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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Régua e Regras...Sob o fio da navalha










Régua e Regras




Passe a régua



Nos vínculos
Nas inconseqüências...
Nas impossibilidades...

Faça regra...


De sentimentos generosos
Ousadias no seu cotidiano
Harmonia plena na vida

Passe a régua


Nas incertezas
Com destrezas
Sem afinidades...

Faça regra


Ao pensar e agir
Com carícias e sorrisos
Tesão e desejos

Passe a régua


Na esperança
Nos vales que prosperam
Sob os seios da eternidade...

Faça regra


De amar sem esperar
Doar para salvar
Compor para encantar

Passe a régua


Nas angustias
Das noites vazias
Nos desencantos

Que te enviam
Só agonias...

Faça regra


De mundos imaginários
Com a ternura d'alma...
Rebeldia às injustiças

Passe a régua


Nas impurezas
No dia fraco,
Na morte incerta
Entre o vago seio

Da sorte esperta

Faça regra


De ruptura ao pudorismo
Falso e superficial
Contra invasões da privacidade

Passe a régua


Nas lembranças
Nas compensações
Nas recompensas
Dos falsos dias...

Faça regra


Sem lambanças autoritárias
Que cerceiam a liberdade
Da doçura e da verdade

Passe a régua


Nos amores inacabados
Limpe o profundo vago
Com maestria...

Faça regra


Que acaba com as carências
Procurando a elegância...
Sensualidade estonteante

Passe a régua


No seu ser errante
Curta o poente
Com amor pulsante

Faça regra


Que destrua a intolerância
Na construção de afetos sadios
Para destruição das amarguras

Passe a régua


Nas dores
Arrume a casa com flores
Com volúpia de todas as cores

Faça regra


De buscar a beleza...
Fugaz dos sonhos presentes
No uso do talento constante


Poeticamente amantes...

Réguas e regras vencidas
Degustem o sabor seco e suave
Do néctar vinho da vida!

Enise/Hilde

Veja o poema editado em vídeo

http://br.youtube.com/watch?v=5gDYp4xHUBo

Sob o fio da navalha



Poeta finge ser caçador
Um palhaço invertido
Um catador de sonhos
Arranca presumido
Os estilhaços de sua dor

Pele apertada na alma
Explora as letras
Fluídas como cometas
Ao sair de suas mãos...

Rega dores
Fala dos falsos amores
Abaixo de um sol cego.
Cintila uma lua surda
Destila suas mágoas
Num oceano de escuridão...

Na magra inspiração
O céu fecha-se em solidão
Procura no som das águas
Um vinco lúcido da razão.

É dualista
Poeta...realista
Profeta em cada nova imersão.
Laico, itinerante
Tão brilhante
Como um mosaico de emoção...

Na textura das suas palavras
Aponta como as nuvens fugiram
Quais caminhos o vento seguiu
Atrás de quais carinhos...

Como o porte
Entre o romântico e o sensual
Surgiram
No tênue corte
Da poesia que entalha
Sob o suave fio da sua navalha...

Enise

Poema editado
http://br.youtube.com/watch?v=N1kZkDZJRZE

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