domingo, 20 de abril de 2008
Andarilho...Transmutação do beijo
Andarilho
A inspiração vem de tudo...do nada
Perguntas com respostas caladas
Ao andarilho das palavras
Nada é mera bobagem
Através do vento faz sua viagem
Com causa...sem muita explicação.
Na sua caminhada
Entre os versos...e vazios
Vai consumindo e produzindo
As emoções em romaria...
Enterrando as ilusões
Sob o barro da poesia...
Canta como uma rouca cotovia...
Emaranhada ao amanhecer...
Beijando...Sugando...
As gotas do orvalho
Das sensações comandantes.
É errante
Mendiga amores
Ameniza as dores
Farrapos das estações...
Adoça as bocas malditas...
Mela a saudade inaudita
Roto dos veios maltratados
Que aflige os corações...
Foge do tempo...
Se perde no espaço
Recorre ao pensamento supremo...
Nas suas criações...
Deseja o sempre...
Permeia o talvez
Festeja o nunca
Como se a vida...
Não fosse acontecer
Usa o talvez como argila
Protege seus poréns
Passeia por verbos extremos
Nestes vais e vens...
Seus desejos insanos...
Sagrados ou profanos
Como fosse o último ser humano
De coitos contidos...ventando
Dos gozos sofridos...sem danos
Tua alma grita e reclama
Entre os sussurros inflamados
Pelos gemidos calados ou declarados
Exprimidos entre a prisão e a soltura
Êxtases inexplorados...
Fundido nas esperas
Rendido em todas as esferas...
Vigia das próprias agonias...
Aguarda as invasões dementes...
Abreviadas pela realidade
É carente de eternidade...
Refúgio da sua saudade...
Sem sofreguidão...
Solfeja latitudes
Amplia os braços
Na infinitude de qualquer amor...
Ébrio...louco
Rompe a escuridão
Com intensidade...bebe a loucura
Com ansiedade mergulha sua magnitude
Tão pura...na imensidão...
Pouco...ou muito...
Andarilho dos
Verbos...sedas...
Envereda nas palavras ...
De vida tão plenas...
E numa única voz...como labaredas...
Explode toda a sua emoção...
Enise/Hilde
Veja o poema em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=O9zxFSm8GmQ
Transmutação do beijo
Você já deu daquele beijo parafuso...
Sim! Àquele que te deixa confuso
Um encaixe perfeito...com jeito...
Não solta...enrosca...acopla...
Cola...enrola e não desgruda
Linguas dançam no céu da boca
Alçam o vôo e te levam às estrelas
Teu corpo sente ele por inteiro
Esse tipo de beijo é coisa louca
Entorpece...amortece...enlouquece
Mas você nunca mais esquece
Não dá pra mentir depois...
Que o ato foi só de amizade
Mas também não dá...
Pra você fingir que foi só sexo
É forte! Misterioso. Complexo!
Transcendente. Único. Exclusivo.
Porque foi mais que um beijo ou desejo.
Foi a explosão do amor...com seus trejeitos.
Uma mistura...uma alquimia...a química
Do tesão...da paixão e da ternura
Troca mútua...nascida...transmutada
Lá das profundezas de dois seres
A delícia das delícias nas melhores carícias
Navegação ardente das peles...revoltas
Em ondas balançando soltas emoções
Incursão repleta e divina que nos completa
Nos seus...nos meus...lábios em festa
Interligados...ocupando o mesmo espaço
Esses são beijos que não mentem
Não há palavras que os descrevam
Da forma...no sabor que acontecem
E o bom e mais gostoso... todos o merecem
É nosso direito. Busque! Vá atrás...
E não descole quando ele chegar...
Aproveite-o!
Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=hMzt0xlnfMQ
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