quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
As chamas da nossa cama...
Não dá mais para esconder
O que está para ser descoberto
Através das nossas cobertas
Do cheiro intenso do amor
Não dá mais para esperar
Este sentimento louco
Que teima em esquentar
Colado aos nossos corpos
Que vagueiam sobre a cama molhada
Magia de dois seres em turbilhão
Dois risos ternos e tortuosos
Vestidos por palavras doces ...
Sussurras-me ao ouvido
Versos de intensa paixão
Sinto percorrer-me o frio
No domínio dessa louca paixão
Olhares testemunham apaixonados
Eletrizados e hipnotizados
Entregues estão a esse ato sagrado
Quando as células despertam...
Desmancham-se nesse ato profano
Colhido além das fantasias
Das ilusões arredias,
Que mascaram nossos sentidos intensos
Como lareiras atiçadas ao vento
Respingam centelhas desse fogo ardente
Sem melodramas delirantes
Numa cama feita de magia
Em atos de puro êxtase
Desfazem-se em mil formas de amor
Distribuem seu calor
Vibram, contorcem, rebolam, arqueiam-se
Navegam pelos corpos ungidos
Remexidos, estremecem, se aquecem
É puro suor que escorre enlouquecido
Em estado de pura sofreguidão
Um ao outro envolvido
Alimentando-se do real prazer
De delícias carnais fantásticas
Colam suas vontades...
Nessa liturgia do querer
Completam-se repousados
Repletos daquele ato proibido
Aconchegam-se, perdidos...
E da intensa sedução
Sentem-se simplesmente apaixonados
Presos a esse envolvimento
Vestidos do sublime amor bandido
Pelas fantasias dessa orgia
Exaustos adormecem
Pelos anseios vividos
Daquela infinita noite de amor
E por esse sentimento
As emoções vivem envolventes
E vagam por momentos únicos
No instante daquele nosso sonho...
Será?
Dueto: Deusaii & Hilde
Catarina Paula Camacho e Hildebrando Menezes
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 31/01/2009
Código do texto: T1414354
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1414354
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=H8OFzmJ4NvQ
Meu sonho é você!
Todas as noites eu espero e não a tenho
Mas sonho... E como sonho tê-la comigo
Ao lado, perto... Aconchegado, abraçado
E fico só no silêncio... Sonhando calado
No quarto a penumbra esconde a dor
Uma dor doída, depois da tua partida
Dessas dores que chegam sofridas
Sinto o sangue escorrer pelas feridas
Aprendi ao teu contato o valor do afeto
Com os mais suaves gestos complexos
Ouvi dos teus lábios palavras e versos
Que me encantaram, além do universo
E ao te descobrir, senti o pulsar do teu sexo
Terno, manso, delicado, vivo, macio, extasiante
Pude sentir a doce presença do amor repousante
Dormistes ofegante, a tua carícia sussurrante
E do oceano assoprava uma lânguida brisa
Como a chamar para ouvir o velejo do vento
Salgava com branda ternura a tua pele alva
A beijá-la nos primeiros raios do sol da manhã
Deslizei impaciente o fulgor de meus desejos
Escorrido estampido lambido dos meus beijos
Onde me ofertei inteiro no altar dos teus seios
Ali vivi e morri no calor delirante dos abraços
Por isso que agora só vivo de sonhos a te querer
Almejando outras manhãs que me tragam você
Não sei quanto tempo durará estes meus delírios
E nem para que masmorras eles me aprisionarão
Não posso esconder é o enorme medo de te perder
De não a ter... Sequer nos sonhos, vir a te esquecer
Não ter mais comigo este sentimento tão forte e bonito
Em que todas as estações contigo viram a primavera
E a tenho fulgurante... Bela e fresca como hortelã...
De mãos dadas comigo... Construindo o amanhã
No jardim da realidade florido à nossa espera
Sem quaisquer ilusões e outras quimeras.
Hildebrando Menezes
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 24/01/2009
Código do texto: T1401447
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1401447
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=FSpWdtLYxQg
Puro êxtase...
Dispo as tuas roupas molhadas
Que arranco em suaves dentadas
E depois atiro para o chão
Macio e confortável
Numa repleta invasão de emoção
O tempo apresenta-se chuvoso,
Parece dengoso e preguiçoso
E o dia escuro e negro
Lânguido e faceiro
Adivinha mais um momento de paixão
Que se avizinha pelos corações
Mais uma noite em que nossos corpos
Perdidos em si próprios
Estarão prontos ao culto do amor
Querem se entregar a fantasias
Carícias vadias em delicadas orgias
De um puro delírio já viciado
Por dois seres assim apaixonados.
Então, lentamente beijo-te a face
Roço e encosto minha boca na tua
Num ato de puro desejo e carinho,
Amor intenso e internalizado...
A chuva cai de mansinho lá fora,
Aqui dentro mais o desejo aflora
E nós, entregues a nós próprios
Iniciamos a sinfonia cósmica
Começamos a nos envolver nesta paixão
Cobertos da maior e melhor excitação
Quase desmedida... Enlouquecida na ação
Pela força da ternura!
Nossos corpos já excitados começam então a conversar...
A linguagem selvagem das pegadas
Olho-te bem dentro dos teus olhos,
Entro pelas retinas as ditas meninas
E começo a beijar-te suavemente
Os meus lábios estão sedentos
Antes de começar a percorrer
Os mais recônditos labirintos do teu ser
Teu corpo, com minhas mãos
Ávidas de desejo.
Acopla-se ao meu num beijo
Transmutando arrepios de solfejos
Desço, lentamente
Percorrendo aos poucos os teus seios
Passeio delicado pelos eriçados pêlos
Numa viagem fantástica pelo teu ventre
Que mordisco com muito fervor...
Teus índios mamilos sem causar dor
Tento imaginar as tuas entranhas
Trafegando pelas beiradas da gruta pudica
E a tua bela forma começa a turvar-me a mente.
Estou feito o mais ébrio dos carentes dementes
Então perco o controle de mim...
Num descontrole sem fim
E deixo-me cair, contigo, no chão.
Em espasmos elétricos de tensão
Peço-te que me ame com tudo o que tens
Que penetres nos eternos vai e vem
E tu, perdido já num delírio interminável
Sensitivo no exercício admirável
Beijas-me aos poucos, com suavidade
Deixando-me inebriada
Percorres todas as curvas de meu corpo
Que exploras com maestria e gosto
Com uma sede imensa de me amar
Ah! Como só você sabe me acarinhar
E olho-te já extasiada
Nunca me senti assim amada
Perdida, em meus pensamentos
Sou toda tua a todo momento
Teu suor, aos poucos pinga sobre mim
E sinto o teu gostinho de sal e gergelim
Arrefecendo-me a pele que queima
Pela brandura e fervura
De tanta paixão
Que causa comoção
Beijas-me com avidez
Toda a minha nudez
Todo o meu corpo estremece
Do começo ao fim como prece
A cada toque teu você me aquece
E então, sinto o calor que emanas
Como num interminável poema
Escrito e declamado em nossa cama
E sinto-me a flutuar acima das nuvens
Quanto poder vejo sair de você
Nossos gemidos tornam-se quase surdos
Os sussurros parecem grunhidos doídos
Até que por fim...
Agarro-te com perícia
E depois de tantas delícias
Ficamos a ver a chuva cair
A sentir o barulho das gotas
Escorrendo marotas e astutas... Ficamos
Extasiados por mais um momento de encanto
Onde a paixão, sobrepôs-se com louvor
A todas as fantasias e desejos,
E entre tantos beijos...
Deu-se a explosão do amor.
Dueto: Deusaii & Hilde
Catarina Paula Camacho e Hildebrando Menezes
Navegando Amor
Publicado no Recanto das Letras em 04/02/2009
Código do texto: T1421575
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1421575
Veja o poema em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=TgR5tKg3oMU
Assinar:
Postagens (Atom)