quarta-feira, 23 de junho de 2010
MINHA TERRA PROMETIDA!
MINHA TERRA PROMETIDA!
Caminho por entre seixos e abrolhos
Zelo ser o eixo que uso como espelho
Minha mente cansada procura abrigo
Quero ser pra sempre teu leal amigo
A luz ilumina o caminhar e fere olhos
De tanto te observar já uso antolhos
Abraço tua sombra que ficou comigo
Confesso que só sei sossegar contigo
Parece que te vejo surgir na neblina
Ao teu lado a felicidade se descortina
Creio que somos as mesmas crianças
Alegres e felizes que ninguém alcança
Mas não escapamos desta triste sina
Que é viver sempre na mesma rotina
Ao levar conosco nossas lembranças
Saudades que rodeiam de esperanças
Se até as pedras podem se encontrar
Por que conosco não há de se realizar?
Hei de crer que em algum momento
Estaremos juntos nos completando
Nossas essências tornarão a se tocar
Lei pendular do ir e vir há de se dar
Esse instante valerá toda uma vida
Onde os dois curarão suas feridas
O que vivemos, voltaremos a sentir
Em total plenitude ao nos consentir
Sei que vocês são minha Terra Prometida
E você para mim a jóia rara esperada.
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamizade/2205397
Veja o poema em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=XgjWXxgrihQ
terça-feira, 22 de junho de 2010
TRIBUTO À ELZAMIR GONZAGA
Elzinha tem brilho de estrela
E partiu tão prematuramente
Não se precisa chorar por ela
Porque viverá eternamente...
Era meiga, cordata e organizada
Na missão de unir os companheiros
Discreta e dedicada ao trabalho...
Inteligente, corajosa e esforçada
Mas essa perda é irreparável!
Não há consolo e nem piedade
Pois era uma amiga tão adorável
Foi vil e cruelmente assassinada
Voou tão cedo à eternidade...
Mulher sincera, leal e valiosa
Deixou um legado de caridade
É exemplo de pessoa generosa
Acreditava e lutava pela Justiça
Deus a recebeu em sua morada
Onde a acolheu com uma festa
Ela é a filha por demais amada
Seu salário ajudava à sua família
Mas continuarás a ser iluminada
Pelo seu exemplar modelo de vida
Foi mártir a se rezar em homilias
Ao seu lado os anjos batem as asas
E para sempre será muito lembrada!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=ZB7euBQylUs
http://recantodasletras.uol.com.br/homenagens/2322144
http://muraldosescritores.ning.com/profile/HildebrandoMenezes
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
quinta-feira, 17 de junho de 2010
POEMAS SÃO PONTES – Edição de Lourdes Ramos
Ressoa forte uma voz em meu caminho
É a tua palavra tão intensa e encantada
Ao compor duetos em buscar do amado
Se antes meu peito era silente e travado
Parece que estive igual à bela adormecida
Vieste libertar-me na manhã de domingo
Tudo de repente ao redor, ficou tão lindo
Pois abristes com tua voz, portas e janelas
Porque elas se iluminaram de par em par
E o sol pode entrar pelas frestas e soleiras
Onde se pôde ver uma multidão a cantar
Sem haver o medo estampado no olhar
Como se ali estivesse a chave do mundo
Que se abriu de um minuto a um segundo
E um coro de anjos ecoou dentro de nós
Nas cores celestes de um azul profundo
Então o verde do mar se fez borbulhante
Como jardins de sonhos e sons verdejantes
O vento foi se achegando viril assobiando
A nossa canção de amor doce e envolvente
Sibilando e sussurrando versos delirantes
O ser revolucionário se fez então presente
E iniciou-se a liturgia do versar penetrante
E compusemos um duo para todo o sempre
Seremos os tripulantes do amor navegante
Serei o teu príncipe e serás minha princesa
Engendrados sempre em cada novo tema
Em meigos versos, em doces rimas e poemas
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/1810866
Assista ao poema em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=esMPp0Yl7mA
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Grito da Negra Cor rente
Toque no meu corpo negro, forte
Capaz... Na chuva ou no sol
Quero sentir o cheiro da tua pele
Esparramado sobre o lençol
Toque e verá.
Sinta e viverá
Ouço as correntes,
Alucinadas e constantes
O suor gritando no coração do oceano.
Iludido no mirante
Venha! Refaça os teus planos
Do nascer ao poente
Seja forte e resista.
Tudo parece difícil,
As tempestades e as marés
A lua brilha mais ao teu olhar
Somos fortes,
Capazes... É isto!
Solte o teu grito
Acode e acorde o infinito
Do teu sangue tão bonito
Canta negro! O nosso canto é forte.
A tua suave melodia que me vicia
Alivia as minhas dores
Venha explodir e amores
Toque no corpo suado,
Surrado pela sorte...
Recorra a tua garra
Solte as tuas amarras
O nosso canto é forte!
São menos de 150 anos de libertação
A construir a nossa história
De lágrimas e de glórias
Levamos na memória o nosso canto de dor
O canto mais forte
Um dia ecoou
Do sul, do norte
Leste, oeste, centro-oeste
Nordeste e sudeste
A vencer a morte
Com a vida no ventre
Tem gente que ainda critica
O canto que nunca cantou,
Não sabe a delícia
Da suave malícia
Da magia que enfeitiça
Trago no peito,
Na raça e na mente:
A igualdade sempre para a nossa negra cor rente.
Dueto: Débora Moreno e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no poema original de Débora Moreno “ Negra cor rente”
Veja o Poema em Vídeo: Edição de LuLinda
http://www.youtube.com/watch?v=fZz2VW9TOqs
Amor, Cor, Dignidade, Humana, Liberdade, Negra, Raça
Neste vídeo uma prova de SUPERAÇÃO de todas as dores do mundo colocadas nos seus ombros, pelo medo e preconceito dos homens. LuLinda soube captar, como ninguém o havia feito até hoje, nesse grito de cor agem, cor rente, dignidade, liberdade, fibra, raça, enfim o que está escrito e editado no poema, nas imagens, na música, no brado mais bonito de amor dos poetas que quiseram emiti-lo pelos versos de Débora Moreno e Hildebrando Menezes.
NOSSOS SENTIDOS...
Mesmo cego tateio os teus poemas
Letras, palavras, versos e fonemas
Entram e se instalam na minha cama
Fico trêmulo e as pernas bambeiam
E pelo meu olfato sinto o teu cheiro...
Que desperta, embriaga por inteiro
Alegrando as minhas tristes horas
Não querendo mais que vás embora
Porque o teu beijo é o meu desejo
Pelo bom gosto que de ti escorre
Em meus lábios úmidos e sedentos
Ao ler-te assim à luz do sentimento
Tão intensamente a cada momento
Dando-me água na boca como louco
Até me sufoca essa tua ausência...
Pela rede dos arrepios com freqüência
De uma saudade terna e constante
Fico demente e inconseqüente
Será que a paixão bate à porta
Só os teus sinais me confortam
Teus pensamentos a me fazer sorrir
Ao ver o teu semblante... Será que...
Há um código em Braille para aferir
O que há no conjunto desses sentidos?
A te apreciar diante de tantos encantos?
Diga-me aí o que diz o teu poético coração
Diante dos sussurros desta inspiração
A declinar nesta minha suave emoção...
Dueto: Lara e Wilde
Veja o poema em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=AfXW45THdFI
Aqui neste vídeo-poema LuLinda atravessa o atlântico e navega no barco da paixão Luso-brasileira, no primeiro duo de Magda Teixeira Graça (Lara) e Hildebrando Menezes (Wilde) reconstruindo das cinzas do passado o amor que ficou eternizado no filme Dr. Zhivago, numa perfeita obra-prima sensual e comovente. Nosso aplauso de pé.
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2297582
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