terça-feira, 12 de agosto de 2008
Surpresa!
Surpresa!
Dueto Enise & Hilde
Eu queria ser...
O seu sabonete, a sua lua
Seu cotonete, seu espaguete, a sua rua
Sua frase, seu capacete, o seu sorvete.
Sua surpresa, a alegria, o seu começo
O copo de cristal, a sua palavra, o endereço
Sua escova, a alcova, seu varal...
Sua toalha, sua mortalha, uma muralha
Sua esteira, a peneira, a sobrancelha,
Sua fogueira, a lareira, a sua maçã...
Eu queria ser...
O seu chão, sua emoção, a sua paixão
Sua cama, seu pijama, sua blusa de lã
Seu brinco, seu vício, o seu benefício...
Sua água, suas lágrimas, o seu suor
Sua pele, seu cachecol, a espuma
Sua pluma, seu costume, seu clamor...
A agulha, sua fagulha, sua luxúria
A languidez, a loucura, sua lucidez
Seu lençol, o anzol, o seu sol...
Seu carinho, sua ternura, a travessura
Seu ninho, um vinho, o seu apetite
Seu cobertor, sua morada, o seu amor...
Eu queria ser...
Sua seda, o seu pano de mesa, sua loucura
Seu garfo, sua faca, sua sutileza
Seu fogão, sua mão, toda sua beleza...
Seu piano, a flauta, seu violão
Seu paraíso, o regozijo, sua sacola
Todo tempero, sua sanha, o seu travesseiro.
Sua vontade, sua lubricidade, sua sensação
O seu xodó, seu paletó, todo seu lume
Seu batom, seu dentifrício, seu perfume.
Eu queria ser...
Sua moeda, seu para-queda, sua sedução...
O tesão, sua canção, toda sua emoção
O seu prazer, seu êxtase, e a sua satisfação...
Enise & Hilde
Veja o poema em vídeo:
http://br.youtube.com/watch?v=gUpi4eWkcWU
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/enise/surpresa_duo_enise_amp_hilde
http://recantodasletras.uol.com.br/escrivaninha/publicacoes/confirmacao.php?cat=@
Não vás mais embora!... Eu estou aqui, amor!
Dueto: Deusaii & Hilde
Paixões incógnitas,
Nesta vida sem tino....
Chamo por ti...
Já em desespero...
(Deusaii)
Ouvi o teu grito de amor
Tal qual verdadeiro clamor
E aqui estou para aquietá-la
Em meus braços envolve-la
(Hilde)
Ah! Meu amor, como desejei tanto,
Sentir teus abraços,
Teus braços em torno de mim....
(deusaii)
O teu sentimento não difere do meu
A nossa distância é apenas física
Guardo você na minha lembrança
Porque sou e serei teu para sempre.
(Hilde)
A eternidade é sim o nosso lugar,
Neste infinito mundo que nos rodeia,
Se soubesses o quanto meu mundo sem ti
Está perdido,
Como eu te amo, meu querido
Ás vezes até me dói, tanto amor...
(Deusaii)
Como é bom saber que me amas
A toda hora meu coração te chama
Você é a melhor parte da minha vida
Sem você só vejo sombras querida.
(Hilde)
Mas tu não estás, mais do meu lado,
Foste embora, eu deixaste-me assim...
Sem brilho, sem vida... sem direção.
Os olhos são o espelho da alma,
Mas nos meus...
(Deusaii)
Nos teus olhos eu me espelho inteiro
Navego e trafego pelas tuas veias
Tudo que vem de ti me incendeia
Só sossego... Só enxergo... Só clareia
Quando a minha alma encontra a tua .
(Hilde)
Nossas almas unidas,
Separaram-se... Porquê, meu amor?
Quando nossos corpos viveram paixões imensas,
Lembras-te?
(deusaii)
Relembro daqueles momentos excitantes
Unidos em frenesi dos corpos delirantes
Dos beijos, abraços, carícias e ternuras
Da tua sedosa pele... Dos teus lábios...
(Hilde)
Nossos sentidos perdidos no tempo...
Nossos desejos de prazer...
Nossas promessas de amor eterno...
(deusaii)
Como fomos felizes naqueles instantes
Mesmo que breves fugitivos e inconstantes
Doamos o melhor dos carinhos ali presentes
No silêncio só se ouviam os nossos gemidos
Que rodeava e aquecia os corações em alarido
(Hilde)
Nossas almas estavam coladas,
Nossas vidas eram uma só...
E nossas noites de amor,
Eram mágicas....
(Deusaii)
Mas ao acordar... Não estavas ao meu lado
Sinto agora o frio a tomar conta de mim,
Olho para a minha cama vazia,
Ah! Como me fazes falta...
A dor vem e me assalta
Como eu a quero e preciso...
De ti, de mim... Só assim me realizo
(Hilde)
Então diz-me que não foi um sonho,
Que voltas para mim...
Que ficaremos juntos...
Que nossas vidas serão eternas..
Que ficarás comigo,
Que não vais mais embora!
(Deusaii)
Dueto: Catarina Camacho & Hildebrando Menezes
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 12/08/2008
Código do texto: T1124732
http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/1124732
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/deusaii/na_vas_mais_embora_eu_estou_aqui_amor_dueto_deusaii_amp_hilde
Noites à procura do amor...
Gosto do mar sob meus lábios... Doce amanhecer...
Quando imagino estar acordado ao teu lado acoplado
O sol livre acariciando o meu corpo sem a sua nudez...
É o mesmo que estar num deserto sem você por perto
Nos vestígios do calor que persiste em ficar de vez
Sem o refrigério da tua presença... Plena de lucidez
Os teus olhos sob minha pele, domando e saciando
Na enlouquecedora ternura de estar contigo amando
Essa tua fome que me domina e que nunca dorme...
Que só se sacia no toque mavioso que me acolhe
Os teus dedos suavemente acariciando e seduzindo
No frenesi litúrgico, profano, insano e insaciado...
Meu corpo em tempestade transbordando de desejos
Em ardorosos, gostosos, frenéticos e doces beijos
Fogo e dor, possuindo com liberdade meu intenso ser
Labaredas e bálsamos soltos na volúpia do querer
Nesta cama vazia... Sem te sentir, nem poder ter
Ao imaginar o quanto é bom estar e contigo viver
Sem o intoxicante sabor da tua boca e da tua língua
Sufoco na falta de ar, na carência... Sem ter prazer
Neste insaciável desejo que ameaça em me destruir
Na falta que me faz teus afagos... Carinhos a possuir
Teu vício intolerante e ardente paixão a me consumir
Dá-me a dimensão do tanto quanto... Dependo de ti
Absinto correndo nas minhas veias, coração morrendo
No ritmo das pulsações aceleradas que estou vivendo
Nas entranhas desse teu amor sem nenhuma piedade
Luto e labuto à procura do contato... Cheio de saudade
Acorrentando-me a ti, roubando-me a minha liberdade
Porque sei que está escrito este amor... Na eternidade
Teu corpo contra o meu, me enfeitiçando, me tomando
É a certeza da força da natureza exuberante se mostrando
Em teu antro, me cravando com teu desejo e ousadia
Quedo-me aos teus encantos delirantes na folia mais vadia
Iniciando-me na perdição e viciando-me em nossa sina...
Aquieto o meu pranto ao sentir a força dos sentimentos
Nesta paixão que não tem mais fim, carícia após carícia
Seduzo-me e introduzo-me no âmago das sutis delícias
Tua boca... Pecado me levando nos ventos da loucura
Que perpassa pelas teias, tricotando o bordado da doçura
Desvendando o mapa do meu corpo e, me naufragando...
Após singrar as ondas violentas da emoção... Velejando
No porto do teu desejo, roubando-me a minha sanidade
Para levar os melhores dos teus momentos de intensidade
E saciando nossos corpos nus em completo abandono...
Testemunhas do fogo e seu ardor a viver o pleno amor
O vento calmo entrando pela janela no alcance do mar
Brisa suave assopra... Beija às nossas faces a se acalmar
Mais um dia e uma noite sem teu calor a me aconchegar
Com a promessa... Sem pressa... Ainda iremos nos amar
... Mais um sonho desejando-te, você meu amor safado!
Não há tempo, espaço, terra ou água a nos deixar separados.
Dueto: Salomé & Hilde
Nota: Inspirado em “Mais uma noite sem ti...”
Publicado em: http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdesaudade/1121535
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 10/08/2008
Código do texto: T1122353
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1122353
http://aprendizpoeta.multiply.com/journal/item/152/Surpresa
domingo, 3 de agosto de 2008
Cartas de Sade - Lettres de Sade - "Le Marquis"
Cartas de Sade...
Cartas voando... Viravoltando...
Passado esvoaçando e cobrando
Respingado de desejos escondidos...
Pelas injustiças sofridas de uma vida
Transbordando em seu pleno ardor...
Subtraída a não poder doar o amor
Ah!... Cartas de lacerante ousadia...
Onde se escondem todas as lascívias
Em teu lume penetrante, assediador...
Lubrificando a luxúria e o doce torpor
Cartas alucinadas de plena agonia...
Inspiradas no cárcere, com sintonia
Palavras sussurradas no nosso ouvido...
Que nos invadem... Assediam e seviciam
Deslizando de atrevimento libertino...
Como água benta dentro do labirinto
Mais intensas que teu desejo carnal...
A nos possuir... Libertando-nos do mal
Embriagando o nosso corpo de mortal...
Com seu prazer selvagem e animal
Cartas proibidas... Fervente caricia...
A nos fazer sentir pulsar... Mil delicias
Enfeitiçando cada fibra do nosso corpo...
Que entorpecidos requerem o teu serviço
Teu atrevimento, desejos de ousadia...
Levam-nos à loucura ardente da poesia
Nessa tinta que corre de tua pluma...
Escrevendo toda a ardência da chama
Tinta carmim de tua angústia latente...
A deslumbrar seduções no horizonte
Cartas de Sade, carnalmente libertinas...
Produziste o início da revolução soberana
Polêmica que te levou à prisão perpétua...
De onde nos mostraste a força eterna
Visão e gozo insaciável, poder prazeroso...
Que emanaram de tuas mãos ardorosas
Cortando nossa roupa, nos deixando nus...
Para viver esse momento belo, puro e cru
Possuíndo-nos com teu desejo insaciável...
Para deixar ao mundo o teu toque genial
Duo: Salomé & Hilde
*********************************
(Dedicado a Donatien Alphonse-François de Sade)
Àquele que foi denominado o escritor mais absoluto de todos os tempos... Com suas obras belíssimas sendo ignoradas por mais de um século... A maior parte delas escrita na prisão e num sanatório para loucos... De onde ficou injustamente por quase 30 anos. Marquês de Sade pode ser considerado o mais típico e o mais incomum representante do outro lado do Iluminismo. A psicopatologia da volúpia desenfreada violenta teve um notável papel simbólico, no pensamento de autores como Foucault, o teórico francês Gilles Deleuze (1925-95), e outras pessoas envolvidas com o desejo sexual e sua relação ao poder político.
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2008
Código do texto: T1047498
Veja o poema em vídeo:
http://br.youtube.com/watch?v=5njKowsD6Q8
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/1047498
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/hildebrando_souza_menezes_filho/cartas_de_sade_duo_salome_amp_hilde
terça-feira, 29 de julho de 2008
Nosso eterno canto... Línguas
Nosso eterno canto
Ao som dessa melodia que... Hoje sacia o tempo. Vislumbramos a tua solene e mágica presença. Na batalha eterna entre o sangue e a liberdade... Fluindo por nossas veias... Jorrando com intensidade.
Um canto invadindo a nossa alma e o nosso corpo. A nos colocar vestindo a tua farda de solidariedade. Melancolia da tua história... Nossa única verdade ao ver que o mundo de lá para cá nada mudou. Teu nome entre o grito de angústia das guitarras.
É cantado e declamado para sempre Comandante. Vertendo sua dor no nosso olhar, lágrimas amargas de saudades pela tua partida que ficou marcada. Desde o dia que ainda criança... Ouvimos o teu clamor ainda hoje está em nossos ouvidos como um eco de amor.
Desde que descobrimos o suor e a ilusão deste mundo. Que foi pervertido pelo consumo e o uso invadindo tudo. Seguimos a tua trilha na transparência do teu caminho, buscando a obediência ideológica aos teus princípios. Sentimos o gosto do teu sangue e ardor no nosso corpo.
Que nos dá forças para continuar e seguir nessa tua luta. Que não conseguimos viver sem a eterna simplicidade. Ensinada um dia pelo teu exemplo de austeridade...
Que do teu olhar profundo, descobrimos no nosso interior Todas as dores do mundo a nos incendiar e a chamar pela tua voz... Denunciando a pobreza e a desigualdade.
A nos fazer e impulsionar como discípulos rebeldes. Essa sublime missão de construir a fraternidade sem preconceito, nem medo nesta batalha da vida...
Vamos entoando a palavra poética... Da tua profética! Voz que levamos tatuada no coração, à nossa maneira. Ao ouvir-te e ao ler teus escritos, não existe temor...
Estamos prontos para cumprir ao teu ardente clamor neles vemos a transparência da tua sublime presença. A incendiar às nossas entranhas sentindo a tua chama.
Saciando-nos... Instigando-nos... a seguir com valor pelas estradas da vida... Rasgando pelas selvas e atalhos. Nessa chamada à liberdade e à execução da verdade.
Com o peito aberto e a fronte erguida até a eternidade por ti comandante... Despimos o nosso corpo e nossa alma Preparados para o que der e vier sem temer às encruzilhadas.
Frente à tua eterna paixão e às leis da verdadeira igualdade.
Duo: Salomé & Hilde
Inspirado em Salomé... Essays “Liberdade, Verdade & Igualdade”
Dedicados a “Ernesto Che Guevara”
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1078719 - Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 14/07/2008 - Código do texto: T1079377
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1079377
IMPERDÍVEL! Veja o poema em vídeo editado por Carmen Cecília em homenagem ao inesquecível Comandante Ernesto Che Guevara
http://br.youtube.com/watch?v=3deDZrjlXtE
Línguas
Seduzem
Encantam-se
Caçam...
Rastejam pelo corpo
Como serpentes
Em flor...
Seguem o rastro
Dos cheiros
Percorrem ardentes
Os vales e montes
Por curvas macias
Sem horizontes...
Acendem os holofotes
Tremulam embebidas
Entre as vontades desinibidas
Guardadas em pequenos potes
Dos desejos
Jorrados em fontes...
Tateiam, viciam
Fazem volteios
Dão arrepios
Corpos arqueiam
Sentidos plenos
Dos desvarios...
Volúpias acalmadas
Desentumescidas
Desvanecem
Nas bocas atrevidas
Línguas saciadas
Adormecem...
Enise
Veja o poema em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=YqOyErVSTFo
Salome/Kassandra – All poems are
copyrighted under worldwide
copyrights trade name
Vem amar-me
Madrugadas de sensações,
Mil e uma noite de seduções
Em ti me almejou de frenési,
Amor de todos os amores...
Corpos unidos, almas reunidas
Na sofridão dessa cruel saudade
Que alimenta e mata nosso antro
Com melancolia e... sem piedade
Ah amor!... almeja este coração,
Que nunca se desfez da tua visão
Vem e... tece em mi uma poesia
Que saiba saciar a minha fome e
vem apagar esta furía insensata
Que em mim... não mais dorme
Vem-me me beijar, me seduzir,
Me acarinhar, me sentir, me ter,
Me afligir, me moldar, me amar
Mas mais que tudo vem...
Vem e... sacia a febre da loucura
Que nos queima em cada carícia,
E que fomenta os nossos corpos
Com o liquído quente do absínto
Vem me despir e me revestir das
tuas mãos, teu olhar e a tua boca
Nessa paixão, nesse ardor e esse
amor que alumiam minha vida...
Vem... amor vem...
Veja o poema em vídeo
Love... Amar... Zamphir
http://br.youtube.com/watch?v=UOatIZyUri8
Amar-te...
Hoje... meu amor quando as últimas luzes da cidade se apagarem, quando a noite fria vier a esquecer o dia e ela vier a ser, escuta a minha voz e o meu pranto a te chamar, sente-me e fecha os olhos meu amor... vem a mim no anoitecer...
Ao além do tempo e do universo, estarei aqui te esperando, meu olhar preso nessa espera que vinga minha existência...Voa amor voa, vem sob as águas do mar ao meu encontro, clamar este corpo que não é mais meu mas que sempre foi teu...
Adormecida estarei nos braços da areia, no livro do tempo... minha pel vestida de nudez no brihante luar da escuridão, ardente com cada onda que me acarícia em cruel ansiedade... carente com cada suspiro do vento que me beija com sofridão...
Aguardando-te estarei numa tempestade de prazer e amor... meu corpo exaurido num insaciável misto de gozo e de prazer, meu antro perdido no poder de tua sedução e desse querer, desejando sentir teu olhar banhando meu corpo com devoção...
E quando chegares entre o manto da noite e da madrugada renascerei em ti... díluíndo essa espera finalmente sacíada, no encontro de nossas almas e de nossos corpos reunidos nesta dança da sedução que nos entorpece em sua louca paixão...
*************************************
"Quiméras" 2007-2008
Veja o poema em vídeo:
Amar-te - Video e Texto da Salomé
http://br.youtube.com/watch?v=VjrkS_BRO8A
terça-feira, 17 de junho de 2008
Receita de Amor... Coincidências?...
Receita de Amor
Sopro do vento em meu pescoço
Na mais suave carícia do pecado
Assopro sussurrando meu nome...
Pecado tremendo que não some
Finjo que estou adormecido...
Cansado, desgostoso e sofrido
Só para estar em ti aconchegado
Para ver bem quieto o sol nascer
Na luz mais pura do amanhecer
Tentando esquecer sem querer...
Querendo escapar sem o poder,
Insinuação de um beijo que ama
Sensação da mais bela carícia...
Ah! Amada... Tentação do pecado
És a um só tempo o meu templo
Alcova que respiro o ar sagrado
Do presente, futuro e do passado
Ah! esse veneno que contamina
Meu sangue e minha alma eterna
Sem controle para os meus atos,
Sem perceber que em ti me perdi
Não se perdestes... Ávida doçura!
Tão plenas és de ternuras
Não tenhas medo, nem segredo
Que estou e estarei ao teu lado
Você é a minha prioridade!
Doce veneno, me atando ao teu ser
Leve e avassalador... me ancorando
No pleno extremo de qualquer limite
Sem fronteiras... nem um só abrigo
Anseio ser feliz de verdade
Só luto e reluto a favor do amor
Cura-me desta amargurante doença
Com tua inebriante presença
Que só você me preenche...
És o melhor de todos os remédios
Dê-me aquele antídoto para controlar
Cada batida e pulsar do meu coração,
Cada pedaço da pele que estremece
Sob o toque delinqüente de tua mão
Que sabe como ninguém doar emoção
Que busco viver desde criança
Fugindo... Agarrado a esta esperança
Onde me perco e me encontro
Reviro o avesso dos desencontros
Levanto e estou pronto ao combate...
À procura do teu sublime contato
Da sintonia... Empatia... Do afeto
Por onde me vejo em acalantos
Sem lágrimas e sem prantos
Ah! Amor me dê o teu eterno veneno,
Faça-me tua, simplesmente e somente tua
Hoje, amanhã e para sempre...
Sabe que sou todo teu!
Estarei em ti no simples e no complexo
No beijo e no abraço, em todos os espaços
É este o meu... O teu... O nosso traço
Queres trilhar, trançar... Traçar comigo?!
Hoje, amanha e depois... E depois...?!
****************************
Hilde & Salomé somente... E sempre!
Obs: Veja o poema em vídeo
RECEITA DE AMOR
http://br.youtube.com/watch?v=SQN5_YYGpdo
Coincidências?...
Não é mero caso... Ou mesmo um acaso
Elas se dão no comum e incomum
Como amigos, namorados, amantes...
E eternos apaixonados...constantes!
Trocam... Tecem energias...
Vibram emoções...
Os pensamentos em perfeita comunhão
Como almas em ternuras, doces carícias
Na delicadeza das ações...
Nascem nas profundezas das certezas
No arrebatamento das impurezas
Das ilusões...
Confidências das dores e amores
Na construção das pontes
Ao alcançar os horizontes com as mãos
Com gestos, projetos certos
Fechados ou abertos a todas as emoções
Ao se encontrar ao mesmo tempo
Fora do espaço... Distantes...
Tão simultâneos...
Que não se dá por combinação
Ou armações
Estão juntos nas varias situações...
É um fio psicológico, espiritual...
Num mundo ilógico
Sobrenatural...
Que assusta... Arrepia... Profetisa!
Pelos versos
Verbos e letras
As palavras soltam as melodias
Elos sussurram por telepatia
Nos seus corações...
Duas almas
Complementam-se por empatia
Selam! Tatuam!
Expressam essa sintonia...
Que se lêem, se vêem, sentem, tocam, amam!
Essa simultaneidade como os furacões
As evidências surpreendem
Quando há uma linguagem semelhante
Ocorrida no mesmo instante...
Já serão reféns das coincidências?
Expressões, sentimentos eloqüentes
Num mesmo diapasão emocionante
Nascido pelas ondas magnéticas
Que talvez a ciência há de estudar...
Mesmo a poesia há de retratar...
Essa eletricidade poética ao versejar
Isso provoca uma alegria
Que viaja sobre a fantasia
E flutua como uma fumaça no ar
Por ser a arte sublime
Poder ser que contagie
Que o mundo nos vigie
Dentro dessa nossa magia...
Enise/Hilde
Obs: Veja o poema em vídeo
COINCIDÊNCIAS?
http://br.youtube.com/watch?v=C8Hv6N86DBM
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Quando se ama...
Às vezes
Quando o amor chega
Vem devagar
E se instala mansamente...
Outras, ele chega veloz
Deixando um rastro feroz
Atropela tudo
Como o fim do mundo
Fosse ali mesmo...
Só se pensa na pessoa amada...
A toda hora fica presente dentro da gente
Como uma hera crescente
Vindo numa onda ardente
É sintonia completa
É uma alegria repleta
De bem querer...
Há mudanças na essência
Na maneira de agir ou pensar
Já não somos mais os mesmos
E se procuramos fugir ou desviar
Essa força volta atacar...e como volta!
É algo novo... em diligência
Sem que se afira sua importância
Mesmo querendo a indiferença
Há uma revolução na percepção
O mundo fica mais bonito
Vai-se num instante até o infinito
No momento do prazer...
Instalado como um fato consumado
Passamos a nos querer mais também
Como um reflexo interior...
Perdemos o domínio das ações
Estamos à mercê das emoções
E como sentimos falta
De um sinal...um toque...uma palavra...
É um caos nos sentimentos
Levados pela correnteza do rio
Ancorados ao abrandar essa paixão
Ai então, quando enlevado
Navega-se na doce calmaria
Dá-se adeus ao vazio em romaria
E ao fim da solidão...
Enise/Hilde
Veja o poema em vídeo
QUANDO SE AMA...
http://br.youtube.com/watch?v=uVAPyB4tGE8
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 12/06/2008
Código do texto: T1030297
sábado, 31 de maio de 2008
Arrisque!...No embalo dos poemas
Arrisque!
Abrace a pessoa querida
Como fosse o primeiro abraço da sua vida...
Ria muito como se só houvesse
Lágrimas de alegria
Ame-se,
Sinta-se feliz
Deixe que o vento
Tome conta da sua cicatriz
Equilibre-se
Mesmo que um abalo derrube sua emoção
Plante uma árvore, bananeira,
Curta até a sombra de uma roseira!
Caminhe, movimente-se
Agite, cause sensação
Jogue capoeira
Faça um colar com bolas de sabão...
Nunca deixe de viver uma ilusão
Porque se a gente embrutece
Como fica o coração?
Tenha paciência
Não desista com o difícil
Nem contente-se com o fácil
Alegre-se com o bonito
Busque forças lá no infinito
Se uma barreira aparecer...
Sorria!
Mas sorria com os olhos
Com os lábios...
Com a alma...
Se o castelo ruir, reconstrua-o
Se os fios embaraçarem-se, desate-os
Só não desanime logo no primeiro ato.
Abra as portas, as cortinas
E os olhos para mundo
Deixe de lado o desanimo profundo
E aproveite o dia de sol, de chuva, de frio...
Prenda-se às circunstâncias
Às boas oportunidades
À todos os vôos e principalmente
Prenda-se à liberdade...
Sonhe, voe alto
Pule, dê um salto
Para a sua realização...
Contente-se com o que tem
Se for pouco
Contente-se com o melhor que tem...
Não olhe
Só para o próprio umbigo
Como se estivesse de castigo
De si mesmo...
Ajude o outro
Acima de tudo
Mas queira-se antes
Acima de tudo!
Filtre os problemas
Coe os dilemas
Faça uma boa seleção!
Não gaste seu tempo à toa
Mas aproveite-o para ficar à toa
Quando relaxar por opção
Não sacrifique as horas
Viva sem medo
Nem jogue fora
Os bons momentos que foram embora...
Se cair, levante-se
Se cansar, pare
Só não estacione na vida!
Defina o que é importante
Seja criança por um instante
Curta o tempo enquanto é tempo...
Apaixone-se
Abrace-se sem demora!
Viva o hoje com energia!
Espere pelo amanhã com alegria
Que será o dia ainda melhor...
Um sorrisão
Enise
Veja o poema em vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=_IgVQpT78sQ
No embalo dos poemas - Dueto: Salomé & Hilde
Sombras e sonhos,
Ilusões e emoções,
Amores e paixões
Amando e vazando
Luz e realidade...
Penumbra e saudade
Unem os amantes
Em versos contentes
Loucuras, amarguras
Sagradas e salvadas
Luz de vela tremendo
Intensidade sem fim
Doçuras somente...
Avista no horizonte
Do nascente ao poente
O amor mais intenso
Tinta carmim vertendo
No papel... ansiedade
Versos de fiel loucura
Desvendados, soltos
Traçando os poemas
Versados em chamas
Correm os proclamas...
Nas esperas das camas
Na solidão de quem ama
O gozo nos inundando
Sob o fogo pronunciado
Em cada palavra certa
Nos convidando a pecar
O orgasmo estampado
Que jorra delicado...
Na sorte do pecado
Do grito calado
Poesia feito doce melodia
Embriagante licor de amor
Ópio correndo nas veias
Sem controle e sem leis...
Dos encontros saciados
Dois amantes embriagados
Seduzidos tecem certezas
Desafiando a própria natureza
**********************
Simplesmente Salomé & Hilde
Veja o poema em vídeo:
http://br.youtube.com/watch?v=kN5ooM-FDi4
terça-feira, 29 de abril de 2008
Sensibilidade solitária...Acolher reflexivo
Sensibilidade solitária.
Nada é mais sensível
Susceptível e flexível
Que o coração do poeta.
Quando tudo parece terrível,
A aurora nos presenteia
Com sua poesia e alegria.
Tudo pode! Nada é proibido!
Tudo é permitido!
Sua poesia constrói sonhos...
Por onde navegam os amores
E 'trocentas' milhões de dores.
Muito mais que legiões de Maria
Se vestem... se despem de fantasias
Sofrem sem ter uma só companhia.
Os lençóis da cama onde se inflamam...
Cheiro de cio no ar... gritam ausências
Dessas almas povoadas e iluminadas
Atiçadas se insinuam em infinito ardor
Nos calorosos ninhos de amor.
Frágeis, delicadas e poderosas...
Que se vêem a sós desconsoladas
Porque lhes falta a pessoa amada.
Aí a alma voa e sobrevoa...
Através dos versos proferidos ao vento.
Como uma gaivota faminta... mira!
E se atira ao encontro da caça
Como nova possível esperança.
Solta o seu mergulho transmutado
Em águia que vislumbra a presa
Na boca o canto maldito da fome.
Faminta dos beijos envolventes,
Os desejos descontrolados e ardentes.
De um beijo...um cheiro...um abraço
Mendigo na busca das pobres migalhas...
Vira fera com a sofreguidão das esperas.
Quão é dolorida, triste e amarga...
Pelos maltratos ao desprovido coração,
Descuidado pela terrível solidão.
Quer o alimento do amor dos seus sonhos
E quando vislumbra lá do mar profundo
Uma sereia que saltita o rabo rebolando
Num saracotear de vai-e-vem
Pedindo que a siga para onde estiver nadando.
Enlouquece ao ver que ela não aquece
A volúpia que corrói às suas entranhas
É porque a musa também vira gaivota...
Igual os desejos transpostos pelo poeta.
E aí é um Deus nos acuda...de vontades
Tesão...desejos...excitação...anseios
Há o choque de dois bicos sedentos
Vontades que ultrapassam os limites
Em estado de entrechoques carentes.
Assim caminham as almas dos poetas
Sofrem..almejam...gritam...solfejam
As suas sensibilidades solitárias
Entregues à dor da própria sorte
Duo: Graci/Hilde
SENSIBILIDADE SOLITARIA
Veja o poema em video
http://br.youtube.com/watch?v=8-2E8RYMkCc
* Poesia de Graciele Gessner e Hildebrando Menezes *
* Edicao e Montagem: Enise. *
28.04.2008
* Se copiar, favor divulgar a autoria.
Criação e arte: Rosana Buarque
Texto: Hildebrando Menezes
Acolher reflexivo
É ato generoso...
acolher o outro.
Sonhar bem junto...
Fazer o conjunto.
Dar o colo quente...
Ouvir contente.
Abraçar somente.
Silenciar a mente.
Tocar em gente.
Olhar o poente.
Cheirar o cangote.
Dar seu suporte.
Consolar o doente.
Respeitar o diferente.
Entender a morte.
Contar com a sorte.
Não perder o Norte.
Endoidar de amor.
Curar-se da dor.
Ser sempre amigo.
Poder contar contigo.
Aproveitar o sossego.
Oferecer abrigo.
Lutar comigo.
Andar descalço.
Romper percalços.
Tecer seus laços.
Acariciar em abraços.
Vencer cansaços.
Acertar seu passo.
Apreender com os erros.
Calar seu sofrimento.
Conter seus lamentos.
Entoar seus encantos.
Pensar e ser confiante.
Versar como amante.
Adormecer pequeno.
Acordar um gigante.
Tentar ser brilhante...
Sem ser arrogante.
Hildebrando Menezes
http://br.youtube.com/watch?v=GiT0ldubqVU&feature=email
Assinar:
Postagens (Atom)