INFINITO OCULTO

Cada letra
é semente
de palavra.

Dali a sutileza
Engravida a delicadeza
E dá a sua ênfase...
Na mais bela e pura poesia.

Cada palavra,
um poema
oculto,
inteiro
de possibilidades.

Que nascem
Como uma brisa
Solta ao vento
Beijando a tua face
Ou a flor que desabrocha e exala
Um perfume que no ar se espalha

Cada frase,
um romance
inteiro,
portal
da vida,
um mundo
revelado.

Que supera
Tempo e espaço
Pelo esboço e seu traço
Exposto num quadro

Cada romance,
o infinito,
trilha
iluminado,
céu estrelado,
o sonho
mais bonito.

A imortalizar
Plenos sentimentos
Em momentos...
Na música
Nos livros
Pelas artes...

Dueto: JL Semeador e Hildebrando Menezes
Veja o poema em vídeo ofertado ao querido Tio Fortunato falecido em 29 de março de 2010 com 97 anos de idade.
Infinito Oculto
http://www.youtube.com/watch?v=znuYd7xzr5I
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2132415
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/infinito-oculto

PRECE DO ENVELHECIMENTO

ORAÇÃO PRA NÃO FICAR RABUGENTO


Senhor meu Deus...
A Ti não posso negar
Estou a envelhecer
Vejo as rugas chegarem

Venho então Te pedir
Que essa velhice...
Não se torne chatice
E eu não caia no ‘disse me disse’

Que eu beba do néctar do silêncio
E a solidão não me atormente
Porque às vezes me falha a mente
Não permita que eu fique demente

E que eu não me intrometa na vida dos outros
Como a querer consertar o que já nasceu torto
Para vir tentar por ordem à desordem
Não deixe que arme 'barracos'
Que eu me aquiete em meu canto do Bem

Que eu faça bom uso da experiência
Colhendo os frutos da Tua Sapiência
Com amor, paz e consciência
E que eu preserve os bons amigos
Que de tudo é o melhor dos abrigos

Que eu não vire um chato de galocha
Daqueles que se reviram em minúcias
E vá logo ao fulcro do que interessa
Sem àquela maldade de fofocar

Que eu não viva lamentando
Doenças e amores perdidos
Afinal meu nome é Hildebrando
Que adora cozinhar em fogo brando
Que eu suporte a tudo com paciência
Ancorado na Tua ciência

Que eu seja e esteja sempre amável
Tratando a todos com ternura
E que ouça alguém dizendo com doçura...
‘Que velhinho admirável’!!! rs.

Não me permita virar santo...
E nem mesmo travado ou safado
Nem deixe eles chegarem perto
Pois são verdadeiros pentelhos
Porque se bobear ficam encravados

Quero ser somente um fiel temente
Protegido por sabê-lo ao meu lado
Ser apenas um velhinho sossegado
Não me permita virar rabugento
Porque aí eu não agüento...

Isso é lá coisa danada do Diabo
Prefiro comer galinhada com quiabo
Ah! E proteja-me dos mal intencionados
E me mande bastante inspiração diária
Que a poesia não falte em meu cardápio
Despeço-me com açúcar e com afeto

Assim seja! Amém!

Do Teu...

Hilde Aprendiz de Poeta
Nota: Inspirado em Marita Pimenta minha ‘velha’ amiga.
Veja a prece em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=JPcynvZdO2g
http://recantodasletras.uol.com.br/oracoes/2158501
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/prece-do-envelhecimento

POEMAR... SEMEAR!

Poemar é parir palavras,
Desenhadas com artimanha
Outras apenas concebidas
Na inspiração dos sonhos

Gerá-las nas entranhas
Na melhor das manhas
Como quem, a terra, lavra,
Cultivadas com carinho

Até libertá-la - libélula -
Que voa pelo horizonte
Pousa ali adiante
E singra os mares

Cria recém-nascida,
Chora, ri e grita
E que berra,
O que ela quer é ser ouvida

Na ausência da fala,
Ensaia sua linguagem
Para mostrar a linhagem
A dor sentida

De quem está na vida
Diante de realidades
inóspitas e estranhas
Se despe... Se mostra!

Poemar é tirar da palavra,
A seiva que escorre
Antes anódina e disforme,
Depois vestida...

Nos conformes
Que desfila e perfila
Variados sentidos,
Líricos ou trágicos
Do poema,

Seja lá qual for o tema
Ela tem o seu cuidado
Tarefa de mãe extremosa,
Que o feto nutre

Pela doçura do afeto
Como alimento mágico,
Nutriente indispensável
Puro, valioso e saudável

Livre de toxinas,
Rico de proteinas
Do próprio ser extraído.
Pelo leite materno

Poemar é tarefa sublime,
Com ou sem as tais rimas
Que medra afetuosa,
Nos labirintos escorre insinuosa

Em jardim onde não se supusera,
Se aquieta e se agiganta nas esperas
É planta que nasce no muro
A envolver e subir alicerces
- hera - uma-a-uma,

Exemplar rompendo as eras
com alegria,
em surdina,
Poesia meio divina

Animal ornitológico,
Que possui a sua lógica
Com olhos de águia
Espécie de lealdade canina
e dentes de tigre.

Poemar é saber conjugar
E declamar o verbo amar!

Trieto: JL Semeador, Hildebrando Menezes e Moreno Jambo
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=tzZIcVBcf3E

Para ver o vídeo destacado, visite o MURAL DOS ESCRITORES:
http://muraldosescritores.ning.com/video/video/listFeatured?xg_source=msg_feat_video
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/2124735
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/poemar-semear
http://muraldosescritores.ning.com/group/duetos
http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAE3iXoJlOgSxpuhh2lxBqOxDujVxfJGjFVAUa7OBoodu2cUnEgoaydZXCGDrYsNAQF-3_OJtBpHDNpJVbDV8-HIAm1T1UNQSNTLfOldYxyNKyMGNS242Hlve.jpg

Síndrome do Pânico...

Quando as forças se esvaírem
E sentires a tua alma vazia
Vires que sumiu de ti a alegria

A tristeza instalou-se e fez morada
E agora vives só de nostalgias
É hora de retomar a estrada
Reescrever a tua própria história
Não se entregue ao abandono...
Nada de medo, pânico ou desengano

Refaça de imediato os teus planos
Quem foi que disse que era fácil?
A vida é feita de perdas e ganhos

Mostre ao mundo tuas entranhas
De luta! De garra! De caráter!
Que és nobre e guerreiro

Só a ti e Deus como companheiros
E aloje tuas dores no estaleiro
Iça a vela e singra os mares

Navegue e rompa horizontes
Porque não és um qualquer
Tens na tempêra a linhagem

E não serão quaisquer bobagens
A impedi-lo que siga em frente
Que vencerás com a tua coragem...

Creia! É possível... Seguir viagem
E aportar seguro após a tempestade
A paz, o amor e a felicidade...

Esperam por ti ali na esquina.

Hildebrando Menezes
Nota: Minha homenagem comovida aos portadores...

Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=c7gJr2lA4Ls

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/2119313

http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/sindrome-do-panico