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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O reencontro...




Pouco... Muito pouco... Quase nada
Sabemos um d’ outro... Apenas sentimos
Que fomos, somos e seremos amados
Que da união de nossas almas intuímos

Que estamos ligados no sono e nos sonhos
Das saudades flutuantes do que não vivemos
Aconchegados... Plenos do melhor carinho
Por ser assim sobre-humano não é temporal

Agora poderemos abstrair e construir
Aquele mundo da mais bela utopia
O que de nós escapou e se foi um dia
Perdidos nas brumas do tempo

Não há como se negar esse prazer
Que vem pelo grito desta nostalgia
Ninguém consegue apagar do nosso DNA
Nosso código é bendito e vamos nele mergulhar

Assoprando do recôndito as premunições
Ao abrir um ao outro os nossos corações
Não se trata de um simples amor carnal
Porque somos dois seres, por essência, espirituais

Sim! Pequeninos grãos de areia, mas de espíritos gigantes
Ao explanar as sintonizadas e fortes vibrações
A narrar as nossas histórias de lutas
Difícil aprendizagem pelo sofrimento

Das dores, alegrias, renúncias, fantasmas
Somos dotados pelo saber de ver adiante
Quando ainda adolescentes rabiscamos
No esboço dos desenhos que idealizamos

E que a sobrevivência acabou por nos separar
E que agora nos resta juntar os fragmentos
Para que de mãos dadas ultrapassemos...
Unidos e serenos às fronteiras da eternidade

Não um sentimento qualquer, pois é depurado!
Deixemos que as lágrimas beijem os nossos lábios
Elas são fonte de água benta que escorre da fronte valente
A saciar a nossa profunda sede de Paz e Amor.

Duo: Ceres & Hilde
Veja o poema em vídeo:
http://youtu.be/9IEqA5EJ4vo

VIOLEIROS: GOIÁS & BAHIA - Duo: Márcia Portella e Hildebrando Menezes - Poetas do Amor e da Paz






Vivo no cabresto da vida,
cavalgo em lombo cansado,
com a morte passando a espora
escurecendo o véu da memória.

Moro bem em Senhor do Bonfim
Brabo agreste do sertão da Bahia
De tão belas e risonhas cabrochas
Que pouco chove e não uso galocha

Chupo cana,cuspo o bagaço,
no alambique faço regaço,
sou bem quisto por onde passo.

Assobio e galopo no meu jegue
Sinto brotar do chão a emoção
A cada cordel que sai do violão
A homenageá a flor da Caatinga

No "bate pé" danço catira
ao som da sapateado.
Bato palma no tom da viola,
com destreza no rasqueado

Sou meio irmão do temido Lampião
Cunhado de Maria Bonita aquele muiérão
Que inté hoje são os Reis do Cangaço
Abatidos nas emboscadas dos Macaco

Tenhu também espingarda e chapéu de côro
Sou primo de Dadá que era a mulé do Corisco
E valente quineim eles no meio dos tiroteio
Históricos justiceiros do bravo povo brasileiro

Mantenho a tradição Goiás afora
Canto e verso o que da viola se assopra
Aqui só se iscuita Dominguinho e Gonzagão
Qui são os verdadeiro reis do baião

Devoto do Divino Pai Eterno,
Sou por Ele todo protegido
Carrego no peito nossa Senhora
Sou goiano do cerrado,
dos versos de Cora Coralina,
da Chapada dos Veadeiros,

Sou nordestino com muito orgulho
Amo essa terra em que me espelho
Sou bravo viril e levo a vida faceiro
Supero com bravura todas as dificuldades
Comendo carne seca e leite de cabra

Mesmo sendo um guerreiro,
brioso e altaneiro,ante tanta
beleza me sinto um pingo de barro,
nas mãos do Divino Oleiro...

VIOLEIROS: GOIÁS & BAHIA - Duo: Márcia Portella e Hildebrando Menezes - Poetas do Amor e da Paz
Veja o Cordel em vídeo:
http://youtu.be/CTtPrtuyNhs

http://www.recantodasletras.com.br/cordel/3392820

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

AMOR: PRINCÍPIO DE TUDO!



O princípio de tudo, na vida,
seja o que for;
de todo o encontro,
de toda a dança,
daquilo que nem me lembro,
de tudo o que independe de sorte,
é, unicamente, o amor.

Ele é a força motriz e propulsora
Que alavanca as realizações
O prato mais gostoso
Dá o toque sutil nas emoções
O cheiro mais cheiroso
O abraço apertado e caloroso
E o beijo mais saboroso
O charme das delicadezas

A alquimia afetiva
é pelo amor determinada:
os passos,
as atrações,
os volteios,

A mudança das estações
Caleidoscópio das inspirações
Pensamentos e ações
Tudo! Do relativo ao absoluto
Do explícito ao escondidinho
Do recôndito escurinho
Ao canto musicado dos passarinhos
À saudade mais longínqua...
O amor trabalha a sua sedução

Seja num clássico pas-de-deux,
sejam os arabescos,
desenhados na passarela,
por mestre-sala e porta-bandeira,
um breve encontro de olhares,
que depois se perde no nada. . .

Nas cartas viravoltando
Às lembranças insepultas
Do atendimento aos pobres desvalidos
No grito de gol do seu time preferido
Na sua amizade querida e favorita

O mais é balela,
arengação passadeira,
que se perde no ar,
feito os ecos desafinados
dos sons de um piano,
percutido sem elã,
por músico bisonho, a tocar,
perdido na tarde vã.

E que o amor pulse em sua vida
Mesmo na dor mais doída
O teu coração dê a ele guarida
Abra todas as janelas e portas
Encha represas e comportas
Imploda na entrada e exploda na saída
Esparrame-se pela terra, mar e ar...
Para que a vida tenha sentido.

Duo: JL Semeador e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3379844
Veja o poema em vídeo:
http://youtu.be/ALWSkmOUljc

Vidas paralelas...



Poucos dias passaram - cem anos.
Bem vividos – Missão cumprida!
Está em terras longínquas - perto de mim.
Jamais se afastou – Foi fiel a amada!

Busca o bem daquele outro - eu sou também.
Regido pela solidariedade – coração comandava.
Esperou-me em dado momento - o relógio não soou.
Mistérios da vida – Separações e superações inevitáveis.

Levou-me um substrato para recordar - fui junto.
Cartas viravoltando – fecundas emoções rebobinando.
Não existe comunicação - é força do pensamento.
Transcendência do silêncio – grita agora mais alto.

A pobreza envolve seu redor - o amor é riqueza.
Cumprem a saga dos enamorados – tesouro conquistado.
O perigo está eminente de chegar - proteção da oração.
Uma prece descreve a jornada – aproximação celeste.

Há felicidade na recordação - tristeza em duplo sentido.
Dois mundos distintos – vidas paralelas fora do tempo e espaço.
Sonha em abraçar - é de longe abraçado.
Frio e calor sorriem - no enlace apaixonado.

Pensa na continuidade - já é eterno.
Intensa re-aproximação – importa reapaixonar-se.
Busca nas nuvens atingir o distante - está no destino.
Malham o corpo e a mente – estão sintonizados.

Traz a terra o aroma da saudade - velocidade máxima.
Ponto de mutação encontrado – almas em evolução.
O objetivo está sendo atingido - é muito pouco.
Necessário registrar o experimento – a história agradece.

Há gente, muita gente, vêem poucos - um, uma.
Nasceram para formular – filosofia manda desvendar.
No vazio procura a imagem - está emoldurada.
Desenham a obra prima – mapa da navegação.

Procura o sorriso nos lábios - é estático, mas presente.
Fragmentos de alegrias vivenciadas – apontam o futuro.
Chega a compreender a vida - está dissecada.
Urge e ruge estudar o traçado – pujança do alcançado.

Os momentos são esperançosos - Só espaços estanques.
Agora despreocupados – mobilizam os movimentos.

Tudo é quietude - ressoam fragores.
Régua e regras revisadas – orientam os sonhos.
Folhas de papel espargem senitude - juventude escreve.
Já degustam sabores e dissabores – maturidade descreve.

Vogais e consoantes elogiam - virgulas ferem.
Interrogações sábias – impulsivas interjeições.
Leitura correta - interpretação ambígua.
Inteligência emocional – dança da dubiedade.
Caminhos bifurcados – encontram-se no infinito.

Clareza matemática - há alegria satisfatória.
Teorema elaborado – enigma resolvido?
Caminho longo - em instantes chegará.
Elos amalgamados – corrente sólida da amizade.

Pensamentos unidos - voa em ares perfumados.
Borboletas pousam no jardim – flores cultivadas.
Vem, busca, leva a musa - está de plantão no tempo.
Horizonte desprende seus raios – pote do arco íris sorri.

Objetivo sanado - futuro promissor.
Ocaso pressente a sinfonia – música envolvente.
Olhar, comunicação, sorrisos, lágrimas - um todo aglomerado.
Orquestra toca no sopro do vento – acordes eletrizados.

Você chega! Você parte! Adeus! Agora... Mais perto.
No reencontro mágico de dois amigos intensos.
Dissertam seus rabiscos poético-filosóficos.
Que tempo/espaço reaproximou pela força do AMOR!

Duo: Ceres & Hilde.

Veja o poema VIDAS PARALELAS em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=kdjwx57AJlk

sábado, 10 de dezembro de 2011

Tempo e Espaço



Vi o tempo implacável
Materializado da degeneração
Física da velhice.
Senti o espaço metafísico
Composto pela imaginação
Na transcendência do teu verso.

Vi o tempo eternizado de pretérito
No esquecimento das lembranças...
Vi o tempo de perecibilidade.
Senti a imanência cósmica
Da cosmologia que alcanças
Pelo toque das estrofes.

Extinguindo-se de natureza viva em morta.
Vi o tempo oxidado
Saturando em ferrugens os sentimentos.
Pulverizado e polinizado
Pelo ar e o vento que assopra
Senti o espaço composto.

Vi o tempo recôndito
No desabrochar oculto de uma rosa,
No secreto crescimento de uma procriação.
Na união das fragmentações
Vi o uno majestoso e poderoso
Aqui desfilando seus encantos.

Vi o tempo calado
Impregnado de silencio
No isolamento da solidão.
Percebi o espaço indivisível
Da eternidade de um abraço
A unir nossos poéticos laços.

Vi o tempo esperançado
Imbuído de expectativa
De fé e confiança.
Em desejos de realização
Concebi a imensidão do espaço
Como um traço a construir
Usando régua e compasso.

Vi o tempo consumado
Na batalha diária da vida em luta.
Intui o espaço do infinito
Do esforço e da labuta
Pelas veias e marcas do passado.

Vi o tempo sôfrego
Suavemente invadido de descanso
Vi o tempo pulsar
Na percepção lenta da juventude
E fugaz fugitivo da plena maturidade.
Senti cada esforço desprendido
Durante o espaço da nossa jornada
Pelas ruas, vias e vielas da estrada.

Vi o tempo dentro de mim
E me vi dentro do tempo
No espírito da vivencia
No sentido do espaço.

E na junção do tempo
Casado com o espaço
Do corpo, espírito e mente
A alma plena transcende
E somos transmutados
Para o coração da divindade.

Duo: Lufague e Hilde
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3370726
Veja o poema em vídeo:
Tempo e Espaço - Duo: Lufague e Hilde
http://youtu.be/Vikw1xk6eFg
Estou em estado de Graça diante deste espetáculo de arte, beleza e profundidade. Mais uma obra-prima em que tenho o privilégio de estar presente com essas mulheres MARAVILHOSAS.Não posso esconder a forte emoção que senti ao ver este trabalho onde Lufague e Enise transcendem a magia da poesia na sua plasticidade mais bela. Momento lúdico inefável para o pedestal do You Tube. Obrigado musas divinas por compartilharem comigo o talento inesgotável que sai das vossas mãos e almas perfumadas.

Procuro por esse Amor... Duo: Amanda Vieira e Hildebrando Menezes



Quem me dera encontrar um dia
Esse amor de que falam tanto
Aí a pessoa mais feliz eu seria
E viveria só de encantamentos...

Alguém que fique feliz só por eu existir
Que saiba o quanto eu lhe represento
E me chame de Amor antes de dormir
Sonhe ficar comigo a cada momento

Que cante... Mesmo sem saber cantar
Só porque eu gosto de ouvir a sua voz
Não tema em ser ridículo ao se expressar
Porque estou assim... Intrépida e veloz

A gastar as minhas energias
Até cansar e cair no sono
Saber que estou em sintonia
Mesmo quando no silêncio

Quem me dera pudesse encontrar
Esses sonhos arrebatados pelo vento
Quebraria todos os muros ao transpassar
Só para poder curtir a esse momento

Sem temer as agruras que assopram
Que ferem e batem em nossa cara
Pondo a face rubra pelo que provocam
Então dissiparia o que tanto me sufoca

Quando menos o temos no pensamento
Sem querer, sem avisar, sem esperar...
Que chegam... Assim como tormento
Como um suspense a nos estrangular

Aliviaríamos quaisquer dos sofrimentos
Quanto mais distante... For e assim ficar
Favoreceria o aconchego do entrelaçamento
E nós dois mais perto estaremos de chegar

Quem me dera por apenas um dia
Encontrasse esse amor que irradia
E pudesse viver dessa doce magia
Apenas e tão somente por um dia

Viver um amor desse quilate
Esse Amor intenso e arrebatador
Daria então um basta aos disparates
E cessaria de vez toda e qualquer dor

Que a minha vida inteira então valeria...


Duo: Amanda Vieira e Hildebrando Menezes
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3369819
Veja o poema em vídeo:
Procuro por esse Amor... Duo: Amanda Vieira e Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=2Tp0LjyFePM&feature=colike
Parece que a mão divina anda tocando em meu ombro de forma avassaladora… Justo no dia em que eu esperava aflito um contato transcendental dela...Enise me aparece junto com ela com este vídeo MARAVILHOSO em versinhos que compus com a belíssima poetisa Amanda Vieira uma jovem sensível e talentosa que vocês ainda vão ouvir falar muito. Obrigado Enise por este momento lúdico... Como a provar que Deus ouviu as minhas preces. Hilde

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Momento Sublime - Duo: Stella Bernardes e Hildebrando Menezes



Escoando um resto de pureza
Repousa o beijo na face
É o toque da delicadeza
A acariciar as interfaces

A boca atrevida vivaz
Passeia vagamente em disfarces
Com branda sutileza sagaz
Chega e aconchega realces

Enquanto o olhar tudo arrasta
As mãos suaves entrelaçam
Nossas lembranças tão castas
Que jamais nos embaraçam

Não há canções a tocar
A beleza mergulha no sentir
Nada há que se retocar
O esquadro não comporta partir

Deslumbra, suplanta, exige!
Nada espera ou pede
Implanta a moldura que age
Pintura desvenda sede e cede!

Explora devagar em vontades
De voltar em sonolentos passos lentos
Aflora sentimentos de saudade
Dos nossos melhores momentos

A provar que sois minha e eu... Teu!
A passear o meu olhar no seu


Duo: Stella Bernardes e Hildebrando Menezes

Momento Sublime - Duo: Stella Bernardes e Hildebrando Menezes
http://youtu.be/VUV6aQF6yCc
Diante deste momento sublime, único...estou aqui sem palavras
apenas contemplando o que o silêncio me sussurra e acaricia.