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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Quando se ama...









Às vezes

Quando o amor chega

Vem devagar

E se instala mansamente...


Outras, ele chega veloz

Deixando um rastro feroz


Atropela tudo

Como o fim do mundo

Fosse ali mesmo...


Só se pensa na pessoa amada...

A toda hora fica presente dentro da gente

Como uma hera crescente

Vindo numa onda ardente


É sintonia completa

É uma alegria repleta

De bem querer...


Há mudanças na essência

Na maneira de agir ou pensar

Já não somos mais os mesmos

E se procuramos fugir ou desviar

Essa força volta atacar...e como volta!


É algo novo... em diligência

Sem que se afira sua importância

Mesmo querendo a indiferença

Há uma revolução na percepção


O mundo fica mais bonito

Vai-se num instante até o infinito

No momento do prazer...


Instalado como um fato consumado

Passamos a nos querer mais também

Como um reflexo interior...


Perdemos o domínio das ações

Estamos à mercê das emoções

E como sentimos falta

De um sinal...um toque...uma palavra...


É um caos nos sentimentos

Levados pela correnteza do rio

Ancorados ao abrandar essa paixão


Ai então, quando enlevado

Navega-se na doce calmaria

Dá-se adeus ao vazio em romaria

E ao fim da solidão...

Enise/Hilde

Veja o poema em vídeo
QUANDO SE AMA...
http://br.youtube.com/watch?v=uVAPyB4tGE8
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 12/06/2008
Código do texto: T1030297

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