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sábado, 10 de julho de 2010

Sinfonia a quatro mãos – Edição de Enise

Ao ver este vídeo lágrimas quentes rolaram pela minha face como a pedir que não chorasse. A amizade, a dor e o amor unem as pessoas por laços invisíveis e mágicos. Há meses acompanhei a dor de uma amiga com a doença de sua mãe e depois o silêncio derradeiro da morte.
Sabemos da nossa vida... Chegou à vez de sofrer com a perda irreparável da Elzinha de forma tão trágica. Aí li a ‘Sinfonia Inacabada’ da Arlete e não resisti a esboçar este dueto. Ela também perdera seu filho amado de 26 anos estudante da UFSC.
Aprovado o texto apenas perguntei a Enise se valeria um vídeo. Já que tem meses que não assinamos nada juntos. Aqui estamos nós três: Dor, Amizade e Amor... Muito bem representados nesta obra poética sinfônica que agora passou a ser de seis mãos e seis almas irmanadas. Hilde
Sinfonia a quatro mãos – Edição de Enise
Dueto: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes




Silencioso dia a me cingir em seus teares,
que tramam fios, coloridos e invisíveis;
Enquanto dos plátanos as folhas de inverno
caem e se arrastam ao sabor do vento frio.

De que inspiração foste tecida diva dos altares?
Nessa revolução recaída de profunda desolação.
Hei de reerguer-te com a força de mil alteres;
Pois intempéries jamais contê-la conseguirão.

Com sempre-vivas adornei meus alabastros.
Quando te foste, levaste contigo meu coração.
Os beijos da chuva não demoraram a chegar,
E a transmigrarem-se em novas emoções.

Vejo flutuar a leveza dos teus sentimentos.
Não suporto vê-la triste irmanada á solidão.
Perceba minhas lágrimas em comum união.
Páginas mudas pela ausência da expressão.

Crepita o fogo, esquento a água e bebo o vinho.
Aqueço a alma, olho as espigas, esqueço a mágoa.
O piano emudeceu, em seu canto ficou sozinho.

Tudo arde e não tarda de se revirar o mundo.
Quando quer a centelha se busca pela paixão.
A música está entoada nas células da tua pele.

Amar é uma viagem num caminho indecifrável,
sinto fome de tua boca, e estou sedenta de teu amor.
O cheiro do crepúsculo traz com ele uma saudade.

Haveremos de desvendar tão ardiloso mistério;
Com o diapasão sonoro do frigir dos nossos lábios.
No melódico encontro eterno das nossas almas.

Dueto: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2367716
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/sinfonia-a-quatro-maos?xg_source=activity
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
Veja em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=_u6XpjWirDY

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