











Estranho olhar que acaricia
Parece remédio que vicia
Minha alma... Inebria
Ora se acalma... Por vezes se assanha

Porque me afunda em ilusões
Quando ausente sinto depressão
E desejos intensos... Às vezes santos...
Noutras profano me ufano de ti em prantos

Estranho olhar que cobre
Todos os meus sonhos,
Até os impossíveis e tristonhos
Que fico maluco e medonho

Ignora todos os meus pensamentos
Caio num turbilhão a cada momento
E faz-me cair no abismo da fantasia
E fico a perguntar-me: ‘até que dia’?

Olhar louco, fatal
Ternura sensacional
Que tiras a vontade do meu corpo,
Intruso, querido e voluptuoso

Que me faz viver momentos
Propensos ao maior e melhor amor
Dotado de pura divagação...
A acelerar minha excitação

Estranho olhar que alimenta
A tudo em mim sustenta
Este meu estado interior,
Numa febril anestesia e torpor

Quebra tudo o que existe em mim
Bagunça do princípio ao fim
E faz-me alucinar... Deixa-me sem palavras...
Imóvel, inerte, quase sem memória

Estranho olhar que perfura
O meu íntimo deixando-me sem saída
A refletir encontros e despedidas
Ah! Mulher da minha vida

Não o deixes partir pelo ar
Não vais embora olhar
Que me fala de paixão...
Percebes a tua sedução?

Olhar que desmorona meu mundo...
Fica... Por favor, fica... Aqui dentro
E acaba o que começaste
Reconstrua outras primaveras

Repousa em mim para sempre o teu brilho

Dueto: Catarina Camacho e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=N75Y-hLAtNM&feature=email
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1790006

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