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sábado, 4 de julho de 2009

SINTONIA VIRTUAL...VALOR DA HUMILDADE













SINTONIA VIRTUAL

Eu não te conheço de verdade
Apenas tenho sadia curiosidade
E sinto um desejo intenso
De poder ir ao teu encontro

De te conhecer
Pelo simples querer
De te saber
E de como poderás ser

De me aconchegar
Ficar junto e te acariciar
De ser submissa ao teu abraço
Receber um cafuné no teu colo

De dizer desta imensa
Vontade louca e intensa
Saudade cósmica...
De brincar com teus cabelos

Olha para mim
Sinto que estás a fim
Ouve bem o que digo:
Cola tua cabeça ao meu umbigo

Meu coração dispara
Cada vez que contigo depara
Ao te ver chegar
Dobra seus batimentos

Eu te apreendo
E logo te compreendo
Melhor do que a mim
O porquê de ser assim

Posso adivinhar
Fico a matutar
O que queres dizer
E me surpreendo por prever

Ao te ver fazer contato
Fico esperto no ato
E quando te lia
Sentia empatia

Eu descobri
Que é sinergia
O que havia comigo
É a mais pura magia

Comecei a fazer poesia
À noite, tarde, de dia
E eu nem sabia que era poeta
E o que inspira e desperta

Plasmei a tua inspiração
Senti forte a emoção
Pensei o teu pensar
Amei o teu jeito de poetar

É um querer sem explicação
Que me faz ter devoção
Há muito o meu coração
Pula com tanta excitação

Mas não batia deste jeito
Tão faceiro e tão festeiro
O encantamento aconteceu
Fez-se luz no meio do breu

Ao saber que existias
Tudo começou a fazer sentido
Instaurou-se uma linha direta
A beleza d’arte completa

Uma suave e eterna sintonia
Como maestro, orquestra e sinfonia
Sem qualquer preconceito
Senti-me pleno e satisfeito

Uma incontrolável euforia
Daquelas que a tudo inebria
Causando contagiante alegria
E faz o amor-perfeito acontecer...

Portal e janelas adentro!


Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes
Assista o poema em vídeo:
SINTONIA VIRTUAL
http://www.youtube.com/watch?v=LkB6fjEeLG0

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAOpuNwMO4SgF3K-9sWko8AWsv9p_jO7d_L0llsCzeMXQ6AXj7X9qTmCmvdWxLv5Bb v8BkzJBsSS6hTf99INrM63QAm1T1ULNfMc9YU8aCYCr2UCNnFyX31dMO.jpg
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1681137

VALOR DA HUMILDADE

Nalva: Pensando na humildade foi que fiz esta canção,
entoada e ritmada com o olhar dos pobres dias,
despretensiosa de resplendores e holofotes,
feito estrela bem distante e bem risonha,
daquelas que se tem que forçar vista pra ver brilhar...

Hilde: Mas não pense que pelo brilho tênue e distante,
não possua a real importância que lhe é intrínseca,
desde sua reluzente nascença. O que deseja é o
vislumbrar da tua necessária atenção e presença
a emprestar o brilho da pujante elegância.

Nalva: Eu fiz esta canção para a singeleza da terra molhada
e o perfume que exala do abraço da tarde com a manhã
no chão que nada cobra para trazer mensagens da chuva,
como quem se entrega ao dominante desígnio das águas,
retendo nas entranhas o ciclo da vida em continuação...

Hilde: Aí reside a magia advinda do ventre da terra a parir poesia e fantasia
na sincronia da noite a vestir com seu manto escuro os dias, fecundando com suavidade e umidade as grutas e os grotões, fazendo brotar a maciês da relva no meio da selva, enquanto chove dos olhos do céu a beleza infinita a despertar a pujança da vida dançando nas mentes inocentes a ternura para a qual enternece a prole e a messe.

Nalva: Eu fiz esta canção ao sofrido homem do campo,
ao seu tímido e imprevisto olhar rumo à plantação,
às suas mãos tais qual adobe pelo tempo corroído,
como quem nos dá, com sua miséria, o próprio pão,
nobre, ostentando alegria ao alimento ver brotar...

Hilde: E como é belo ver nascer o produto do suor honesto,
confrontado à esperteza astuta de quem não labuta,
nem vai à luta para conseguir retirar o fruto sofrido
do trabalho, no chão agreste com suas poídas rôtas vestes .
Aí se pode perceber a diferença do aproveitador com o
trabalhador do amor ao bem intenso.

Nalva: Eu fiz esta canção da natureza para o tão frágil homem,
que pelo orgulho e vaidade se deixa facilmente violentar,
arrogante, a embebedar-se do poder e putrefatas vitórias,
perdendo a visão da distante e tímida estrela,
a fragrância da terra molhada, o valor do homem pobre a lhe
prover pela força das mãos...

Hilde: E esta canção pode e deve ser entoada e cantada em todas
as nações para que o amor puro se manifeste nos frios corações
ou nas mentes poluídas pelo pecado da opressão e da ganância
a desvirtuar as relações entre os homens e os seus sucedâneos
na cadeia das atuais e futuras gerações.

Nalva: Pensando na humildade foi que fiz esta canção,
protagonizada pelo belo não tão fácil de se enxergar,
omitido nas instâncias pequeninas, jamais exaltado...
Entoada e ritmada nos momentos hodiernos, minha utopia,
roga que alguém a perceba, ouça, aprenda um pouco,
solfeje e interprete a canção de ser humilde, ser feliz.

Hilde: Foi pousando os meus olhos cansados por tanta injustiça que reina
no seio da insensatez que comanda o teatro dos absurdos, que a tua
canção entrou pelos meus tímpanos como um sopro divino a comandar
meus sentidos e tentar responder em versos melódicos o encanto
que o teu canto produziu em mim que não resisti em vir te aplaudir...
De pé... Aqui debaixo dos coqueirais tendo só o mar como testemunha.

Dueto: Nalva Ferreira e Hildebrando Menezes
http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/1681828

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